O deputado e evangélico Zequinha Marinho (foto), do PSC-PA, colocou em tramitação um projeto de lei que, se aprovado, modificará o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) de modo a proibir que homossexuais adotem crianças.
“Como uma criança adotada se sentirá na escola, na rua, na sociedade, tendo o pai igual a mãe ou a mãe igual ao pai?”, indaga.
O deputado argumenta que quer evitar que ocorra no Brasil o “retrocesso” que se verifica na Holanda, onde é comum a adoção de crianças por gays e lésbicas.
“Países desenvolvidos como a Holanda estão hoje perdidos sem saber para aonde vão.”
O juiz Paulo César Gentile, de Ribeiro Preto (SP), que em 2007 autorizou um casal de gays a adotar quatro irmãos de 4 a 10 anos, afirma que Marinho está equivocado.
Ele diz que a tal proibição significaria o mesmo que impedir uma pessoa de se tornar mãe ou pai por adoção porque é fumante.
“É óbvio que nenhum juiz admitirá que uma pessoa de má conduta moral e social adote uma criança, mas isso independe da opção sexual.”
Além disso, afirma o juiz, a Constituição estabelece que todos são iguais.
Gentile, que acompanha os irmãos adotados pelo casal de gays, diz que os jovens são felizes, inclusive porque não foram separados pela adoção por diferentes casais.
O polêmico projeto de lei de Marinho tem ainda uma longa tramitação pela frente.
"Ontem chorei, vi nos olhos de uma criança, um olhar sem amanhã."
* Mostrar a realidade
A minha intenção ao colocar estas postagens é de mostrar todos os problemas que envolvem as crianças abandonadas.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.
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segunda-feira, 28 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
# Adoção e o Direito de Ser Filho é tema de debate na Alesp(21.06.2010)
Adoção e o Direito de Ser Filho é tema de debate na Alesp
Das crianças encaminhadas à adoção, 58% permanecem em abrigos por mais de dois anos
Realizado na tarde desta segunda-feira, 21/6, o seminário Adoção e o Direito de Ser Filho debateu o tema da adoção em seus aspectos sociais, jurídicos e legais. Promovido da deputada Rita Passos (PV), o evento contou com o apoio da Comissão de Direito à Adoção da OAB-SP, do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo (Gaasp), e da associação Amici dei Bambini (AiBi).
A exposição dos palestrantes foi marcada pela confrontação dos procedimentos da letra fria da lei com a necessidade de amparo humano requerido tanto pelo adotando como pelo adotante.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) referentes ao ano de 2008, só no Estado de São Paulo existiam 13 mil crianças acolhidas em instituições, sendo 35% delas pardas, 19% negras e 46% brancas. Desse total, a maioria das crianças (58,5%) são do sexo masculino. Um dado surpreendente é o de que 67% dessas crianças têm família, que por motivos diversos não fica com a criança.
Outro fator, também preocupante, refere-se ao tempo de permanência nos abrigos, que não deve ultrapassar dois anos, no entanto, somente em 42% dos casos se consegue seguir esse prazo. O restante, 58%, permanece no abrigo por período bem superior a dois anos. O número de crianças abandonadas e o de famílias que querem adotar, bem como as dificuldades nos procedimentos de adoção foram questionados por técnicos no assunto, com a colocação de que ainda existe preconceito e falta de informação nas vias jurídicas e humanas da adoção.
Adotando
Maria Antonieta Pisano Motta, psicológa e psicanalista especialista em piscologia clínica e jurídica, coordenadora do Grupo de Apoio à Adoçaõ de São Paulo (Gaasp), apresentou os problemas dos pretendentes à adoção e o papel desempenhado pelo Gaasp, cujo objetivo é o de promover relações paterno-filiais.
Falando sobre a realidade da adoção no Brasil, Motta disse que a procura é sempre por recém-nascidos, brancos e saudáveis, e a maioria das crianças disponíveis para adoção tem mais de três anos, tem irmãos e nem sempre são brancas e saudáveis.
Outro ponto está relacionado a situação jurídica das crianças, que é definida depois de muito tempo, quando elas já não são mais crianças. Esses fatores, afirmou Motta "nos mostra, entre outras coisas, um obstáculo dificil de transpor entre o desejo dos candidatos à adoção e as necessidades das crianças e adolescentes que esperam por uma família". É neste ponto que o trabalho do Gaasp se desenvolve, procurando possibilitar aos adotantes formas de "gestar" o filho em processo de adoção. Segundo ela, o foco principal é "a busca de uma família para a criança, e não uma criança para a família".
Adotando
Maria Antonieta Pisano Motta, psicológa e psicanalista especialista em piscologia clínica e jurídica, coordenadora do Grupo de Apoio à Adoçaõ de São Paulo (Gaasp), apresentou os problemas dos pretendentes à adoção e o papel desempenhado pelo Gaasp, cujo objetivo é o de promover relações paterno-filiais.
Falando sobre a realidade da adoção no Brasil, Motta disse que a procura é sempre por recém-nascidos, brancos e saudáveis, e a maioria das crianças disponíveis para adoção tem mais de três anos, tem irmãos e nem sempre são brancas e saudáveis.
Outro ponto está relacionado a situação jurídica das crianças, que é definida depois de muito tempo, quando elas já não são mais crianças. Esses fatores, afirmou Motta "nos mostra, entre outras coisas, um obstáculo dificil de transpor entre o desejo dos candidatos à adoção e as necessidades das crianças e adolescentes que esperam por uma família". É neste ponto que o trabalho do Gaasp se desenvolve, procurando possibilitar aos adotantes formas de "gestar" o filho em processo de adoção. Segundo ela, o foco principal é "a busca de uma família para a criança, e não uma criança para a família".
A tutela do interesse da criança
A deputada Rita Passos, autora do PL 813/2008, que institui a Semana Estadual da Adoção, defendeu seu projeto mostrando quão fundamental é trazer a público o conhecimento dos procedimentos da adoção. "Com a criação da semana da adoção, disse a deputada, devido a sua relevância, será mais uma oportunidade de virem a público os problemas que enfrentam aqueles que querem adotar uma criança, permitindo reflexão e agilização do debate sobre essa questão.
