"Ontem chorei, vi nos olhos de uma criança, um olhar sem amanhã."

* Mostrar a realidade

A minha intenção ao colocar estas postagens é de mostrar todos os problemas que envolvem as crianças abandonadas.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.

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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Mãe abandona recém-nascido em hospital

Menina foi deixada na pediatria neonatal da Santa Casa de Misericórdia pela mãe; tia está com a criança

Portador de sífilis congênita, um bebê de 12 dias foi abandonado pela mãe, na tarde de anteontem, na Santa Casa de Misericórdia de Rio Preto. A criança - uma menina - estava internada desde o último dia 9 na pediatria neonatal do hospital para tratamento. A mãe deixou o hospital ao meio-dia de domingo e não retornou mais. Ao notarem o desaparecimento da mulher, funcionários tentaram localizá-la, mas não conseguiram. O pai, Devanir Faria, foi localizado e disse aos funcionários que não tem mais interesse na filha e que ela pode ser entregue para adoção.



Ao Diário, o homem disse não ter condições de criar a criança e que ela deverá ser adotada por uma de suas irmãs, Ironilda Alexandre de Faria. “Ela tem mais condições do que eu e é ela quem está cuidando e acompanhando a recuperação dela no hospital”, afirma. Ainda segundo o pai, ele está separado da mãe da menina, Vanessa Pereira Inácio, 29 anos, desde o nascimento dela - no último dia 4 - e desde então não tem mais contato com a ex. “Me falaram que ela estava morando na zona norte, mas não quero nem saber. O que ela fez com minha filha não tem perdão”, diz Devanir Faria.



A garota ainda não tem certidão de nascimento. Segundo o pai, o nome vai ser definido ainda esta semana e a documentação será feita na sexta-feira, juntamente com a tia que pretende adotá-la. Devido ao abandono, um boletim de ocorrência foi registrado pela Polícia Militar, e o Conselho Tutelar Sul foi comunicado. “Em situações como essa é realizado uma avaliação psicológica na mãe para ver se ela não está sofrendo de nenhum transtorno ou doença mental pós-parto. Somente a partir daí que vamos poder definir o destino da criança”, explica o juiz da Vara da Infância e Juventude, Osni Pereira de Assis.



Este é o segundo caso de criança abandonada em Rio Preto no intervalo de 70 dias. Em novembro, um bebê foi deixado no portão de uma casa, no bairro Dom Lafayette, zona norte da cidade. Uma mulher, que pilotava uma Honda Biz, deixou o recém-nascido envolto em uma toalha úmida no portão da residência da dona de casa Marcia Regina dos Santos Carvalho, na avenida Elias Tarraf. Com hipotermia, o menino lutou bravamente na UTI do Hospital de Base, onde se recuperou e, um mês depois, ganhou um novo lar. A mãe biológica não foi identificada.



Para fora de casa



Em outro caso registrado no último domingo, no Jardim Ouro Verde, em Rio Preto, duas crianças, uma de 8 anos e outra de 6, foram colocadas para fora de casa. “A mãe delas sempre faz isso. Ela deixa os filhos para sair com homens”, diz uma vizinha, que pediu para não ser identificada. As crianças foram encaminhadas ao projeto social Teia, mantido pela Prefeitura. “Assim que o caso chegar aqui nós vamos avaliar se as crianças serão entregues à mãe ou se algum familiar próximo tem condições de cuidar deles. Caso isso não aconteça, elas vão para a adoção”, explica Assis.



Bebê sequestrado



O bebê de sete meses, que foi sequestrado do Hospital de Base pela própria mãe na última quinta-feira, permanece internado. Segundo a assessoria de imprensa do HB, ele deverá passar por cirurgia para reimplantação de uma válvula cerebral ainda este mês. A criança sofre de hidrocefalia. De acordo com o hospital, o bebê está acompanhado por uma tia e o estado de saúde dele é estável. A criança deve passar por uma reavaliação médica nos próximos dias.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Frente pela Adoção apresenta três projetos de lei no Congresso Nacional

Uma das propostas busca ampliar para 120 dias licença-maternidade de mães que adotarem crianças e jovens de qualquer faixa etária.


O senador Aécio Neves (PSDB/MG) anunciou, nesta terça-feira (20/12), que a Frente Parlamentar pela Adoção apresentou na Câmara dos Deputados e no Senado Federal três projetos de lei para desburocratizar os processos de Adoção. A Frente foi criada em junho deste ano com o objetivo de facilitar e incentivar políticas públicas em favor da adoção. Ela é integrada pelos senadores Aécio Neves e Lindbergh Farias (PT/RJ), e pelos deputados Gabriel Chalita (PMDB/SP), Reguffe (PDT/DF) e Alessandro Molon (PT/RJ).



“Esse projeto concede 120 dias para mães de crianças de qualquer idade. Hoje, os 120 são apenas para mães de crianças com até um ano. Vamos estender também essa licença aos pais que adotem crianças sem um cônjuge”, afirmou.



A Frente propõe, ainda, que entidades dedicadas à proteção dos direitos de crianças e adolescentes possam apresentar ação civil pública – instrumento processual que tem como objetivo defender a sociedade ou algum de seus segmentos. Outro projeto permite deduzir no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica as doações realizadas às entidades sem fins lucrativos que prestem serviços de atendimento institucional a crianças e adolescentes.