Mãe da acusada entregou à polícia uma carta em que filha revela plano de sequestro de criança
Carta encontrada pela mãe da maicure acusada de matar criança em Barra do Piraí. A carta tinha detalhes de um plano de sequestro do garoto Luiz Ackermann / Extra
RIO e BARRA DO PIRAÍ — O Instituto de Educação Nossa Senhora Medianeira, em Barra do Piraí, anunciou na noite desta segunda-feira, em reunião com os pais dos alunos, que vai cobrar uma ficha com foto de todos os responsáveis pelas crianças. A informação é do site do jornal "Extra". A decisão foi tomada após a morte de João Felipe Bichara na última segunda-feira, asfixiado pela manicure Suzana Figueiredo. A mulher se passou pela mãe do menino de seis anos no telefone e foi buscá-lo na escola. Ele foi liberado pelos funcionários do portão.
Especialista diz que houve negligência de escola em liberação de menino em Barra do Piraí
Agora, a saída dos alunos será feita pelos professores diretamente aos responsáveis cadastrados.
- A liberação por telefone não será mais aceita sob nenhuma condição. Não vamos tolerar mais erros, por isso revimos todo nosso esquema de segurança - afirmou a diretora do colégio, irmã Irena Boritza.
Ela também afirmou que os funcionários serão remanejados dos cargos, mas ninguém será demitido.
- As duas funcionárias que estavam na portaria na hora da saído no dia do assassinato estão de licença, em estado de choque. Elas continuam no nosso quadro de funcionários, afirmou irmã Irene.
O colégio retomou as aulas nesta segunda-feira. Os alunos estavam em casa desde terça-feira da semana passada em razão do assassinato da criança. Como medida de segurança, a escola instalou câmeras e adotará novas normas para liberação das crianças.
Carta com o plano
Mais cedo, em depoimento prestado na 88ª DP (Barra do Piraí), Simone de Oliveira, mãe da manicure, informou que a filha tinha um relacionamento estável com um homem e, além disso, mantinha um caso com outro, mais velho, a quem chamava de “coroa”. Simone não soube dizer o nome do amante de Suzana, que confessou ter matado o menino João Felipe Bichara, em Barra do Piraí. O delegado José Mario Omena, que acompanha o caso, suspeita que ela estava se referindo ao pai de João, o empresário Heraldo Bichara Jr.
Segundo o delegado, a dúvida será tirada com o depoimento de Heraldo, marcado para esta segunda-feira. Ex-namorado de Suzana, Maicon Santiago Olímpio, de 25 anos, foi ouvido na delegacia e contou que se separou da manicure em julho do ano passado. Segundo ele, a jovem dizia ter ódio de João Felipe e, se fosse mãe do menino, já teria batido nele várias vezes.
— Quando eu morava com ela, ela era maneira. Isso tem entre um ano e 10 meses. Ela falava comigo que o marido da Aline (mãe de João) ficava assediando ela. Se é mentira ou verdade, eu não sei. Ela falava que ia continuar fazendo unha. Ela falava que não tinha nada com ele. Falava que odiava o filho dela (de Aline), que ele batia nela, que se fosse filho dela iria dar uns tapas. Eu falava pra ela sair, mas ela dizia que precisava — disse Heraldo ao site G1.
Pela manhã, a mãe da manicure apresentou à polícia uma carta em que a manicure revela o plano de sequestrar uma criança e pedir resgate. A carta, escrita em duas folhas de caderno, foi achada da casa de Susana.
— Pelo contexto, só pode ser do João — afirmou ao delegado José Mario Omena ao G1.
Segundo o delegado, ela descreveu o plano, detalhando que ligaria para escola, pegaria a vítima e reservaria o quarto de hotel. De acordo com Omena, não há menção de pagamento a terceiros, reforçando a tese de que ela agiu sozinha.
— Se ela ia pedir resgate depois, a gente não deu tempo para isso, pois ela ia pedir com a criança morta mesmo — afirmou o delegado.
Para o delegado, mesmo com os detalhes do plano de sequestro, Susana não tinha intenção de devolver o menino.
— Em momento algum ela pensou em devolver a criança para a família. Uma coisa que me causou estranheza foi ela escrever para si mesma — afirmou o delegado.
A polícia ainda analisará as ligações feitas e recebidas no celular da manicure.
Vídeo mostra manicure com menino
Um vídeo exibido no Fantástico, da TV Globo, mostrou imagens de câmeras de segurança do Hotel São Luís, em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, que mostram os momentos em que a manicure entra com o menino andando e sai com o corpo dele no colo. Suzana ligou para o Colégio Nossa Senhora Medianeira pedindo para que ele fosse liberado da aula. Depois de mandar um táxi buscá-lo, Suzana o levou até o hotel e lá matou o menino asfixiado. O corpo foi achado em uma mala, na casa da manicure. A criminosa contou várias versões para o crime: ela chegou a dizer que teve a ajuda do taxista e do recepcionista do hotel, além de ter afirmado que havia tido um caso amoroso com o pai do menino. O delegado Omena espera concluir o caso com o depoimento do pai de João Felipe, Heraldo Bichara.
— O certo é que Suzana matou João Felipe porque estava com muita raiva e para se vingar provavelmente de Heraldo ou da mãe de João Felipe. Por quê? Ainda não sei. Apenas o pai poderá tirar essa dúvida. Quero saber se eles realmente foram amantes e, se foram qual o grau desse relacionamento. Investigo ainda, a informação de que Suzana teria feito um aborto há cerca de três meses, de um filho que estaria esperando do empresário — disse o delegado.
Com medo de represálias, mãe de manicure se muda para São Paulo
Com medo de represálias, a doméstica Simone de Oliveira, mãe de Suzana Figueiredo, deixou sua casa, no bairro Boa Sorte, e se refugiou em São Paulo. Segundo o Extra, no local, um homem, que se identifica como segurança, explicou que ela está à base de medicamentos e que saiu do local por orientação da polícia:
— Ela foi embora daqui. Estou tomando conta da casa porque sempre tem uns palhaços querendo fazer uma graça. Dona Simone está tomando remédios e a própria polícia pediu para ela se afastar.
O delegado titular da 88ª DP, José Mário Omena, que está cuidando do caso, nega ter orientado Simone a deixar a cidade. Omena explica que a procurou para tentar ter mais informações sobre Suzana:
— Eu tentei falar com a Simone para traçar o perfil psicológico da Suzana, ver se ela sofreu algum tipo de abuso, algum trauma de infância.
As aulas no Colégio Nossa Senhora Medianeira, onde o menino João Felipe estudava, recomeçaram nesta segunda-feira. Elas estavam suspensas desde terça-feira passada, em sinal de luto pelo assassinato. Para reforçar a segurança, foram instaladas câmeras na unidade.
A missa de sétimo dia da morte do menino João Felipe Eiras Santana Bichara, de 6 anos, está marcada para às 18h30m, da próxima quarta-feira, na Igreja Matriz de São Benedito, em do Barra do Piraí.
"Ontem chorei, vi nos olhos de uma criança, um olhar sem amanhã."
* Mostrar a realidade
A minha intenção ao colocar estas postagens é de mostrar todos os problemas que envolvem as crianças abandonadas.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.
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Essa assassina nao pode viver, é preciso entregá-la as detentas pra que acabem com a vida dela tbém. Ela tem que sofrer muito pra pagar o que ela fez com o anjinho Joao Felipe. Descanse em paz Joao Felipe ao lado do pai do céu.
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