"Ontem chorei, vi nos olhos de uma criança, um olhar sem amanhã."
* Mostrar a realidade
A minha intenção ao colocar estas postagens é de mostrar todos os problemas que envolvem as crianças abandonadas.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.
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quarta-feira, 29 de maio de 2013
Mãe de recém-nascido resgatado em encanamento na China aparece
Um recém-nascido sobreviveu após ficar mais de duas horas preso em um encanamento de esgoto na cidade de Jinhua, na China.Segundo o “Zhejiang Online”, o bebê ainda estava ligado à placenta quando foi resgatado pelos bombeiros, que demoraram uma hora para cortar o cano de dez centímetros de diâmetro que prendia a criança. Apenas após chegar ao hospital, sob supervisão médica, ela foi retirada da tubulação.
O menino sofreu alguns ferimentos, mas está fora de perigo. Ele recebeu o apelido de “Bebê 59”, por conta do número da incubadora onde está no hospital. O vídeo do resgate, que inclui cenas do bebê sendo retirado do encanamento por uma equipe médica, foi exibido em diversos programas de televisão chineses e está disponível na Internet. Pelo microblog chinês Weibo, a polícia informou que havia localizado a mãe da criança e que o caso seria investigado, sem dar detalhes.
Versões
Ainda não está claro se o caso foi um acidente ou algo proposital. Segundo um policial ouvido pela agência France Presse, a mãe da criança, que tem 22 anos e é solteira, havia ocultado a gravidez dos vizinhos para não ser vítima de ostracismo. Ela teria dito que o parto ocorreu de maneira inesperada enquanto usava um banheiro turco. Segundo essa versão, a mãe teria sido a primeira a acionar as autoridades e acompanhou todo o processo de resgate.
Já a Associated Press disse que os policiais foram acionados pelos vizinhos, que ouviram choros da criança no banheiro público do prédio.A história causou comoção no país e levou a uma enxurrada de doações de fraldas, roupas e leite em pó para o bebê. Diversos casais já se prontificaram a adotá-lo.
O abandono de criança no país se dá por mães muito jovens, a valorização de meninos, ou as regras de controle familiar.
terça-feira, 28 de maio de 2013
Recém-nascido resgatado de um cano esgoto na China
28 Mai, 2013, 08:29
No leste da China, bombeiros resgataram com vida um recém-nascido que estava num tubo de esgoto de um prédio de habitação. Os moradores ouviram a criança chorar e deram o alerta. Os bombeiros acorreram ao local e encontraram o bebé ileso ainda com a placenta. A operação de resgate demorou cerca de uma hora. A criança foi levada para o hospital e está bem de saúde. Não se sabe quem são os pais. A polícia está a investigar o caso.
No leste da China, bombeiros resgataram com vida um recém-nascido que estava num tubo de esgoto de um prédio de habitação. Os moradores ouviram a criança chorar e deram o alerta. Os bombeiros acorreram ao local e encontraram o bebé ileso ainda com a placenta. A operação de resgate demorou cerca de uma hora. A criança foi levada para o hospital e está bem de saúde. Não se sabe quem são os pais. A polícia está a investigar o caso.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Mães que matam ou abandonam os próprios filhos
Cresce no país o número de crianças abandonadas logo após o nascimento.
Bernardo Campos Carvalho*
Cresce no País o número de crianças abandonadas ou mortas logo após o nascimento. Ultimamente, os noticiários têm relatado inúmeros casos do gênero, o que choca a sociedade. Abandono ou assassinato de recém-nascidos pelas genitoras é uma espécie de crime especial, contendo instituto próprio (artigo 123 do Código Penal) e denominado infanticídio, já que somente pode ser praticado pela mãe, em estado agudo de depressão, durante o parto ou no pós-parto, face ao denominado estado puerperal, período compreendido entre a expulsão da placenta e a volta do organismo da mãe para o estado anterior a gravidez.
