23/11/2012
- A estudante Ana Paula Marques, de 18 anos, foi presa na manhã de quinta-feira acusada de ter cortado o filho recém-nascido ao meio com uma faca em Esperantina, a 180 km de Teresina. Até agora, a polícia encontrou apenas uma das partes da criança, que havia sido jogada no fundo de uma capela do bairro Morro da Onça vizinha à residência dos pais da jovem.
A população descobriu que a criança tinha sido assassinada, depois que viu urubus nos fundos da capela onde estava parte do corpo. O delegado de Esperantina, Lucas Craveiro, afirmou que a estudante confessou ter matado o filho e o cortou em dois pedaços na noite de quarta-feira, logo após o parto feito dentro de casa.. Ela contou que jogou as partes do bebê pelo muro de sua casa.
Lucas Craveiro disse que Ana Paula inicialmente negou o crime, mas voltou atrás e confessou que matou o bebê assim que o teve sozinha dentro de casa.
- Ana Paula matou e cortou o filho porque não queria tê-lo e seus pais, com quem reside, não aceitavam a gravidez. Ela disse desconhecer o pai da criança. Eu não acredito que ela teve o bebê sozinha dentro de casa e vamos investigar se teve ajuda de uma irmã no parto e na morte da criança - disse o delegado.- É um tipo de crime que choca todo mundo.
O corpo foi examinado no Hospital Regional de Esperantina. O delegado vai encaminhar a acusada para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) para que seja apurada uma possível depressão pós-parto. Se for comprovado o transtorno, ela será indiciada por infanticídio, com pena de 2 a 6 anos de prisão. Em caso negativo, ela vai responder por homicídio, com pena de mais de 20 anos de prisão.
Craveiro disse que, caso o CAPs de Esperantina não tenha especialista para analisar se Ana Paula Marques sofreu depressão pós-parto, a estudante será levada para Teresina, onde será submetida a avaliação psicológica.
"Ontem chorei, vi nos olhos de uma criança, um olhar sem amanhã."
* Mostrar a realidade
A minha intenção ao colocar estas postagens é de mostrar todos os problemas que envolvem as crianças abandonadas.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
terça-feira, 20 de novembro de 2012
O abandono de crianças no Brasil existe desde o século XVIII
Na História do Brasil há pouco ou quase nada escrito sobre as crianças abandonadas. O abandono de crianças no Brasil existe desde o século XVIII, pois muitas mães e famílias não tinham condições de criar seus filhos e acabavam abandonando-os nas ruas. O principal fator do abandono sempre foi a miséria.
Entretanto, existiam outros fatores que levavam uma mãe a abandonar seus filhos no século XVIII e o principal deles ocorria pelo fato de a mulher engravidar quando ainda era solteira. Na maioria das vezes essas mulheres ganhavam a criança (bebê) e continuavam solteiras. A sociedade brasileira do século XVIII não aceitava que mulheres solteiras tivessem e criassem seus filhos, pois era uma sociedade na qual os valores morais e éticos acabavam prevalecendo – consequentemente, as mães solteiras sofriam um processo de discriminação e preconceito.
Atualmente, nossa sociedade ainda sofre heranças desse passado: milhares de mães solteiras geralmente continuam sofrendo discriminação e abandonando seus filhos, tanto por esse processo discriminatório quanto pela miséria e falta de condições econômicas para criá-los.
Com o advento das indústrias no início do século XX, milhares de famílias brasileiras acabaram saindo do campo (meio rural) para as cidades – o chamado êxodo rural –, em busca de trabalho nas indústrias, com a intenção de melhorar suas condições de vida (econômica e social).
Com isso, as cidades começaram a crescer em virtude do aumento da população e dos problemas urbanos que foram surgindo (falta de empregos, moradia, alimentação, esgoto e água tratada). As famílias, geralmente o pai e a mãe que conseguiam ingressar nas fábricas como operários (trabalhadores das fábricas), trabalhavam 12 horas por dia. Os filhos desses pais e mães começaram a ficar sozinhos em casa e passaram a ocupar as ruas.
A grande maioria das crianças abandonadas no início do século XX vivia nas ruas, além dos motivos já citados, para exercer atividades que complementassem a renda da família. Hoje ainda vemos várias crianças que ficam na rua vendendo balas, doces e vários outros produtos para ajudar na renda familiar. Nos sinais de trânsito, milhares de crianças são usadas pelos adultos para pedir dinheiro aos motoristas dos carros.
Com o crescimento acentuado do número de crianças abandonadas na década de 1920, o governo brasileiro começou a implantar ações para tentar resolver a questão do abandono de crianças, criando orfanatos, escolas profissionalizantes e escolas correcionais (para menores infratores). No ano de 1927 foram criadas as primeiras leis que regulamentavam políticas governamentais a favor das crianças – o chamado Código de Menores.
No ano de 1990 foi criado pelo governo brasileiro o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que regulamenta políticas em favor da criança e do adolescente e institui seus direitos e deveres. Mas a situação das crianças abandonadas no Brasil ainda está longe de ser solucionada: atualmente existem milhões de crianças morando em situação de risco nas ruas. É só sair de casa para ver uma criança nessa situação de abandono!
Por Leandro Carvalho
Mestre em História
Entretanto, existiam outros fatores que levavam uma mãe a abandonar seus filhos no século XVIII e o principal deles ocorria pelo fato de a mulher engravidar quando ainda era solteira. Na maioria das vezes essas mulheres ganhavam a criança (bebê) e continuavam solteiras. A sociedade brasileira do século XVIII não aceitava que mulheres solteiras tivessem e criassem seus filhos, pois era uma sociedade na qual os valores morais e éticos acabavam prevalecendo – consequentemente, as mães solteiras sofriam um processo de discriminação e preconceito.
Atualmente, nossa sociedade ainda sofre heranças desse passado: milhares de mães solteiras geralmente continuam sofrendo discriminação e abandonando seus filhos, tanto por esse processo discriminatório quanto pela miséria e falta de condições econômicas para criá-los.