"A adoção é uma experiência única que requer trabalho, interação e responsabilidade de todos, quer sejam dos órgãos oficiais ou da sociedade civil. É preciso que haja troca de ideias e de experiências para que a adoção seja compreendida pelos Poderes Públicos e pela sociedade. Instituir a Semana Estadual da Adoção será fator de motivação para a sociedade e para o Poder Público na busca de adequação do processo de adoção no Estado", explicou a parlamentar.
Das crianças encaminhadas à adoção, 58% permanecem em abrigos por mais de dois anos
Realizado na tarde desta segunda-feira, 21/6, o seminário Adoção e o Direito de Ser Filho debateu o tema da adoção em seus aspectos sociais, jurídicos e legais. Promovido da deputada Rita Passos (PV), o evento contou com o apoio da Comissão de Direito à Adoção da OAB-SP, do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo (Gaasp), e da associação Amici dei Bambini (AiBi).
A exposição dos palestrantes foi marcada pela confrontação dos procedimentos da letra fria da lei com a necessidade de amparo humano requerido tanto pelo adotando como pelo adotante.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) referentes ao ano de 2008, só no Estado de São Paulo existiam 13 mil crianças acolhidas em instituições, sendo 35% delas pardas, 19% negras e 46% brancas. Desse total, a maioria das crianças (58,5%) são do sexo masculino. Um dado surpreendente é o de que 67% dessas crianças têm família, que por motivos diversos não fica com a criança.
Outro fator, também preocupante, refere-se ao tempo de permanência nos abrigos, que não deve ultrapassar dois anos, no entanto, somente em 42% dos casos se consegue seguir esse prazo. O restante, 58%, permanece no abrigo por período bem superior a dois anos. O número de crianças abandonadas e o de famílias que querem adotar, bem como as dificuldades nos procedimentos de adoção foram questionados por técnicos no assunto, com a colocação de que ainda existe preconceito e falta de informação nas vias jurídicas e humanas da adoção.
Adotando
Maria Antonieta Pisano Motta, psicológa e psicanalista especialista em piscologia clínica e jurídica, coordenadora do Grupo de Apoio à Adoçaõ de São Paulo (Gaasp), apresentou os problemas dos pretendentes à adoção e o papel desempenhado pelo Gaasp, cujo objetivo é o de promover relações paterno-filiais.
Falando sobre a realidade da adoção no Brasil, Motta disse que a procura é sempre por recém-nascidos, brancos e saudáveis, e a maioria das crianças disponíveis para adoção tem mais de três anos, tem irmãos e nem sempre são brancas e saudáveis.
Outro ponto está relacionado a situação jurídica das crianças, que é definida depois de muito tempo, quando elas já não são mais crianças. Esses fatores, afirmou Motta "nos mostra, entre outras coisas, um obstáculo dificil de transpor entre o desejo dos candidatos à adoção e as necessidades das crianças e adolescentes que esperam por uma família". É neste ponto que o trabalho do Gaasp se desenvolve, procurando possibilitar aos adotantes formas de "gestar" o filho em processo de adoção. Segundo ela, o foco principal é "a busca de uma família para a criança, e não uma criança para a família".
Adotando
Maria Antonieta Pisano Motta, psicológa e psicanalista especialista em piscologia clínica e jurídica, coordenadora do Grupo de Apoio à Adoçaõ de São Paulo (Gaasp), apresentou os problemas dos pretendentes à adoção e o papel desempenhado pelo Gaasp, cujo objetivo é o de promover relações paterno-filiais.
Falando sobre a realidade da adoção no Brasil, Motta disse que a procura é sempre por recém-nascidos, brancos e saudáveis, e a maioria das crianças disponíveis para adoção tem mais de três anos, tem irmãos e nem sempre são brancas e saudáveis.
Outro ponto está relacionado a situação jurídica das crianças, que é definida depois de muito tempo, quando elas já não são mais crianças. Esses fatores, afirmou Motta "nos mostra, entre outras coisas, um obstáculo dificil de transpor entre o desejo dos candidatos à adoção e as necessidades das crianças e adolescentes que esperam por uma família". É neste ponto que o trabalho do Gaasp se desenvolve, procurando possibilitar aos adotantes formas de "gestar" o filho em processo de adoção. Segundo ela, o foco principal é "a busca de uma família para a criança, e não uma criança para a família".
A tutela do interesse da criança
A deputada Rita Passos, autora do PL 813/2008, que institui a Semana Estadual da Adoção, defendeu seu projeto mostrando quão fundamental é trazer a público o conhecimento dos procedimentos da adoção. "Com a criação da semana da adoção, disse a deputada, devido a sua relevância, será mais uma oportunidade de virem a público os problemas que enfrentam aqueles que querem adotar uma criança, permitindo reflexão e agilização do debate sobre essa questão.
"A adoção é uma experiência única que requer trabalho, interação e responsabilidade de todos, quer sejam dos órgãos oficiais ou da sociedade civil. É preciso que haja troca de ideias e de experiências para que a adoção seja compreendida pelos Poderes Públicos e pela sociedade. Instituir a Semana Estadual da Adoção será fator de motivação para a sociedade e para o Poder Público na busca de adequação do processo de adoção no Estado", explicou a parlamentar.
terça-feira, 22 de junho de 2010
* Desabafo de um menino de rua.
Brasil, eu era ainda criança, quando me encontrei sem teto, comida e família. O que fazer uma criança numa situação desta? Tentar se adaptar a sua nova casa, assim aprendendo na rua meios de sobrevivência? Ou esperar que alguém se importe e venha socorrê-la? Não, ninguém que se encontre no auge do desespero tem forças para suportar tamanha pressão, geralmente se opta pelo que é mais fácil. Pois foi assim que fiz.
Wislene Menezes de Oliveira
Wislene Menezes de Oliveira
sexta-feira, 18 de junho de 2010
* Amparo Maternal em São Paulo.
A valorização do ser humano e do momento do nascimento está presente em todas as ações dos profissionais e voluntários que aqui trabalham e a aquisição de novos equipamentos e materiais de alta qualidade proporcionam mais segurança às nossas pacientes e recém-nascidos.
O Amparo Maternal se orgulha por seu trabalho exclusivo no Sistema Único de Saúde - SUS, maior sistema público de saúde do mundo, com mais de 300 colaboradores e 100 voluntários, sendo responsável por mais de oito mil partos por ano.