A mãe, em geral, no estado puerperal, apresenta um quadro crônico de depressão, não aceitando a criança, não desejando amamentá-la e, normalmente, também fica sem se alimentar, entrando em crise psicótica, podendo chegar a matar o próprio filho. O infanticídio tem tratamento diferente do homicídio comum, pois é diferenciado, principalmente, pela pena, já que no crime comum (artigo 121 do Código Penal) é de reclusão, de seis a 20 anos, ao passo que crime de Infanticídio (artigo 123 da Lei Penal) a pena é mais branda, com detenção de dois a seis anos.
Não existe um prazo matemático para a ocorrência ou para ficar patente o diagnóstico psicodinâmico de transtorno de estresse agudo no estado puerperal, tendo o Código Penal de 1940 transferido sabiamente à perícia médica legal a responsabilidade pela comprovação material desse delito, já que existem muitas correntes a respeito, umas delimitando o prazo de um dia e, em outras, estendendo em meses.
As variações psíquicas, decorrentes do estado puerperal, são tão intensas que os crimes cometidos sob esse estado são frios e cruéis, como, por exemplo, o ocorrido na Comarca de Guaratinguetá (SP), testemunhado por uma médica que relatou ter sido chamada para atender um caso hemorragia. De acordo com a médica, a mulher estava vestida com uma calça de lycra e não teria como saber se a roupa tinha elasticidade que possibilitasse a criança nascer e ficar sob o corpo dela. A médica pediu que a mulher tirasse a roupa para examiná-la e a criança caiu. A profissional comentou com a mulher que ela tinha dado à luz a uma criança e estava sentada sobre ela e a mulher respondeu que "a criança não era nem para ser nascida".
Com esse caso para ilustrar, é preciso esclarecer que tanto o infanticídio, o homicídio, quanto o aborto, por força de lei são julgados pelo Tribunal do Júri, ou seja, são julgados pelo povo. É a forma mais democrática e limpa de fazer Justiça. Por isso, esta instituição é tão importante e ressalte-se, o jurado brasileiro, por ser leigo, é muito humano, mas em momento algum é omisso ou irresponsável. A verdadeira democracia, necessariamente, passa pelo Tribunal do Júri.
Bernardo Campos Carvalho*
Cresce no País o número de crianças abandonadas ou mortas logo após o nascimento. Ultimamente, os noticiários têm relatado inúmeros casos do gênero, o que choca a sociedade. Abandono ou assassinato de recém-nascidos pelas genitoras é uma espécie de crime especial, contendo instituto próprio (artigo 123 do Código Penal) e denominado infanticídio, já que somente pode ser praticado pela mãe, em estado agudo de depressão, durante o parto ou no pós-parto, face ao denominado estado puerperal, período compreendido entre a expulsão da placenta e a volta do organismo da mãe para o estado anterior a gravidez.
A mãe, em geral, no estado puerperal, apresenta um quadro crônico de depressão, não aceitando a criança, não desejando amamentá-la e, normalmente, também fica sem se alimentar, entrando em crise psicótica, podendo chegar a matar o próprio filho. O infanticídio tem tratamento diferente do homicídio comum, pois é diferenciado, principalmente, pela pena, já que no crime comum (artigo 121 do Código Penal) é de reclusão, de seis a 20 anos, ao passo que crime de Infanticídio (artigo 123 da Lei Penal) a pena é mais branda, com detenção de dois a seis anos.
Não existe um prazo matemático para a ocorrência ou para ficar patente o diagnóstico psicodinâmico de transtorno de estresse agudo no estado puerperal, tendo o Código Penal de 1940 transferido sabiamente à perícia médica legal a responsabilidade pela comprovação material desse delito, já que existem muitas correntes a respeito, umas delimitando o prazo de um dia e, em outras, estendendo em meses.
As variações psíquicas, decorrentes do estado puerperal, são tão intensas que os crimes cometidos sob esse estado são frios e cruéis, como, por exemplo, o ocorrido na Comarca de Guaratinguetá (SP), testemunhado por uma médica que relatou ter sido chamada para atender um caso hemorragia. De acordo com a médica, a mulher estava vestida com uma calça de lycra e não teria como saber se a roupa tinha elasticidade que possibilitasse a criança nascer e ficar sob o corpo dela. A médica pediu que a mulher tirasse a roupa para examiná-la e a criança caiu. A profissional comentou com a mulher que ela tinha dado à luz a uma criança e estava sentada sobre ela e a mulher respondeu que "a criança não era nem para ser nascida".