Com o advento das indústrias no início do século XX, milhares de famílias brasileiras acabaram saindo do campo (meio rural) para as cidades – o chamado êxodo rural –, em busca de trabalho nas indústrias, com a intenção de melhorar suas condições de vida (econômica e social).
Com isso, as cidades começaram a crescer em virtude do aumento da população e dos problemas urbanos que foram surgindo (falta de empregos, moradia, alimentação, esgoto e água tratada). As famílias, geralmente o pai e a mãe que conseguiam ingressar nas fábricas como operários (trabalhadores das fábricas), trabalhavam 12 horas por dia. Os filhos desses pais e mães começaram a ficar sozinhos em casa e passaram a ocupar as ruas.
A grande maioria das crianças abandonadas no início do século XX vivia nas ruas, além dos motivos já citados, para exercer atividades que complementassem a renda da família. Hoje ainda vemos várias crianças que ficam na rua vendendo balas, doces e vários outros produtos para ajudar na renda familiar. Nos sinais de trânsito, milhares de crianças são usadas pelos adultos para pedir dinheiro aos motoristas dos carros.
Com o crescimento acentuado do número de crianças abandonadas na década de 1920, o governo brasileiro começou a implantar ações para tentar resolver a questão do abandono de crianças, criando orfanatos, escolas profissionalizantes e escolas correcionais (para menores infratores). No ano de 1927 foram criadas as primeiras leis que regulamentavam políticas governamentais a favor das crianças – o chamado Código de Menores.
No ano de 1990 foi criado pelo governo brasileiro o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que regulamenta políticas em favor da criança e do adolescente e institui seus direitos e deveres. Mas a situação das crianças abandonadas no Brasil ainda está longe de ser solucionada: atualmente existem milhões de crianças morando em situação de risco nas ruas. É só sair de casa para ver uma criança nessa situação de abandono!
Por Leandro Carvalho
Mestre em História
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Brasileiro adotado quer reencontrar a mãe pelo X-Factor
Brasileiro adotado quer reencontrar a mãe pelo X-Factor
David Correy, 27, surpreendeu os jurados do reality musical ao dizer que participava do programa para tentar encontrar a mãe, que é de Pernambuco
O músico David Correy, um dos participantes do The X Factor, nasceu no Brasil e foi adotado por um casal de americanos (Divulgação)
“Por que você acha que é diferente dos outros?” A pergunta, feita aos calouros do reality musical The X Factor, invariavelmente é respondida com clichês. Uns dizem que foram destinados ao estrelato, outros, que só querem fazer música. Por isso, não foi difícil para David Correy, 27, surpreender. “Sou adotado e espero me reconectar com minha mãe biológica se ela ouvir minha voz”, disse o cantor, quando questionado pelos jurados desta edição. Para os espectadores brasileiros do programa, exibido pelo canal pago Sony às terças-feiras, a surpresa foi ainda maior – Correy nasceu em Recife, Pernambuco.
A mãe de Correy, Luciene Correia de Lima, deu à luz aos 13 anos. Como não podia sustentar o garoto, o cedeu para adoção. Menos de um ano depois, ele foi levado aos Estados Unidos pelo casal Stanley Lee Chaney e Carolyn May Cushman Chaney. Bem diferente da vida que teria no Brasil, o menino foi criado com conforto em uma grande casa na pequena cidade de Riva, no estado de Maryland, e mais tarde na capital Washington – ele faz segredo quanto à profissão dos pais, mas com uma pesquisa rápida é fácil descobrir que a mãe é lobista. “Eles me contaram que fui adotado assim que aprendi a falar, mas sempre quis conhecer minha mãe biológica”, diz Correy, que só sabia o nome da mãe pelos papéis da adoção.
Desde que entrou no The X Factor, sua história chamou atenção dos espectadores brasileiros, e o jornal Diário de Pernambuco conseguiu localizar uma mulher cujo nome, idade e história batem com o enredo narrado por Correy. Para oficializar a relação, só falta um exame de DNA, que deve ser feito assim que o programa terminar, neste domingo (4), quando será revelado o vencedor – a apresentação final dos competidores será exibida nos Estados Unidos nesta quinta-feira (1º). Um encontro entre os dois também está sendo providenciado, mas ele ainda não sabe se virá ao Brasil ou se Luciene irá aos Estados Unidos – há rumores de que a produção do programa estaria preparando um reencontro-surpresa. “Ainda estamos vendo isso, mas estou ansioso para conhecê-la e fazer logo o exame de DNA”, diz Correy.
Biografia – Além de ter nascido no Brasil, o cantor chama atenção pelo seu jeito para a música. Diferentemente de muitos talentos brutos que chegam aos programas de calouros, Correy tem uma carreira já longa e, por isso, teve tempo para se moldar ao sucesso. Desde pequeno, o menino aprendeu que tinha uma ótima voz e um pendor natural para a musicalidade. “Meu pai construiu um palco para mim quando eu tinha cinco anos”, diz. Já na adolescência, ele integrou grupos adolescentes e, sob os codinomes de Ricardo Lee (seu nome de batismo no Brasil era Ricardo, que foi mantido na certidão americana) e DC aka The Loverboy, ele conquistou um bom número de fãs no exterior, em países como Alemanha e Japão.
Mas, em 2006, um elemento trágico deu um empurrãozinho a Correy. Ele sofreu um acidente de carro ao adormecer ao volante e quase ficou paraplégico. Foi preciso mais de um ano de fisioterapia até que voltasse a andar. Nesse meio tempo, o que lhe dava força era a música. Decidido a cantar para públicos maiores, o rapaz criou um nome artístico mais chamativo a partir da junção dos sobrenomes da mãe biológica e dos pais adotivos, e moldou seus gostos musicais – antes, era fã de hip-hop e agora canta soul e R&B. Até a sua aparência física mudou: Correy ganhou corpo, fez tatuagens e piercings e passou a usar roupas mais estilosas. Tudo como manda a cartilha do sucesso.
Tutorado no X Factor pelo jurado L.A. Reid, um dos mais influentes produtores fonográficos do mundo, sua chance de vencer o programa é grande. Mas, ainda que não vença, certamente terá seu lugar garantido no mercado americano – ele aposta em um som de forte apelo pop e com lugar cativo nas paradas de sucesso dos EUA. E, quem sabe, no Brasil. “Quero conhecer o país onde nasci quando o programa acabar.”