Fundado em 1939 por um grupo de pessoas lideradas pela franciscana Madre Marie Domineuc, pelo médico e professor Dr. Álvaro Guimarães Filho e pelo Arcebispo de São Paulo Dom José Gaspar de Alfonseca e Silva, o Amparo Maternal nasceu com a ideologia de albergar gestantes que não tinham um local digno para dar à luz, muitas delas vivendo nas ruas da cidade de São Paulo.
Com o apoio da Associação Congregação de Santa Catarina desde o ano de 2008 em sua gestão, o Amparo Maternal vem desenvolvendo novos projetos sociais e de formação profissional, para cada vez mais contribuir com sua missão de valorização da vida. A implantação do Serviço de Atendimento ao Usuário, em 2009, é exemplo de inovação para melhoria contínua da Instituição.
O Amparo Maternal se orgulha por seu trabalho exclusivo no Sistema Único de Saúde - SUS, maior sistema público de saúde do mundo, com mais de 300 colaboradores e 100 voluntários, sendo responsável por mais de oito mil partos por ano.
Fundado em 1939 por um grupo de pessoas lideradas pela franciscana Madre Marie Domineuc, pelo médico e professor Dr. Álvaro Guimarães Filho e pelo Arcebispo de São Paulo Dom José Gaspar de Alfonseca e Silva, o Amparo Maternal nasceu com a ideologia de albergar gestantes que não tinham um local digno para dar à luz, muitas delas vivendo nas ruas da cidade de São Paulo.
Com o apoio da Associação Congregação de Santa Catarina desde o ano de 2008 em sua gestão, o Amparo Maternal vem desenvolvendo novos projetos sociais e de formação profissional, para cada vez mais contribuir com sua missão de valorização da vida. A implantação do Serviço de Atendimento ao Usuário, em 2009, é exemplo de inovação para melhoria contínua da Instituição.
* Dificíl decisão: Entregar um filho pra adoção...
O que fazer quando não pode criar o filho, entregar a quem?Seria melhor abortar ,abandonar nas ruas, sargetas, vales,lixões,banheiros publicos, lixeiras...NÃO. Hoje com a nova lei de adoção a gravida temo direito de um apoio social, psicológico e médico.
Quando a mãe decide entregar o filho para uma família que queira criá-lo, o que fazer? A nova lei da adoção prevê assistência para grávidas que tomarem esta decisão.
Uma jovem, quando ficou grávida aos 17 anos, não queria ser mãe, mas nem por isso mostrou desprezo pela criança. “Eu queria que uma família gostasse dele, Acho que é uma vida por mais que não seja desejada é uma vida”.
A decisão não é fácil e na maioria das vezes as grávidas que não querem cuidar dos filhos não tem apoio dos amigos e da família. Em Brasília já existe um programa para atender essas mulheres. Nas maternidades e nos centros de saúde elas encontram apoio de psicólogos e são acompanhadas pela justiça para que tudo seja feito de forma segura dentro da lei.
O programa, criado em 2006, já atendeu cinquenta gestantes. O que só Brasília conhecia, agora vai ser realidade em todo o país. Com a nova lei da adoção, grávidas de qualquer lugar do Brasil que não puderem criar os filhos, vão poder entregar os bebês para adoção, com todo o apoio previsto na legislação, sempre sob sigilo.
"O ato da entrega de uma criança é acompanhado por psicólogos, assistentes sociais. Além de ser um instrumento legal assegura o direito da genitora de exercer a sua liberdade de escolha, mas sobretudo também ela assegura o direito a vida daquela criança", esclarece Renato Rodovalho Scussel, juiz.
Os laços que unem as famílias não são de sangue, são de amor, de cumplicidade. "A história do indivíduo vai ser construída pelas relações afetivas que forem sendo estabelecidas", explica Luiz Schettinni, psicólogo.
Quando a mãe decide entregar o filho para uma família que queira criá-lo, o que fazer? A nova lei da adoção prevê assistência para grávidas que tomarem esta decisão.
Uma jovem, quando ficou grávida aos 17 anos, não queria ser mãe, mas nem por isso mostrou desprezo pela criança. “Eu queria que uma família gostasse dele, Acho que é uma vida por mais que não seja desejada é uma vida”.
A decisão não é fácil e na maioria das vezes as grávidas que não querem cuidar dos filhos não tem apoio dos amigos e da família. Em Brasília já existe um programa para atender essas mulheres. Nas maternidades e nos centros de saúde elas encontram apoio de psicólogos e são acompanhadas pela justiça para que tudo seja feito de forma segura dentro da lei.
O programa, criado em 2006, já atendeu cinquenta gestantes. O que só Brasília conhecia, agora vai ser realidade em todo o país. Com a nova lei da adoção, grávidas de qualquer lugar do Brasil que não puderem criar os filhos, vão poder entregar os bebês para adoção, com todo o apoio previsto na legislação, sempre sob sigilo.
"O ato da entrega de uma criança é acompanhado por psicólogos, assistentes sociais. Além de ser um instrumento legal assegura o direito da genitora de exercer a sua liberdade de escolha, mas sobretudo também ela assegura o direito a vida daquela criança", esclarece Renato Rodovalho Scussel, juiz.
Os laços que unem as famílias não são de sangue, são de amor, de cumplicidade. "A história do indivíduo vai ser construída pelas relações afetivas que forem sendo estabelecidas", explica Luiz Schettinni, psicólogo.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
* Filhos adotados e pais adotivos.
Como se vê nas postagens, filhos adotados existem em todas as classes sociais, e seus destinos são os mais variados. Desde o abandonado em ruas, orfanatos, vivendo em favelas, ruas estreitas ou em grandes mansões e divulgados pela midia.E diferente do que muitos acreditam, uma criança adotada pode se tornar um adulto bem sucedido, e ter familia bem estruturada.Bom,então vamos deixar claro que "filho adotivo"não é sinônimo de Bandido.
Embora é claro que tem adoções e adoções, e são variados os motivos.Mas o louvável mesmo é a pré-disposição, a coragem e o amor que são capazes de doar.E felizes daqueles que encontram nestes pais
adotivos o farol ou um porto seguro. E que esses pais adotivos encontrem nos seus filhos o aconchêgo da gratidão e do amor.
