Luana Câmara
Série 20 anos do ECA
O Salmo 82:3 diz: deve-se fazer justiça ao órfão, procedendo retamente com o aflito e desamparado. No entanto, ainda é grande o número de crianças e adolescentes que aguardam, em abrigos, a oportunidade de ter uma família, de ter alguém que os proteja. Em João Pessoa, cerca de 300 vivem em 12 instituições, enquanto 62 casais que desejam ter um filho, estão em uma fila de espera para adotar um deles. Este cenário contraditório gera expectativa para os dois lados, mas, a existência de um padrão de criança perfeita para estes candidatos atrapalha esse processo.
Segundo a vice-presidente do Grupo de Estudos e Apoio à Adoção de João Pessoa (GEAD-JP), Lenilde Cordeiro, o órgão incentiva os futuros pais a não se aterem a padrões pré-definidos na hora da adoção. “Orientamos os que desejam adotar que não procurem um filho pela sua idade, cor ou sexo, mas que visitem abrigos e conheçam crianças que estejam disponíveis para adoção, pois passada a fase de adaptação, esse filho será tão ou mais amado quanto um filho da barriga”, disse.
Segundo a psicóloga Maria da Luz Carvalho, os pais-candidatos procuram resolver questões pessoais e acabam rejeitando as crianças maiores de dois anos, do sexo masculino e negros ou pardos. Na tentativa de manter um padrão familiar “perfeito”, acabam esquecendo-se do real intuito da adoção. “A rejeição sentida pelas crianças presentes em abrigo é relativa de cada uma. Ela cria uma expectativa de ter uma proteção, uma família. E a cada saída de um amiguinho, esse sentimento de rejeição é reforçado. Sendo ideal para quem cuida desse ambiente se esforçar para fazer um ambiente mais caloroso possível”, explicou.
Dificuldades do início superadas com amor
Lenilde Cordeiro, mãe de Leonardo, hoje com 11 anos, descreveu a sua decisão pela adoção como uma maneira possível de realizar o sonho de ser mãe. “Depois que eu e meu marido confirmamos que não poderíamos ter um filho biológico e que teríamos que nos submeter ao tratamento com bebês de proveta – o que levaria tempo, dinheiro e ingestão de hormônios – decidimos pela adoção”, falou.
Ela disse que as visitas a abrigos passaram a ser frequentes até que se encantou a primeira vista por um belo sorriso de um menino de dois anos de idade. “Entramos na instituição e conhecemos o setor de crianças até dois anos de idade, o sorriso e a carinha dele de sapeca nós chamou atenção. Não sabemos dizer o porquê de escolhermos ele, mas depois de descobrir que há um ano ele não recebia visita dos parentes, ele não saiu de nossos pensamentos. Fomos à Vara da Infância e Adolescência e começamos os tramites de adoção. Após três meses ele já estava conosco”.
Lenilde relembra emocionada das dúvidas e dificuldades de adaptação de Leonardo a sua casa. “A gente tinha muitas dúvidas quanto à alimentação, ele foi muito arredio no começo, se revoltava quando escutava um “não”, trocamos até de escola devido às frequentes reclamações para uma briquedoteca. Aos poucos fomos entendendo essa fase de adaptação, até ficarmos em paz”, disse.
Ajuda e aconselhamentos para os pais adotivos
As reuniões que acontecem na sala de treinamento do Anexo do Tribunal de Justiça, 4º andar, Centro, João Pessoa-PB, toda 1ª terça-feira de cada mês, às 19h contam com diálogos entre pais, psicólogos voluntários e pretendentes a adoção. “As reuniões, não funcionam como terapia, mas como troca de conselhos na quebra de mitos e experiências do cotidiano”, afirmou.
"Ontem chorei, vi nos olhos de uma criança, um olhar sem amanhã."
* Mostrar a realidade
A minha intenção ao colocar estas postagens é de mostrar todos os problemas que envolvem as crianças abandonadas.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.
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Realmente há muitos desencontros, pois quem quer adotar um filho não o devia fazer através de uma seleção de cor, idade e sexo...
ResponderExcluirE bonito o novo Layout.
Fique com Deus, menina Solange.
Um abraço.
Gostaria de saber informações de um menino nascido em junho ou julho de 1983 meu pai estava com câncer e não pode acompanhar minha mãe ela disse que foi enganada e retirado a criança lembro de ter pedido para que ela registrasse como Sebastião o nome do meu avô como era o desejo do meu pai o nome dela é Valdeci Rodrigues da Silva
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