Leia abaixo alguns momentos da entrevista de David Correy ao site de VEJA.
Como foi sua infância? Foi inspiradora. Eu fui exposto a muitas oportunidades diferentes. Minha criação é a razão pela qual sou muito eclético. Meus pais são meus heróis. Eles me contaram que fui adotado assim que aprendi a falar. Nunca houve segredos. Eles são as pessoas mais honestas que conheço e sei que não seria quem sou hoje se não fosse por eles.
Sempre teve vontade de conhecer sua mãe biológica? Sempre fui curioso. Queria saber como ela era, se nós éramos parecidos, se eu tenho irmãos ou irmãs. Meus pais sempre tentaram me ajudar a encontrá-la. Eles sabem que eles são meus pais e que eu os amo, mas preciso esclarecer essa parte da minha vida e sei que eles me apoiam.
Você se identifica com o Brasil? Sou fascinado pelo país. Gosto das pessoas, da comida, da cultura, das mulheres (risos). Quero sentir a areia nos meus pés e andar na praia, tomar uma cerveja brasileira e brindar à vida. Sinto muito orgulho do lugar onde nasci. Quero ir ao Brasil quando o programa acabar.
Acha que a mulher que encontraram é sua mãe, mesmo? Fiquei muito intrigado. Ela tem um rosto semelhante ao meu, os olhos... É muito surreal. Rezo para que seja ela, sei de sua história há um tempo, mas vê-la falar em um vídeo (feito pelo Diário de Pernambuco) me deixou muito emocionado. Ainda estamos vendo, mas estou ansioso para conhecê-la e fazer logo o exame de DNA.
David Correy, 27, surpreendeu os jurados do reality musical ao dizer que participava do programa para tentar encontrar a mãe, que é de Pernambuco
O músico David Correy, um dos participantes do The X Factor, nasceu no Brasil e foi adotado por um casal de americanos (Divulgação)
“Por que você acha que é diferente dos outros?” A pergunta, feita aos calouros do reality musical The X Factor, invariavelmente é respondida com clichês. Uns dizem que foram destinados ao estrelato, outros, que só querem fazer música. Por isso, não foi difícil para David Correy, 27, surpreender. “Sou adotado e espero me reconectar com minha mãe biológica se ela ouvir minha voz”, disse o cantor, quando questionado pelos jurados desta edição. Para os espectadores brasileiros do programa, exibido pelo canal pago Sony às terças-feiras, a surpresa foi ainda maior – Correy nasceu em Recife, Pernambuco.
A mãe de Correy, Luciene Correia de Lima, deu à luz aos 13 anos. Como não podia sustentar o garoto, o cedeu para adoção. Menos de um ano depois, ele foi levado aos Estados Unidos pelo casal Stanley Lee Chaney e Carolyn May Cushman Chaney. Bem diferente da vida que teria no Brasil, o menino foi criado com conforto em uma grande casa na pequena cidade de Riva, no estado de Maryland, e mais tarde na capital Washington – ele faz segredo quanto à profissão dos pais, mas com uma pesquisa rápida é fácil descobrir que a mãe é lobista. “Eles me contaram que fui adotado assim que aprendi a falar, mas sempre quis conhecer minha mãe biológica”, diz Correy, que só sabia o nome da mãe pelos papéis da adoção.
Desde que entrou no The X Factor, sua história chamou atenção dos espectadores brasileiros, e o jornal Diário de Pernambuco conseguiu localizar uma mulher cujo nome, idade e história batem com o enredo narrado por Correy. Para oficializar a relação, só falta um exame de DNA, que deve ser feito assim que o programa terminar, neste domingo (4), quando será revelado o vencedor – a apresentação final dos competidores será exibida nos Estados Unidos nesta quinta-feira (1º). Um encontro entre os dois também está sendo providenciado, mas ele ainda não sabe se virá ao Brasil ou se Luciene irá aos Estados Unidos – há rumores de que a produção do programa estaria preparando um reencontro-surpresa. “Ainda estamos vendo isso, mas estou ansioso para conhecê-la e fazer logo o exame de DNA”, diz Correy.
Biografia – Além de ter nascido no Brasil, o cantor chama atenção pelo seu jeito para a música. Diferentemente de muitos talentos brutos que chegam aos programas de calouros, Correy tem uma carreira já longa e, por isso, teve tempo para se moldar ao sucesso. Desde pequeno, o menino aprendeu que tinha uma ótima voz e um pendor natural para a musicalidade. “Meu pai construiu um palco para mim quando eu tinha cinco anos”, diz. Já na adolescência, ele integrou grupos adolescentes e, sob os codinomes de Ricardo Lee (seu nome de batismo no Brasil era Ricardo, que foi mantido na certidão americana) e DC aka The Loverboy, ele conquistou um bom número de fãs no exterior, em países como Alemanha e Japão.
Mas, em 2006, um elemento trágico deu um empurrãozinho a Correy. Ele sofreu um acidente de carro ao adormecer ao volante e quase ficou paraplégico. Foi preciso mais de um ano de fisioterapia até que voltasse a andar. Nesse meio tempo, o que lhe dava força era a música. Decidido a cantar para públicos maiores, o rapaz criou um nome artístico mais chamativo a partir da junção dos sobrenomes da mãe biológica e dos pais adotivos, e moldou seus gostos musicais – antes, era fã de hip-hop e agora canta soul e R&B. Até a sua aparência física mudou: Correy ganhou corpo, fez tatuagens e piercings e passou a usar roupas mais estilosas. Tudo como manda a cartilha do sucesso.
Tutorado no X Factor pelo jurado L.A. Reid, um dos mais influentes produtores fonográficos do mundo, sua chance de vencer o programa é grande. Mas, ainda que não vença, certamente terá seu lugar garantido no mercado americano – ele aposta em um som de forte apelo pop e com lugar cativo nas paradas de sucesso dos EUA. E, quem sabe, no Brasil. “Quero conhecer o país onde nasci quando o programa acabar.”