Com esse caso para ilustrar, é preciso esclarecer que tanto o infanticídio, o homicídio, quanto o aborto, por força de lei são julgados pelo Tribunal do Júri, ou seja, são julgados pelo povo. É a forma mais democrática e limpa de fazer Justiça. Por isso, esta instituição é tão importante e ressalte-se, o jurado brasileiro, por ser leigo, é muito humano, mas em momento algum é omisso ou irresponsável. A verdadeira democracia, necessariamente, passa pelo Tribunal do Júri.
O Brasil.
Por Roberto Tardelli
O Brasil está chato demais. É o Brasil de bandido bom ser o bandido morto, é o Brasil da cadeia, da prisão como forma de solução de conflitos sociais, é o Brasil que repele a ascensão social, que odeia ver ...pretos em faculdades públicas, é o Brasil que retrocede e que vai alinhando o apartheid como forma de organização social, made in Brazil.
O Brasil está entorpecido, intolerante, raivoso, matador, ressentido, vingativo, cruel, racista. Nas redes sociais, as fotos dos "bandidos", sempre negros armados, crianças negras armadas, atores mirins, em cena de filme brutalmente sequestrada para a realidade. Queremos prender crianças, queremos bater, defendemos torturar criminosos, defendemos invadir bairros pretos, defendemos grampos clandestinos, defendemos matar, defendemos chuva de tiros...
O Brasil tem os olhos crispados de ódio. Na TV, na histeria eletrônica, uma prova de resistência física: um repórter, meio galã, meio jornalista, deveria subir uma simulação de escadaria de uma favela com um pesadíssimo equipamento de ataque e morte nas costas. Por não conseguir, enaltece os agentes da lei que o conseguem. A finalidade passou despercebida: invadir favelas, lugar habitado por pretos e quase pretos de tão pobres, como os definiu genialmente Caetano Veloso.
Em qualquer programa, revista, jornal, a impunidade. Um menino de dezesseis anos atropelou uma senhora porque está impune; o outro bebeu e brigou com feridos e palavras obscenas aos policiais, certamente porque impune; a mãe reclama que não mais pode bater no filho, no tempo dela havia respeito porque ela podia ser espancada pela mãe amorosa. O crime horrendo e barbado somente ocorreu porque está impune, como se fosse possível punir-se antes do crime.
O Governador do estado mais rico, com um senso de oportunismo digno de um centro avante, corre na frente e apresenta um projeto de lei para aumentar a pena, para aumentar o castigo. Um preto é morto numa caçada, sob aplausos febris da população que queria mais pretos mortos. “Menos um”, é o sentimento de todos.
Minha cabeça vai explodir, não era e não é esse o país que imaginei legar para meus filhos. Nas ruas, leio uma sucessão de bilhetes zangados aos donos de cães, enquanto passeio com minha cachorra.
Porém, de repente, um ar maravilhosamente fresco, a me dar a perceber que a manhã está radiante, linda, clara. A poucos metros de mim, a mãe caminha com seu filhinho para escola. Em dado momento, inesperadamente eles dançam e é nítida sua felicidade com o garotinho que ri aberto, que ri solto e livre. Dançam com uma pequena bola que ela tirou da mochila. Ele tenta a embaixada, ela consegue e lhe devolve a pelota, guardada como se fosse um tesouro. “Esse promete”...
Ele não se contém de felicidade. O Brasil deles é o outro. Esse um que pretendem expulsar. São, claro, repreendidos por alguém que passa por ali e não se conforma de ver a liberdade livre e solta na rua. Dão de ombros e continuam incompreensivelmente felizes.
Por mais que se tente, por mais que se tenha eficiência, por mais que se queira impor o terror e o sectarismo, há um Brasil resiste, brinca, dança e faz embaixadas. E que é livre e feliz, apesar das adversidades tantas que tem.
É desse Brasil que eu espero ver meus filhos construindo suas vidas e suas aventuras.