Solange
Embora é claro que tem adoções e adoções, e são variados os motivos.Mas o louvável mesmo é a pré-disposição, a coragem e o amor que são capazes de doar.E felizes daqueles que encontram nestes pais
adotivos o farol ou um porto seguro. E que esses pais adotivos encontrem nos seus filhos o aconchêgo da gratidão e do amor.
Solange
* Famosos que foram adotados.
A lista de personalidades que não foram criadas por seus pais biológicos inclui nomes como Edgar Allan Poe, Gonzaguinha, Marilyn Monroe, Marcos Paulo e Milton Nascimento. Conheça a história de vida de alguns destes famoso:
Marilyn Monroe
Uma das maiores estrelas do cinema de todos os tempos, Norma Jean Baker – ou Marilyn Monroe – nasceu em 1º de junho de 1926 , em Los Angeles.
Filha da montadora de filmes Gladys Baker, que trabalhava nos estúdios RKO, a pequena Norma, que nunca soube quem era seu pai, viu sua vida mudar quando a mãe começou a apresentar problemas psicológicos.
Afastada do emprego, Gladys não tinha mais condições de cuidar da filha, e foi internada em uma instituição para pessoas com distúrbios mentais. Apesar de nunca ter sido adotada oficialmente, Marilyn passou grande parte de sua infância em lares adotivos e orfanatos, até ser acolhida por Grace McKee Goddard, uma amiga da mãe que deu a ela um lar.
Cinco anos depois, porém, o marido de Grace, Doc, foi transferido para a costa Leste. Como ele já tinha tentado manter relações sexuais com ela dentro de casa e a atriz não queria voltar para o orfanato, acabou casando-se aos 16 anos com Jimmy Dougherty, com quem namorava há seis meses.
Nicole Richie
Conhecida por estrelar o reality show “The Simple Life” ao lado da socialite Paris Hilton, Nicole Richie nasceu Nicole Camille Escovedo, em 21 de setembro de 1981.
Por causa do seu sobrenome, especula-se que ela seja filha biológica do percussionista Peter Michael Escovedo, que integrou a banda de Lionel Richie, seu pai adotivo. A informação, no entanto, sempre foi negada por ela.
Embora saiba quem é seu pai biológico, a atriz prefere não revelar seu nome. Sobre sua mãe, sabe-se apenas que trabalhou como assistente na turnê mundial de Richie de 1980, razão pela qual o cantor a conhece desde o nascimento.
Aos dois anos, Nicole foi viver com Richie e a então mulher, Brenda Harvey-Richie. Em 1990, foi oficialmente adotada pelo casal e passou a usar o sobrenome do cantor, que compôs a música "Ballerina Girl" especialmente para ela.
Leo Maia
A semelhança física e o vozeirão parecido com o do pai, Tim Maia, faz com que muitas pessoas nem imaginem que Leo Maia é filho adotivo do cantor.
Fruto de um outro relacionamento de Geisa Gomes da Silva, ex-mulher de Tim, Marcio Leonardo Maia fo i adotado pelo cantor assim que nasceu, e soube da verdade por acaso, aos 17 anos.
Tim nunca quis que o filho soubesse que era adotado e mesmo depois da descoberta evitava falar sobre o assunto com o garoto.
Quando Leo tinha 12 anos, sua mãe casou-se novamente, com um delegado de polícia. Apesar de ser muito próximo de Tim, Leo afeiçoou-se ao novo marido da mãe, e costuma dizer que teve a sorte de ter dois pais, embora não seja filho biológico de nenhum deles.
Marcos Paulo
Diretor de clássicos da teledramaturgia brasileira, como “Dancin’Days” e “Roque Santeiro”, Marcos Paulo também faz parte do time de famosos que não foram criados por seus pais biológicos.
O ator, que nasceu em 1º de março de 1951, não conheceu seu pai e perdeu a mãe durante o parto. Criado a princípio pela avó, tornou-se filho adotivo do autor de novelas Vicente Sesso, que morava perto da casa de sua família.
Responsável por sucessos como “Pigmalião 70”, “Sangue do Meu Sangue” e “Tereza Batista”, minissérie global baseada na obra de Jorge Amado, Sesso foi quem fez com que o diretor tomasse gosto pela vida artística.
Foi pelas mãos do pai que ele iniciou sua carreira. Aos 5 anos, Marcos fez uma participação em uma peça de teatro e visitava constantemente a TV Tupi, onde o pai trabalhava. Curiosamente, a namorada do ator, Ântonia Fontenelle, também é filha adotiva.
Milton Nascimento
Nascido no Rio de Janeiro em 26 de outubro de 1942, o cantor Milton Nascimento é filho biológico da empregada doméstica Maria do Carmo Nascimento, que morreu quando ele tinha pouco mais de um ano.
Mandado para Juiz de Fora para viver com a avó, o pequeno Milton passou a ficar adoentando com freqüência. Segundo o cantor, reflexo da saudade das pessoas com quem conviveu no Rio.
Certa tarde, a filha da patroa de sua mãe, Lília Silva Campos, sentiu que algo não ia bem com o menino e foi visitá-lo. Mesmo sendo solteira, a professora de música resolveu enfrentar os preconceitos adotar Milton.Pouco tempo depois, ela casou-se com Josino Brito Campos. Juntos, criaram o cantor e compositor na cidade mineira de Três Pontas, onde ele passou a infância e parte da adolescência.
Marilyn Monroe
Uma das maiores estrelas do cinema de todos os tempos, Norma Jean Baker – ou Marilyn Monroe – nasceu em 1º de junho de 1926 , em Los Angeles.
Filha da montadora de filmes Gladys Baker, que trabalhava nos estúdios RKO, a pequena Norma, que nunca soube quem era seu pai, viu sua vida mudar quando a mãe começou a apresentar problemas psicológicos.
Afastada do emprego, Gladys não tinha mais condições de cuidar da filha, e foi internada em uma instituição para pessoas com distúrbios mentais. Apesar de nunca ter sido adotada oficialmente, Marilyn passou grande parte de sua infância em lares adotivos e orfanatos, até ser acolhida por Grace McKee Goddard, uma amiga da mãe que deu a ela um lar.
Cinco anos depois, porém, o marido de Grace, Doc, foi transferido para a costa Leste. Como ele já tinha tentado manter relações sexuais com ela dentro de casa e a atriz não queria voltar para o orfanato, acabou casando-se aos 16 anos com Jimmy Dougherty, com quem namorava há seis meses.