Leia abaixo alguns momentos da entrevista de David Correy ao site de VEJA.
Como foi sua infância? Foi inspiradora. Eu fui exposto a muitas oportunidades diferentes. Minha criação é a razão pela qual sou muito eclético. Meus pais são meus heróis. Eles me contaram que fui adotado assim que aprendi a falar. Nunca houve segredos. Eles são as pessoas mais honestas que conheço e sei que não seria quem sou hoje se não fosse por eles.
Sempre teve vontade de conhecer sua mãe biológica? Sempre fui curioso. Queria saber como ela era, se nós éramos parecidos, se eu tenho irmãos ou irmãs. Meus pais sempre tentaram me ajudar a encontrá-la. Eles sabem que eles são meus pais e que eu os amo, mas preciso esclarecer essa parte da minha vida e sei que eles me apoiam.
Você se identifica com o Brasil? Sou fascinado pelo país. Gosto das pessoas, da comida, da cultura, das mulheres (risos). Quero sentir a areia nos meus pés e andar na praia, tomar uma cerveja brasileira e brindar à vida. Sinto muito orgulho do lugar onde nasci. Quero ir ao Brasil quando o programa acabar.
Acha que a mulher que encontraram é sua mãe, mesmo? Fiquei muito intrigado. Ela tem um rosto semelhante ao meu, os olhos... É muito surreal. Rezo para que seja ela, sei de sua história há um tempo, mas vê-la falar em um vídeo (feito pelo Diário de Pernambuco) me deixou muito emocionado. Ainda estamos vendo, mas estou ansioso para conhecê-la e fazer logo o exame de DNA.
Diferentes tipos de adoção.
Como fazer para adotar o enteado?
Há três possibilidades: a Destituição do Poder Familiar do pai biológico, com seu consentimento ou seu falecimento.
Segundo o site “Pai Legal”, da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais de São Paulo, é possível a Adoção Unilateral de uma criança ou adolescente pelo padrasto, se a criança foi registrada apenas pela mãe, o seu companheiro atual pode adotar a criança unilateralmente, o que significa, romper os vínculos (caso ainda exista) com apenas um dos pais.
Nesse caso, em que o pai biológico não consta do registro de nascimento da criança, basta procurar a Vara de Infância e Adolescente de sua cidade para iniciar o processo de adoção do enteado.
Porém, nos casos em que a criança tem contato com o pai biológico, há necessidade do consentimento dele para a adoção, ou seja, ele concorda que o marido da de sua ex-mulher adote seu filho.
Já na Destituição do Poder Familiar, que só ocorre quando há evidências de que o pai maltratava o filho, era violento a ponto de haver registros em Pronto Socorro, ou ainda, sumiu no mundo, nunca se importou com a criança, nunca visitou ou pagou a devida pensão alimentícia, há necessidade de contratar um advogado ou caso não tiver condições financeiras, pode recorrer a Procuradoria de Assitência Jurídica (Defensoria Pública).
“Art. 41. do ECA: A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação hereditária.”
“Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando.
§ 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do pátrio poder.
§ 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será também necessário o seu consentimento.”
Mas e se o pai biológico é presente e atento ao filho? É um ótimo pai, e nega a possibilidade do filho ser adotado por outro homem?
Não há possibilidade de Adoção!
Já no caso de falecimento do pai biológico, basta que a mãe esteja de acordo com o processo de Adoção.
Se o pai biológico era desconhecido, e descobre a paternidade mas a criança já foi adotada, não há o que fazer. Art. 48 do ECA: A adoção é irrevogável.
É importante lembrar, que registrar a criança como se fosse seu filho, é crime, podendo resultar em prisão de dois a seis anos!!!
Adoção conjunta, adoção homoparental, O que é adoção Conjunta?
A adoção conjunta por parte de casais de pessoas do mesmo sexo, muitas vezes referenciada de adoção gay, tem-se mostrado como uma das maiores reivindicações do ativismo LGBT nas sociedades ocidentais nos últimos anos, existindo já um número expressivo de nações e jurisdições que contemplam na lei o direito a estes casais de se candidatarem à adoção. Contrariamente ao que muitas pessoas julgam, são mais os países e as jurisdições que reconhecem a adoção homoparental do que aqueles que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, sendo comum achar-se que o casamento é o caminho mais próximo para a adoção.
Em alguns locais o direito à adoção homoparental foi reconhecido conjuntamente com o reconhecimento na lei do casamento, tal como nos Países Baixos/Holanda e em Espanha; noutros locais a adoção foi legislada posteriormente, como na Bélgica; noutros locais foi legislada antes do debate do casamento, como na Suécia; em outros está a permitir o casamento por via da adoção (contrariamente ao geralmente praticado), como na Eslovénia, através da recente legislação na reforma para o Código da Família; e outros países a adoção encontra-se em debate social consequente à legalização do casamento, como em Portugal.
Co-adoção de filho biológico/adotivo do companheiro
O reconhecimento de co-adoção vem preencher uma lacuna nos direitos parentais de casais de pessoas do mesmo sexo, sendo que através da mesma o Estado reconhece as crianças existentes numa relação e família, e garante proteção aos mesmos. É argumento comum a descaracterização da família com a implementação da adoção homoparental, assim como a criação de novas famílias que põem em risco a família tradicional, nuclear e os valores e morais de uma sociedade, no entanto, contrariamente a esta crença, a co-adopção estabelece a existência e legitimidade de famílias que já existem e sempre existiram, mas que têm permanecido fechadas ao conhecimento de muitos, precisamente pela repressão e discriminação de que as pessoas LGBT têm sido alvo ao longo dos tempos. Permitir a co-adoção estabelece defesa e segurança de crianças que já existem, de famílias que já estão compostas e que sofrem pela inexistência de preocupação do Estado e da sociedade para com elas.
A possibilidade de um pai ou de uma mãe poderem ter a sua parentalidade reconhecida perante o filho biológico ou adotado do companheiro, permite o acesso à realização de planos de vida tão comuns e naturais quanto o de casais de pessoas de sexo diferente. A vontade de criação de um núcleo de afeto, de um lar e de uma casa passam a ser possíveis com a segurança que a lei legitimiza com a possibilidade de adoção.