Plural e fraterno. Sem preconceitos e justo. Fundado na dignidade humana. Em que estejamos voltados a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos.
Enfim, como o garotinho e sua mãe, livre e feliz, apesar das adversidades tantas que tem.
O Brasil está chato demais. É o Brasil de bandido bom ser o bandido morto, é o Brasil da cadeia, da prisão como forma de solução de conflitos sociais, é o Brasil que repele a ascensão social, que odeia ver ...pretos em faculdades públicas, é o Brasil que retrocede e que vai alinhando o apartheid como forma de organização social, made in Brazil.
O Brasil está entorpecido, intolerante, raivoso, matador, ressentido, vingativo, cruel, racista. Nas redes sociais, as fotos dos "bandidos", sempre negros armados, crianças negras armadas, atores mirins, em cena de filme brutalmente sequestrada para a realidade. Queremos prender crianças, queremos bater, defendemos torturar criminosos, defendemos invadir bairros pretos, defendemos grampos clandestinos, defendemos matar, defendemos chuva de tiros...
O Brasil tem os olhos crispados de ódio. Na TV, na histeria eletrônica, uma prova de resistência física: um repórter, meio galã, meio jornalista, deveria subir uma simulação de escadaria de uma favela com um pesadíssimo equipamento de ataque e morte nas costas. Por não conseguir, enaltece os agentes da lei que o conseguem. A finalidade passou despercebida: invadir favelas, lugar habitado por pretos e quase pretos de tão pobres, como os definiu genialmente Caetano Veloso.
Em qualquer programa, revista, jornal, a impunidade. Um menino de dezesseis anos atropelou uma senhora porque está impune; o outro bebeu e brigou com feridos e palavras obscenas aos policiais, certamente porque impune; a mãe reclama que não mais pode bater no filho, no tempo dela havia respeito porque ela podia ser espancada pela mãe amorosa. O crime horrendo e barbado somente ocorreu porque está impune, como se fosse possível punir-se antes do crime.
O Governador do estado mais rico, com um senso de oportunismo digno de um centro avante, corre na frente e apresenta um projeto de lei para aumentar a pena, para aumentar o castigo. Um preto é morto numa caçada, sob aplausos febris da população que queria mais pretos mortos. “Menos um”, é o sentimento de todos.
Minha cabeça vai explodir, não era e não é esse o país que imaginei legar para meus filhos. Nas ruas, leio uma sucessão de bilhetes zangados aos donos de cães, enquanto passeio com minha cachorra.
Porém, de repente, um ar maravilhosamente fresco, a me dar a perceber que a manhã está radiante, linda, clara. A poucos metros de mim, a mãe caminha com seu filhinho para escola. Em dado momento, inesperadamente eles dançam e é nítida sua felicidade com o garotinho que ri aberto, que ri solto e livre. Dançam com uma pequena bola que ela tirou da mochila. Ele tenta a embaixada, ela consegue e lhe devolve a pelota, guardada como se fosse um tesouro. “Esse promete”...
Ele não se contém de felicidade. O Brasil deles é o outro. Esse um que pretendem expulsar. São, claro, repreendidos por alguém que passa por ali e não se conforma de ver a liberdade livre e solta na rua. Dão de ombros e continuam incompreensivelmente felizes.
Por mais que se tente, por mais que se tenha eficiência, por mais que se queira impor o terror e o sectarismo, há um Brasil resiste, brinca, dança e faz embaixadas. E que é livre e feliz, apesar das adversidades tantas que tem.
É desse Brasil que eu espero ver meus filhos construindo suas vidas e suas aventuras.
Plural e fraterno. Sem preconceitos e justo. Fundado na dignidade humana. Em que estejamos voltados a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos.
Enfim, como o garotinho e sua mãe, livre e feliz, apesar das adversidades tantas que tem.
Brasileiro.
Como idolatrar uma bandeira que traz no verso sua indignação.
Onde estão os filhos abandonados pela descrença de ser Brasileiro?
A dor imputada pelo racismo, pelo bulling, pelo preconceito, pela impunidade.
Só os negros , pobres e deficientes sentem na pele ser Brasileiro!
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