Nicole Richie
Conhecida por estrelar o reality show “The Simple Life” ao lado da socialite Paris Hilton, Nicole Richie nasceu Nicole Camille Escovedo, em 21 de setembro de 1981.
Por causa do seu sobrenome, especula-se que ela seja filha biológica do percussionista Peter Michael Escovedo, que integrou a banda de Lionel Richie, seu pai adotivo. A informação, no entanto, sempre foi negada por ela.
Embora saiba quem é seu pai biológico, a atriz prefere não revelar seu nome. Sobre sua mãe, sabe-se apenas que trabalhou como assistente na turnê mundial de Richie de 1980, razão pela qual o cantor a conhece desde o nascimento.
Aos dois anos, Nicole foi viver com Richie e a então mulher, Brenda Harvey-Richie. Em 1990, foi oficialmente adotada pelo casal e passou a usar o sobrenome do cantor, que compôs a música "Ballerina Girl" especialmente para ela.
Leo Maia
A semelhança física e o vozeirão parecido com o do pai, Tim Maia, faz com que muitas pessoas nem imaginem que Leo Maia é filho adotivo do cantor.
Fruto de um outro relacionamento de Geisa Gomes da Silva, ex-mulher de Tim, Marcio Leonardo Maia fo i adotado pelo cantor assim que nasceu, e soube da verdade por acaso, aos 17 anos.
Tim nunca quis que o filho soubesse que era adotado e mesmo depois da descoberta evitava falar sobre o assunto com o garoto.
Quando Leo tinha 12 anos, sua mãe casou-se novamente, com um delegado de polícia. Apesar de ser muito próximo de Tim, Leo afeiçoou-se ao novo marido da mãe, e costuma dizer que teve a sorte de ter dois pais, embora não seja filho biológico de nenhum deles.
Marcos Paulo
Diretor de clássicos da teledramaturgia brasileira, como “Dancin’Days” e “Roque Santeiro”, Marcos Paulo também faz parte do time de famosos que não foram criados por seus pais biológicos.
O ator, que nasceu em 1º de março de 1951, não conheceu seu pai e perdeu a mãe durante o parto. Criado a princípio pela avó, tornou-se filho adotivo do autor de novelas Vicente Sesso, que morava perto da casa de sua família.
Responsável por sucessos como “Pigmalião 70”, “Sangue do Meu Sangue” e “Tereza Batista”, minissérie global baseada na obra de Jorge Amado, Sesso foi quem fez com que o diretor tomasse gosto pela vida artística.
Foi pelas mãos do pai que ele iniciou sua carreira. Aos 5 anos, Marcos fez uma participação em uma peça de teatro e visitava constantemente a TV Tupi, onde o pai trabalhava. Curiosamente, a namorada do ator, Ântonia Fontenelle, também é filha adotiva.
Milton Nascimento
Nascido no Rio de Janeiro em 26 de outubro de 1942, o cantor Milton Nascimento é filho biológico da empregada doméstica Maria do Carmo Nascimento, que morreu quando ele tinha pouco mais de um ano.
Mandado para Juiz de Fora para viver com a avó, o pequeno Milton passou a ficar adoentando com freqüência. Segundo o cantor, reflexo da saudade das pessoas com quem conviveu no Rio.
Certa tarde, a filha da patroa de sua mãe, Lília Silva Campos, sentiu que algo não ia bem com o menino e foi visitá-lo. Mesmo sendo solteira, a professora de música resolveu enfrentar os preconceitos adotar Milton.Pouco tempo depois, ela casou-se com Josino Brito Campos. Juntos, criaram o cantor e compositor na cidade mineira de Três Pontas, onde ele passou a infância e parte da adolescência.
# Filhos adotivos de Pitt
Shiloh, Zahara, Maddox, Pax, Vivienne e Knox
vixi, mas ele adora mesmo ser pai! Já não bastou pra Angelina Jolie e Brad Pitt adotarem uma galerinha: Zahara (3 anos), Maddox (7 anos) e Pax (5 anos), os dois ainda tiveram a linda Shiloh, com dois anos. Pra fechar (será?) acabaram de ter um casal de gêmeos superfofos: Vivienne Marcheline e Knox Leon, de poucos meses ainda. Eita paciência hein?!
vixi, mas ele adora mesmo ser pai! Já não bastou pra Angelina Jolie e Brad Pitt adotarem uma galerinha: Zahara (3 anos), Maddox (7 anos) e Pax (5 anos), os dois ainda tiveram a linda Shiloh, com dois anos. Pra fechar (será?) acabaram de ter um casal de gêmeos superfofos: Vivienne Marcheline e Knox Leon, de poucos meses ainda. Eita paciência hein?!
terça-feira, 15 de junho de 2010
* Adoção de bebê negro por Sandra Bullock gera polêmica nos EUA
A adoção de um bebê por Sandra Bullock e seu ex-marido, Jesse James, gerou polêmica nos Estados Unidos pela origem afro-americana da criança e por sua aparição em uma revista em meio a supostos casos de infidelidades do ex-esposo, informou hoje a CNN.
Apesar de Sandra ter recebido apoio público desde a divulgação das supostas relações extramatrimoniais de James, que levaram o casal ao divórcio, a notícia da adoção de Louis Bardo Bullock causou polêmica.
O site Black Voices qualificou a situação de "caso curioso" e afirmou que o fato de estrelas como Madonna e Angelina Jolie optarem por adotar crianças negras gera "perguntas e suspeitas". E questiona: "Por que querem um bebê negro em vez de um branco, se também há [brancos] para adoção?"
Em março, várias mulheres anunciaram publicamente que foram amantes de James e, embora ele nunca tenha confirmada a veracidade das acusações, Sandra pediu o divórcio.
Na semana passada, a revista "People" mostrou pela primeira vez uma foto da atriz com seu bebê, o que, para alguns, foi uma estratégia de relações públicas.
Uma enquete aberta aos leitores do site Clutch sobre o oportunismo da apresentação à imprensa de Louis constatou que, apesar de as pessoas serem a favor da adoção, consideram "suspeito o momento em que [a imagem] foi divulgada".
sexta-feira, 11 de junho de 2010
* Que absurdo!!!!! Que mundo é esse?