Em países onde a adoção conjunta não é permitida, a co-adoção restringe-se apenas ao filho biológico do companheiro, como na Finlândia e na Alemanha, impedindo o confronto na lei entre o que seria em última análise uma adoção conjunta. Esta perspectiva poderá levar à legitimidade legal entre qual a diferença no poder paternal sobre um filho biológico e um filho adotado.
Como exemplos de famílias já existentes e em necessidade de reconhecimento pelo Estado com uma lei inclusiva da co-adoção encontram-se situações de um pai ou mãe solteiros, divorciados ou viúvos de uma relação anterior com uma pessoa de sexo diferente, que vivam atualmente com um companheiro do mesmo sexo, formando assim um novo núcleo familiar inexistente aos olhos do Estado e, por isso, marginalizado e desprotegido; a situação pode piorar se o pai ou a mãe biológicos dessa criança falecerem, fazendo com que legalmente não exista qualquer relação entre o “filho” e o “pai” sobreviventes, nem possibilidade de a constituir perante a lei, fragilizando ainda mais a relação.
Adoção Singular
A adopção singular por parte de homo/bissexuais é legal em vários países, estabelecida inicialmente pela ausência de legislação específica sobre a orientação sexual como requisito do adotante, hoje em dia, correndo o risco de ser considerado um retrocesso, a maior parte dos países não legisla no sentido contrário, sendo que a habituação da anterior lei incorre na aceitação geral e apoio da sociedade e/ou estado quanto a indivíduos homo e bissexuais terem a possibilidade de candidatar-se individualmente à adoção.
A possibilidade de pessoas singulares poderem adotar correspondeu a outras motivações, sendo que não faria sentido vedar-se o acesso de homo e bissexuais que não fosse por razões discriminatórias.
Apesar de em muitos países e jurisdições haver a possibilidade para este tipo de adoção, muitas leis não afirmam especificamente que a orientação sexual não deve pôr-se como motivo de impossibilidade ao processo, apresentando por isso texto não claro e abrindo portas a que muitos técnicos impeçam o processo uma vez descoberta a orientação homossexual de uma pessoa, ou pelo contrário, poderão agir acertivamente uma vez que a lei não impede claramente que o processo avance.
Em países e locais onde a adoção conjunta por casais de pessoas do mesmo sexo não é permitida, a adoção singular é muitas vezes vista como uma primeira abordagem à parentalidade conjunta, sendo que a criança ficará oficialmente à tutela de um dos intervenientes, que esperarão até que a lei permita que o outro possa co-adotar a criança que vive já no seio daquela família. Este processo apresenta os seus riscos, uma vez que um dos companheiros não possui quaisquer direitos legais sobre o “filho”, estes poderão ser separados caso o casal sofra algum tipo de separação, seja por morte do pai ou da mãe legal, onde a família do falecido ou o Estado poderá interpelar pela guarda da criança, seja por motivo de doença ou desentendimento familiar, onde o pai ou a mãe legal poderão apropriar-se da criança afastando-a do ex-companheiro que fica sem poder recorrer à justiça para a reaver, entre muitas outras situações.
Adoção homoparental é a adoção de crianças por homossexuais e bissexuais (LGB). Isto pode ser na forma de uma adoção conjunta por um casal de pessoas do mesmo sexo, coadoção por um dos parceiros de um casal de pessoas do mesmo sexo do filho biológico ou adotivo do cônjuge e a adoção por uma única pessoa LGB.
A adoção homoparental é legal em 14 países, bem como na esfera jurídica de vários outros. A adoção homoparental é, contudo, proibida pela maioria dos países, embora muitos debates nas diversas jurisdições ocorram para o permitir. A principal preocupação manifestada por aqueles que se lhe opõem é saber se casais de pessoas do mesmo sexo têm a capacidade de ser pais adequados. Como o assunto muitas vezes não é especificado por lei (ou julgado inconstitucional), a legalização, muitas vezes é feita através de pareceres judiciais.
Desenvolveu-se um consenso entre as comunidades de bem-estar médico, psicológico e social de que as crianças criadas em núcleos homoparentais provavelmente serão tão bem ajustadas como aquelas criadas por pais heterossexuais. A pesquisa de apoio a esta conclusão é aceita além do forte debate no campo da psicologia do desenvolvimento.
Adoção , no Direito Civil, é o ato jurídico no qual um indivíduo é permanentemente assumido como filho por uma pessoa ou por um casal que não são os pais biológicos do adotado. Quando isto acontece, as responsabilidades e os direitos (como o pátrio poder) dos pais biológicos em relação ao adotado são transferidos integral ou parcialmente para os adotantes. Psicologicamente, é o processo de atribuir o lugar de filho a uma criança/adolescente que não descende da mesma história que o casal, é a possibilidade de integrar à dinâmica familiar uma pessoa que é proveniente de uma outra história de vida. É necessário muito investimento afetivo e grande capacidade de acolhimento.
Na grande maioria dos países, o filho adotado possui os mesmos direitos de um filho biológico. No Brasil não há possibilidade de adoção restrita: uma vez que a criança ou adolescente foi adotado, ela tem os mesmos direitos que um filho biológico.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) prevê alguns deveres para os pais (adotivos ou biológicos) em seu artigo 21, quais sejam: sustento, guarda e educação dos filhos.
Motivação
As pessoas adotam uma criança ou jovem por numerosos motivos:[3]
◦Impossibilidade de ter filhos biológicos
◦Cimentar os laços com o cônjuge, no caso de adoção de filhos da esposa ou marido com um cônjuge anterior
◦Auxiliar uma ou mais crianças em dificuldades
◦Fomentar a integração racial, no caso de adoção inter-racial
◦Satisfação do desejo de ser pai/mãe
◦morte de um filho
◦solidão
◦companhia para filho único
◦possibilidade de escolha do sexo
Durante a avaliação psicológica e social à que o casal é submetido, estes aspectos são profundamente analisados, a fim de observar se o casal possui condições de adotar naquele momento.