09/06/2010 Menina de 4 anos é encontrada com marcas de espancamento em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos
Uma menina de 4 anos foi encontrada trancada em casa com sinais de espancamento em várias partes do corpo. Foram duas vizinhas que acharam a criança em um quarto escuro no Bairro de São João, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.Pelo próprio padastro(ou carrasco?)
Uma menina de 4 anos foi encontrada trancada em casa com sinais de espancamento em várias partes do corpo. Foram duas vizinhas que acharam a criança em um quarto escuro no Bairro de São João, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.Pelo próprio padastro(ou carrasco?)
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Irene Rizzini (trecho do livro:Vida nas ruas...)
Irene Rizzini
“Vida nas ruas: Trajetórias de vida de crianças e adolescentes nas ruas do Rio de Janeiro” é o novo livro da professora e pesquisadora Irene Rizzini, da PUC – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Diretora do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância. Formada nas áreas de Psicologia, Serviço Social e Sociologia - Universidade de Chicago (School of Social Service Administration - Masters’ degree) e Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ - Doutorado), Rizzini preside a Rede Internacional de Intercâmbio de Pesquisa na Área da Infância (Childwatch International Research Network, Oslo, Noruega) e é co-editora da Revista Childhood, Sage Publications (Trondheim, Noruega/Londres, UK). Entre outros temas, Rizzini nos fala nesta entrevista do aumento da violência e da desigualdade social.
E por que estão nas ruas?
Pouco se sabe sobre todos os motivos que levam essas crianças para as ruas. Depoimentos das próprias crianças revelam que, além da necessidade de ganhar dinheiro, há outras pressões que mereceriam ser aprofundadas. Elas relatam graves conflitos em suas relações mais próximas intra e extra familiares, envolvendo, com freqüência, episódios de abuso sexual e diversas formas de violência. A acusação de que a família é negligente por permitir e até incentivar que seus filhos permaneçam nas ruas é simplista e insuficiente para explicar a origem do problema. Ela é, na verdade, parte constitutiva do problema, que se reproduz em ciclos geracionais, à medida em que a violência também esteve muito presente nas infâncias dos membros adultos das famílias.
Num estudo realizado em Goiânia, com o apoio da FLACSO e do UNICEF, um grupo de pesquisadores analisou diversos aspectos da vida familiar, entrevistando as famílias. Os pesquisadores apontaram elementos importantes das relações familiares que contribuíam para a permanência ou para o afastamento de uma criança ou um jovem do seu lar. Uma das principais conclusões do estudo referiu-se ao fato de que, apesar de terem abordado famílias muito pobres e que enfrentavam muitos dos mesmos problemas em ambos os grupos, as famílias dos meninos de rua tendiam a se mostrar menos afetivas com as crianças e a apresentar menos envolvimento e solidariedade no grupo familiar.
Com que vivências essas crianças e jovens deparam-se na rua?
Obviamente, nem todas as crianças limitam-se a ganhar dinheiro via trabalho. Muitas contam que, além das atividades que exercem, também abordam pessoas para pedir dinheiro. No entanto, as mesmas crianças já não admitem com a mesma facilidade, embora umas denunciem as outras, que lançam mão, ainda que esporadicamente, de atividades consideradas ilegais para "fazer um extra", como por exemplo o furto, o tráfico de drogas e a prostituição. Ao que se sabe, há uma movimentação intensa de dinheiro envolvido em transações de pornografia e sexo turismo, com requintes de detalhes circulando via internet.
A pesquisadora carioca Esther Arantes destaca em recente pesquisa o aumento de mais de 60% de atos infracionais cometidos por adolescentes relacionados a entorpecentes em certos meses do ano de 1998. A autora cita um estudo no qual se perguntou aos meninos de rua porque consumiam tantas drogas. Suas respostas foram reveladoras do sofrimento do qual buscam fugir: "para ter bons sonhos" (47,5%); "para ficarem loucos" (18%) e "porque essa era sua sina" (9,8%).
A questão da contaminação crescente de jovens pelo vírus da Aids constitui outro aspecto do quadro de violência que aflige esta população. Em algumas das instituições que abrigam grupos de adolescentes a incidência de casos de DST/Aids chega a 40%.
“Vida nas ruas: Trajetórias de vida de crianças e adolescentes nas ruas do Rio de Janeiro” é o novo livro da professora e pesquisadora Irene Rizzini, da PUC – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Diretora do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância. Formada nas áreas de Psicologia, Serviço Social e Sociologia - Universidade de Chicago (School of Social Service Administration - Masters’ degree) e Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ - Doutorado), Rizzini preside a Rede Internacional de Intercâmbio de Pesquisa na Área da Infância (Childwatch International Research Network, Oslo, Noruega) e é co-editora da Revista Childhood, Sage Publications (Trondheim, Noruega/Londres, UK). Entre outros temas, Rizzini nos fala nesta entrevista do aumento da violência e da desigualdade social.
E por que estão nas ruas?
Pouco se sabe sobre todos os motivos que levam essas crianças para as ruas. Depoimentos das próprias crianças revelam que, além da necessidade de ganhar dinheiro, há outras pressões que mereceriam ser aprofundadas. Elas relatam graves conflitos em suas relações mais próximas intra e extra familiares, envolvendo, com freqüência, episódios de abuso sexual e diversas formas de violência. A acusação de que a família é negligente por permitir e até incentivar que seus filhos permaneçam nas ruas é simplista e insuficiente para explicar a origem do problema. Ela é, na verdade, parte constitutiva do problema, que se reproduz em ciclos geracionais, à medida em que a violência também esteve muito presente nas infâncias dos membros adultos das famílias.
Num estudo realizado em Goiânia, com o apoio da FLACSO e do UNICEF, um grupo de pesquisadores analisou diversos aspectos da vida familiar, entrevistando as famílias. Os pesquisadores apontaram elementos importantes das relações familiares que contribuíam para a permanência ou para o afastamento de uma criança ou um jovem do seu lar. Uma das principais conclusões do estudo referiu-se ao fato de que, apesar de terem abordado famílias muito pobres e que enfrentavam muitos dos mesmos problemas em ambos os grupos, as famílias dos meninos de rua tendiam a se mostrar menos afetivas com as crianças e a apresentar menos envolvimento e solidariedade no grupo familiar.
Com que vivências essas crianças e jovens deparam-se na rua?
Obviamente, nem todas as crianças limitam-se a ganhar dinheiro via trabalho. Muitas contam que, além das atividades que exercem, também abordam pessoas para pedir dinheiro. No entanto, as mesmas crianças já não admitem com a mesma facilidade, embora umas denunciem as outras, que lançam mão, ainda que esporadicamente, de atividades consideradas ilegais para "fazer um extra", como por exemplo o furto, o tráfico de drogas e a prostituição. Ao que se sabe, há uma movimentação intensa de dinheiro envolvido em transações de pornografia e sexo turismo, com requintes de detalhes circulando via internet.
A pesquisadora carioca Esther Arantes destaca em recente pesquisa o aumento de mais de 60% de atos infracionais cometidos por adolescentes relacionados a entorpecentes em certos meses do ano de 1998. A autora cita um estudo no qual se perguntou aos meninos de rua porque consumiam tantas drogas. Suas respostas foram reveladoras do sofrimento do qual buscam fugir: "para ter bons sonhos" (47,5%); "para ficarem loucos" (18%) e "porque essa era sua sina" (9,8%).
A questão da contaminação crescente de jovens pelo vírus da Aids constitui outro aspecto do quadro de violência que aflige esta população. Em algumas das instituições que abrigam grupos de adolescentes a incidência de casos de DST/Aids chega a 40%.
Centro integrado da criança e da adolescência (CICA)
Foi criada em Recife uma central de depoimento especial para crianças e adolescentes vitimas e testemunhas de violência. A unidade que irá atender os jovens fica no primeiro andar do Centro Integrado da Criança e da Adolescência (CICA), na rua João Fernandes Vieira, n° 405, na Boa Vista, área central do Recife.
A Central será direcionada à efetivação de ações que envolvem os procedimentos judiciais de proteção, prevenção e inquirição especial de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência, com a possibilidade de produção antecipada de provas. Também serão oferecidos laudos e pareceres técnicos para auxiliar nos processos.
Uma equipe multidisciplinar, formada por técnicos e analistas judiciários com formação em psicologia, assistência social e direito, irá coletar os testemunhos, que também serão gravados em registro audiovisual. O depoimento dos jovens vai assessorar os juízes das Varas de Crimes Contra Crianças e Adolescentes, Varas da Infância e Juventude, Varas Regionais da Infância e Juventude e Varas de Família do Estado de Pernambuco.
A Central será direcionada à efetivação de ações que envolvem os procedimentos judiciais de proteção, prevenção e inquirição especial de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência, com a possibilidade de produção antecipada de provas. Também serão oferecidos laudos e pareceres técnicos para auxiliar nos processos.
Uma equipe multidisciplinar, formada por técnicos e analistas judiciários com formação em psicologia, assistência social e direito, irá coletar os testemunhos, que também serão gravados em registro audiovisual. O depoimento dos jovens vai assessorar os juízes das Varas de Crimes Contra Crianças e Adolescentes, Varas da Infância e Juventude, Varas Regionais da Infância e Juventude e Varas de Família do Estado de Pernambuco.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
* Mãe adotiva
Filho, me encarreguei de te poupar dos sofrimentos da vida.
Em meus braços fiz seu castelo, rodeado de muralhas de afeto.
Em meu coração te acorrentei,és meu filho, esse é o decreto.
Mas não te perguntei, nem podia,qual era sua escolha?
E se passaram os dias e os anos...
Te amo mais do que nunca, meus braços ainda te cercam,
meu coração por ti se angustia.
Te quero filho ainda em meus braços, seguindo meus passos.
Mas filho, me perdoa? Me impus na sua vida,
te comprei com meu carinho,
Mas tenho medo filho, que não me queiras como mãe.
ME PERDOA?
Em meus braços fiz seu castelo, rodeado de muralhas de afeto.
Em meu coração te acorrentei,és meu filho, esse é o decreto.
Mas não te perguntei, nem podia,qual era sua escolha?
E se passaram os dias e os anos...
Te amo mais do que nunca, meus braços ainda te cercam,
meu coração por ti se angustia.
Te quero filho ainda em meus braços, seguindo meus passos.
Mas filho, me perdoa? Me impus na sua vida,
te comprei com meu carinho,
Mas tenho medo filho, que não me queiras como mãe.
ME PERDOA?
quarta-feira, 2 de junho de 2010
* Crianças adotadas que são devolvidas? (Não são mercadorias)
'Motivos que levam à adoção são cruciais na hora da devolução'
24 de maio de 2010
Por Nathalia Goulart
Entender os motivos que levam muitos pais adotivos a devolverem seus filhos às instituições de origem é o primeiro passo para evitar que essas situações se repitam. A psicanalista e mestre pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Maria Luiza Ghirardi, que é coordenadora do grupo Acesso - Estudos, Intervenção e Pesquisa em Adoção da Clínica Psicológica do Instituto Sedes Sapientiae -, estuda o assunto há 15 anos. Segundo ela, quando há motivação baseada em sentimento altruísta na hora da adoção, as chances de conflitos são maiores. Confira abaixo a entrevista:
Os motivos que levam à adoção influenciam na hora de decidir pela devolução?
Sim. Quando há uma motivação baseada em um sentimento altruísta, de que estou salvando aquela criança, isso cria dificuldades em impor limites comportamentais e os conflitos dentro de casa se intensificam. Por outro lado, muitas vezes a criança é idealizada pelos adotantes, como aquela que vem para salvar as relações. Isso desencadeia muito facilmente nos pais um sentimento de fracasso, o que faz com que o desejo de devolução se intensifique.
Como é possível identificar os elementos que levam à devolução?
Os profissionais precisam identificar o que está além da fala dos candidatos à adoção. É preciso estar atento e aberto àquilo que possa estar embutido, por trás. Para isso, precisa-se de profissionais capacitados, que possam acompanhar os adotantes por um tempo maior, pois a preparação dos futuros pais é um elemento que pode favorecer uma adoção mais bem-sucedida. O processo adotivo não é melhor nem pior que o processo vivido por uma família biológica, mas tem especificidades que precisam ser aclaradas e refletidas.
Quando já foi manifestada a vontade de devolver a criança, ainda é possível reverter a situação?