No Brasil
No Brasil, a adoção é regida pelo Código Civil e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
◦O adotante deve ser uma pessoa maior de dezoito anos, independentemente do estado civil, ou casal, ligado por matrimônio ou união estável.
◦Além disso, a diferença de idade entre o adotante e o adotado deve ser de, no mínimo, dezesseis anos.
◦Deve haver intervenção do juiz, em processo judicial, com participação do Ministério Público.
A adoção é irrevogável, mesmo que os adotantes venham a ter filhos, aos quais o adotado está equiparado, tendo os mesmos deveres e direitos, proibindo-se qualquer discriminação.
A adoção só se extingue em hipóteses especiais, por deserdação, indignidade, pelo reconhecimento de paternidade do pai biológico e pela morte do adotante ou do adotado.
Existem vários casos de adopção por casais do mesmo sexo no Brasil mas apenas após recurso aos tribunais.[4]
As crianças disponibilizadas para adoção, geralmente em Abrigos, devem primeiramente ser destituídas de suas famílias biológicas (destituição do Pátrio Poder) por meio de um processo legal levado a cabo pelo Juizado, publicado em Diário Oficial, para então, serem adotadas pela família pretendente (outro processo legal). A família pretendente passa por uma análise de assistentes sociais, psicólogos, Promotoria Pública, e recebe finalmente a guarda provisória do adotando. Após o final do processo de adoção, os pais adotivos são autorizados a substituir a certidão de nascimento original pela nova certidão de nascimento, em tudo igual à anterior, mudando-se somente os nomes dos pais, avós, e eventualmente o nome da criança. Data, local de nascimento são mantidos. Não pode haver referência ao processo de adoção na certidão de nascimento, somente no Livro de Registros ou certidões de inteiro teor.
como ocorre um processo de adoção quando os pais são do mesmo sexoo poder familiar e transferido ao padastro ou a madrasta em países e locais onde a adoção conjunta por casais de pessoasadoptar sobrenome do padrasto portugalpsicologia do desenvolvimento contra ou a favor a adoçao homoparentalaceitaçao da adoção homoparentalcriança pode ser adotada pelo padrasto tendo pai biologicoadoção pai biológico quer ter o pátrio podercomo adoptar enteado portugalregistro de nascimento não consta o nome do pai biológico padrasto quer adotar
Como Adotar uma Criança
1
Visite uma Vara da Infancia e Juventude
Dirija-se até a Vara da Infância e Juventude mais próxima de sua casa, com os seguintes documentos:
* RG
* Comprovante de residência
2
Agende uma Entrevista
A vara agendará uma data para uma entrevista com o setor técnico. Você poderá selecionar o tipo físico, idade e sexo da criança desejada. Você receberá a lista dos documentos de que a vara precisará para dar continuidade ao seu processo. Estes documentos variam de vara para vara, mas geralmente são: - Cópia autenticada da certidão de casamento ou nascimento - Cópia do RG - Cópia do comprovante de renda mensal - Atestado de sanidade física e mental - Atestado de idoneidade moral assinada por 2 testemunhas, com firma reconhecida - Atestado de antecedentes criminais
3
Realize a Entrevista
Até dois meses, uma psicóloga do juizado agendará uma entrevista para conhecer seu estilo de vida, renda financeira e estado emocional. Ela também pode achar necessário que uma assistente social visite sua casa para avaliar se a moradia está em condições de receber uma criança.
4
Inclusão no Cadastro Nacional de Adoção
A partir das informações no seu cadastro e do laudo final da psicóloga, o juiz dará seu parecer. Isso pode demorar mais um mês, dependendo do juizado. Com sua ficha aprovada, você ganhará o Certificado de Habilitação para Adotar, válido por dois anos em território nacional. Seu nome estará então inserido no Cadastro Nacional de Adoção. Com o certificado, você entrará automaticamente na fila de adoção nacional e aguardará até aparecer uma criança com o perfil desejado. Ou poderá usar o certificado para adotar alguém que conhece. Nesse caso, o processo é diferente: você vai precisar de um advogado para entrar com o pedido no juizado.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
CNJ manda que a Justiça baiana apure suspeita de tráfico na adoção de irmãos
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que a Corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) investigue se um juiz do interior baiano cometeu irregularidade ao autorizar que cinco crianças de uma mesma família de lavradores fossem retiradas da guarda dos pais e entregues para adoção a quatro casais de São Paulo.
Em seis anos, quase 500 brasileiros foram vítimas de tráfico de pessoas A investigação foi motivada pela suspeita de que uma quadrilha de traficantes de crianças estaria atuando no sertão da Bahia. O caso foi denunciado pelo programa dominical Fantástico, da TV Globo, nesse domingo (14). Segundo a reportagem, todo o processo de adoção foi concluído em apenas 24 horas.
O caso ocorreu em junho de 2011, em Monte Santo. Atualmente, o juiz Vitor Xavier, que autorizou a adoção das cinco crianças – uma menina de dois meses e quatro meninos - trabalha na cidade de Barra.
Além de determinar a abertura do procedimento administrativo, o corregedor Nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, estipulou prazo de 60 dias para que as autoridades baianas concluam a investigação.
A Corte baiana também terá que informar ao CNJ o número exato de crianças adotadas nos últimos cinco anos em Monte Santo e na cidade de Barra, onde o juiz trabalha agora. O TJBA também deverá informar se havia, na época, listas de moradores de Monte Santo e região interessados em adotar crianças.
Em nota, o CNJ informou que a corregedoria nacional já vinha apurando supostas irregularidades nos processos de adoção realizados em Monte Santo desde o início deste mês, quando recebeu denúncia do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Ainda no dia 1º, a corregedoria nacional deu 30 dias para que o TJBA prestasse os devidos esclarecimentos sobre o assunto.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) fixa um prazo mínimo de 120 dias para o término do processo de adoção, tempo durante o qual os pais podem contestar a decisão judicial. De acordo com a reportagem apresentada pelo Fantástico, nem o pai, nem a mãe das crianças ou qualquer representante do Ministério Público acompanhou a escolha das famílias para as quais as crianças foram entregues.