É possível desde que o Judiciário não acolha imediatamente a devolução. É preciso entender a motivação dos adotantes, quais as dificuldades que eles enfrentam e qual a situação da criança dentro daquela família. Fornecer subsídios para que os pais ao menos tentem superar os conflitos pode evitar que a devolução se efetive.
Quando a devolução acontece, os pais sofrem como as crianças?
Sim, eles se sentem extremamente angustiados, frustrados e fracassados. Na maior parte das vezes eles investiram muito para realizar aquela adoção. Já para a criança, a devolução repete uma experiência de rejeição que ela já traz na bagagem. Essa repetição cria uma dificuldade ainda maior para criar vínculos e acreditar que a próxima família não vai abandoná-la mais uma vez. As rejeições consecutivas podem, inclusive, comprometer o futuro afetivos dessas crianças.
VEJA TAMBÉMREVISTAS ABRILMAIS INFORMAÇÕES
24 de maio de 2010
Por Nathalia Goulart
Entender os motivos que levam muitos pais adotivos a devolverem seus filhos às instituições de origem é o primeiro passo para evitar que essas situações se repitam. A psicanalista e mestre pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Maria Luiza Ghirardi, que é coordenadora do grupo Acesso - Estudos, Intervenção e Pesquisa em Adoção da Clínica Psicológica do Instituto Sedes Sapientiae -, estuda o assunto há 15 anos. Segundo ela, quando há motivação baseada em sentimento altruísta na hora da adoção, as chances de conflitos são maiores. Confira abaixo a entrevista:
Os motivos que levam à adoção influenciam na hora de decidir pela devolução?
Sim. Quando há uma motivação baseada em um sentimento altruísta, de que estou salvando aquela criança, isso cria dificuldades em impor limites comportamentais e os conflitos dentro de casa se intensificam. Por outro lado, muitas vezes a criança é idealizada pelos adotantes, como aquela que vem para salvar as relações. Isso desencadeia muito facilmente nos pais um sentimento de fracasso, o que faz com que o desejo de devolução se intensifique.
Como é possível identificar os elementos que levam à devolução?
Os profissionais precisam identificar o que está além da fala dos candidatos à adoção. É preciso estar atento e aberto àquilo que possa estar embutido, por trás. Para isso, precisa-se de profissionais capacitados, que possam acompanhar os adotantes por um tempo maior, pois a preparação dos futuros pais é um elemento que pode favorecer uma adoção mais bem-sucedida. O processo adotivo não é melhor nem pior que o processo vivido por uma família biológica, mas tem especificidades que precisam ser aclaradas e refletidas.
Quando já foi manifestada a vontade de devolver a criança, ainda é possível reverter a situação?
É possível desde que o Judiciário não acolha imediatamente a devolução. É preciso entender a motivação dos adotantes, quais as dificuldades que eles enfrentam e qual a situação da criança dentro daquela família. Fornecer subsídios para que os pais ao menos tentem superar os conflitos pode evitar que a devolução se efetive.
Quando a devolução acontece, os pais sofrem como as crianças?
Sim, eles se sentem extremamente angustiados, frustrados e fracassados. Na maior parte das vezes eles investiram muito para realizar aquela adoção. Já para a criança, a devolução repete uma experiência de rejeição que ela já traz na bagagem. Essa repetição cria uma dificuldade ainda maior para criar vínculos e acreditar que a próxima família não vai abandoná-la mais uma vez. As rejeições consecutivas podem, inclusive, comprometer o futuro afetivos dessas crianças.
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terça-feira, 1 de junho de 2010
* Ela foi internada na FEBEM e saiu "ele",marginal,prostituto e drogado.
O... Poema a um pai adotivo
Pai, quando você morrer eu não vou chorar.
Pra compensar todo o pranto
Que você me obrigou a derramar.
Pai, quando você morrer.
Eu não quero lembrar sua existência
Pra compensar toda a vida que você esqueceu que eu tinha.
Pai, quando você morrer, eu vou pôr roupa branca.
Pra compensar toda paz que você me impediu de ter.
Pai, quando você morrer, eu não vou à missa.
Pra compensar os pecados que eu paguei mesmo inocente.
Pai, quando você morrer, eu quero gritar bem alto.
Pra compensar toda mágoa, que você me fez sofrer calado.
Pai, quando você morrer, eu vou levantar os olhos.
Pra compensar todas as vezes que eu chorei cabisbaixo.
Pai, quando você morrer, eu vou tomar um porre.
Pra compensar todas as vezes que você me aporrinhou.
Pai, quando você morrer, eu vou cuspir todo o ódio.
Pra compensar o instante em que você me cuspiu de sua vida.
Pai, quando você morrer, eu vou te olhar de frente.
Pra compensar todas as vezes que você me deu as costas.
Mas Pai...
Enquanto você for vivo
Eu vou escrever um livro
Pra dizer que não sou culpado.
Pois quem me dera ao invés de adotivo,
Viciado, marginal e revoltado.
Eu fosse só, tão somente.
Um menor abandonado.
De Anderson Herzer(Sandra)
Pai, quando você morrer eu não vou chorar.
Pra compensar todo o pranto
Que você me obrigou a derramar.
Pai, quando você morrer.
Eu não quero lembrar sua existência
Pra compensar toda a vida que você esqueceu que eu tinha.
Pai, quando você morrer, eu vou pôr roupa branca.
Pra compensar toda paz que você me impediu de ter.
Pai, quando você morrer, eu não vou à missa.
Pra compensar os pecados que eu paguei mesmo inocente.
Pai, quando você morrer, eu quero gritar bem alto.
Pra compensar toda mágoa, que você me fez sofrer calado.
Pai, quando você morrer, eu vou levantar os olhos.
Pra compensar todas as vezes que eu chorei cabisbaixo.
Pai, quando você morrer, eu vou tomar um porre.
Pra compensar todas as vezes que você me aporrinhou.
Pai, quando você morrer, eu vou cuspir todo o ódio.
Pra compensar o instante em que você me cuspiu de sua vida.
Pai, quando você morrer, eu vou te olhar de frente.
Pra compensar todas as vezes que você me deu as costas.
Mas Pai...
Enquanto você for vivo
Eu vou escrever um livro
Pra dizer que não sou culpado.
Pois quem me dera ao invés de adotivo,
Viciado, marginal e revoltado.
Eu fosse só, tão somente.
Um menor abandonado.
De Anderson Herzer(Sandra)
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