Além disso, quem deseja adotar uma criança tem que preencher requisitos legais prévios e fazer um curso durante o qual será submetido a avaliação psicológica e receberá a visita de um assistente social. Cumpridas essas etapas, o processo ainda precisa ser aprovado pelo Ministério Público do estado. Todas essas fase consomem, no mínimo, 60 dias, segundo a reportagem.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Noticias que chocam!!!!!!!!!!!!
Mães entregue seu filho a adoção, é mais digno!
G1 - Bebê recém-nascido é abandonado na entrada de um edifício ...g1.globo.com/.../2012/.../bebe-recem-nascida-e-aband...Em cacheCompartilha
6 ago. 2012 – Menina, que tem entre 3 e 7 dias, ainda estava com o cordão umbilical. Ela foi encaminhada para um abrigo de Francisco Beltrão, ...
Recém-nascido abandonado é levado para a Santa Casa - G1 - Globog1.globo.com/.../2012/.../recem-nascido-abandonado-e...Em cacheCompartilhar
18 jun. 2012 – Criança foi encontrada em um matagal em Águas Brancas, em Ananindeua. Serviço de Atendimento Médico de Urgência fez o resgate da ...
RECÉM NASCIDO ABANDONADO COUTOS 25 06 2012 - YouTube
Recém-nascido é abandonado dentro de igreja na Tijuca (RJ ...
10 jan. 2012
Bebê recém-nascido é abandonado dentro de sacola na zona leste ...noticias.r7.com/.../bebe-recem-nascido-e-abandonado-...Compartilhar
1 hora atrás – Uma menina recém-nascida foi encontrada, na noite deste domingo (9), por policiais na zona leste de São Paulo. ... 10 de Setembro de 2012 ...
Cão vira herói após proteger recém-nascido abandonado. 08 de junho de 2012 às 20:00. Foto: Agência de Notícias de Gana. Um cão passou a ser ...
Recém-nascido abandonado segue em observação no HC - Polícia ...www.jornalvs.com.br/.../recem-nascido-abandonado-se...
Polícia - 28/08/2012 10h40. Atualizado em 28/08/2012 15h25 ... Recém-nascido é abandonado na rua em São Leopoldo. Conteúdos Relacionados. Passa bem ...
Polícia - 26/08/2012 14h26. Atualizado em 28/08/2012 10h43 ... São Leopoldo - Um bebê recém-nascido foi abandonado na Rua Alexandre Fleming, no bairro ...
Recém-nascido é abandonado à porta de casa em Nova Serrana ..
6 de julho de 2012 — Um recém-nascido foi abandonado à porta de uma casa em Nova Serrana, no Centro-Oeste de Minas. O bebê foi encontrado pela filha ...
Rio Grande do Sul Recém-nascido é abandonado
SBT Vídeos - Recém-nascido é abandonado em caixa de sapato - caixa descaso nascido abandonado recém abandono sapato bebê mãe mato. ... Recém-nascido é abandonado em caixa de sapato. Exibido: 20/8/2012. Tweet. Apagar a luz ...
Bebê foi encontrado por policais dentro de uma sacola, na noite deste domingo, na zona leste de São Paulo
Ela foi levada ao hospital e passa bem. A polícia procura a mãe da criança
Uma menina recém-nascida foi encontrada, na noite deste domingo (9), por policiais na zona leste de São Paulo. Ela ainda estava com o cordão umbilical e foi abandonada dentro de uma sacola.
Uma denúncia anônima levou os policiais à esquina da rua Ananaí com a avenida Nordestina, na Vila Curuçá. Avisados por uma testemunha, policiais da 1ª Companhia do 48° Batalhão foram até o endereço, onde encontraram o bebê.
A menina foi deixada na rua, dentro de uma sacola de papelão e ainda estava com o cordão umbilical. Os policiais levaram a recém-nascida para o Hospital Santa Marcelina, no Itaim Paulista. Ele permanece internada, mas fora de perigo
Uma menina recém-nascida foi encontrada, na noite deste domingo (9), por policiais na zona leste de São Paulo. Ela ainda estava com o cordão umbilical e foi abandonada dentro de uma sacola.
Uma denúncia anônima levou os policiais à esquina da rua Ananaí com a avenida Nordestina, na Vila Curuçá. Avisados por uma testemunha, policiais da 1ª Companhia do 48° Batalhão foram até o endereço, onde encontraram o bebê.
A menina foi deixada na rua, dentro de uma sacola de papelão e ainda estava com o cordão umbilical. Os policiais levaram a recém-nascida para o Hospital Santa Marcelina, no Itaim Paulista. Ele permanece internada, mas fora de perigo
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Família de coração - Histórias de adoção no Brasil 31 de Ago. de 2012
BEBÊ: Família de coração -
“Observamos no dia a dia que as exigências de quem adota estão diminuindo e, assim, mais crianças estão tendo acesso a uma família” - Nicolau Lupianhes, juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça Por: Camila Carvas
Há mais de uma década, sete meninas de um orfanato paulista ganharam novas famílias. Com idades entre 2 e 6 anos, seis delas se mudaram para a Itália, a França e a Suécia. Uma voltou a morar com o pai no interior do Piauí. Todas receberam uma segunda chance e deixaram histórias emocionantes. Às vésperas de conhecer o casal francês que a adotaria, por exemplo, uma das garotas sonhou que sua mãe chegava para buscá-la de saia verde. E qual não foi a surpresa de quem viu uma senhora sorridente, gordinha e de saia verde entrar pela porta.
Andrea Fasciolo ainda fica comovida quando relembra sua história. Ela e o marido, ambos argentinos, vieram para o Brasil a trabalho e, depois de cinco anos tentando engravidar, o casal resolveu encarar seus próprios medos e se aproximar da ideia de adotar uma criança. E eles acabaram fazendo uma chamada adoção especial. Tardia, inter-racial e de irmãos. Três irmãos, um casal de gêmeos de 3 anos e um menino de 4. Andrea se emociona e se arrepia quando lembra da menininha perguntando, lá em 2007, durante o estágio de convivência, se ela seria sua mãe. Hoje, a garotinha reservada e tímida aguarda a chegada de mais um irmão. Andrea está grávida e ouve com carinho as recomendações da pequena que diz que ela precisa tomar leite e descansar. A família inteira, que mora na Suíça, espera o nascimento do bebê.
Casos como esses são interessantes porque desconstroem alguns preconceitos que ainda existem em relação à adoção. Apesar de ser antiga e já existir no Direito Romano – o general Júlio Cesar adotou Otávio Augusto e fez dele seu herdeiro sucessor – ainda hoje, a prática é cercada por mitos. “Um dos maiores é de que o verdadeiro afeto só surge com os laços sanguíneos”, diz Walter Gomes, supervisor da Seção de Colocação em Família Substituta da 1ª Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal. “Mas o afeto vem da convivência, o amor é o cimento da parentalidade, e isso não tem a ver com sangue”, completa. “Costumamos dizer que inclusive os pais biológicos devem adotar seus filhos naturais no sentido de se entregar completamente.” A adoção precisa ser percebida como uma demonstração de amor irrestrito e, por isso, hoje, o “pacto do silêncio” não é recomendado. É essa transparência que está ajudando a mudar a cara da adoção no país.
Adotar vem do latim adoptare e significa receber, aceitar, desejar, assumir. Quando o assunto é adoção de crianças e adolescentes, significa também uma entrega integral e a garantia ao direito da vida em família para muitos menores. “As famílias e as motivações mudaram muito nesses últimos 15 anos”, diz Mônica Natale, do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo (GAASP). “Antes só se adotavam bebês e hoje há muito mais adoções inter-raciais e tardias de crianças a partir de dois anos”, explica. E conforme essa nova cultura se forma, o tema aparece nas revistas e na TV, as celebridades adotam, a adoção vai saindo da marginalidade.
Parte dessa transformação veio com a nova lei de adoção de 2009. Antes, só casais podiam adotar. Atualmente, todo adulto maior de 18 anos, que seja pelo menos 16 anos mais velho que o adotando, e tenha essa vontade, pode. Casais héteros ou homoafetivos, homens e mulheres solteiros, com ou sem filhos biológicos, todos podem adotar. Por meio de inúmeras entrevistas, o juiz procura econtrar os melhores pais para uma criança e não o inverso. A obrigatoriedade do curso preparatório também faz diferença, porque tira dúvidas, desfaz mitos e preconceitos e traz testemunhos de famílias reais que sensibilizam e esclarecem os pretendentes, fazendo com que eles reflitam acerca de suas próprias pretensões. “Quanto mais a pessoa se abre ao acolhimento incondicional, menos restrições ela faz”, diz Walter.
Ao se deparar com a realidade do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), criado em 2008, os candidatos à adoção percebem que a grande maioria das crianças que podem ser adotadas não são meninas, brancas, bebês e sem irmãos. “Infelizmente, antes da criação do cadastro não existia uma fonte segura com a quantidade de pretendentes à adoção e crianças e adolescentes aptos”, diz Nicolau Lupianhes, juiz auxiliar da corregedoria Nacional de Justiça. “Porém, observamos no dia a dia que as exigências de quem adota estão diminuindo e, assim, mais crianças estão tendo acesso a uma família”, completa.
Em junho de 2012, o CNA mostrava 5.303 crianças e adolescentes ainda à espera de adoção e um número de pretendentes cinco vezes maior, totalizando 28.128 inscritos em todo o país. A diferença é grande, justamente, por causa do perfil exigido por quem pretende adotar. “Hoje, o principal fator de restrição é a idade das crianças”, afirma lupianhes. “Para se ter uma ideia, dos pretendentes cadastrados, quase 60% aceitam adotar somente crianças até dois anos; 75% aceitam somente até três anos e quase 90% aceitam só até quatro anos”. Mas das crianças cadastradas, apenas 158 têm até dois anos, 250 até três anos e 351 até quatro anos.
Esse descompasso faz com que, muitas vezes, a espera seja longa. Mas os mais flexíveis encurtam bastante o processo. Maria Helena da Silva fugiu dos “padrões” e, há cinco anos, no mesmo mês em que recebeu a habilitação para a adoção, atendeu o telefonema que dizia que haviam encontrado seu filho. Alessandro é negro e, na época, tinha quase 8 anos. Ela e o marido vinham de outros relacionamentos, já tinham dois filhos, de 19 e 4 anos, e compartilhavam a ideia de adotar. “Meu filho Gabriel era criado quase como filho único e não queríamos isso”, conta. Segundo Maria Helena, Gabriel e Alessandro são os verdadeiros protagonistas dessa história e responsáveis pelo sucesso da adoção. “Desde o início, aceitaram-se como irmãos e construíram um vínculo de amor tão forte que não pode ser comparado a uma questão de sangue”, diz.
Mas muita gente acredita que a adaptação das crianças mais velhas é difícil, porque elas já têm personalidade formada. As experiências de Maria Helena e Andrea mostram que essa questão é discutível. “É só pensarmos no quanto nós mesmos mudamos nos últimos 10 anos”, diz Maria Helena. “Adaptamos-nos facilmente”, explica. Claro que a mudança de realidade não é simples. Assim como não é fácil para uma mãe de primeira viagem lidar com as noites em claro e os cuidados com um bebê. Qualquer criança, biológica ou adotada, exige adaptações. “Foi pesado, porque eles tinham muita energia”, lembra Andrea. Mas o importante, em qualquer caso, é desejar. “As crianças te testam, no começam diziam ‘você não é minha mãe’”, conta Andrea. “Mas nós dizíamos ‘não, eu sou sua mãe sim e você tem que me obedecer’, isso só oferece segurança”, completa. “Eu tinha uma lista de medos, mas quase nenhum se concretizou”, conta.
Entre os candidatos a pais adotivos, nenhuma condição oferece prioridade. A ordem cronológica no Cadastro e os interesses das crianças e adolescentes é que são observados. Foi por isso que tanto Maria Helena quanto Andrea rapidamente encontraram seus filhos de coração. E, ao recebê-los, elas adotaram também um passado e possíveis feridas. Alessandro mantém contato direto com a irmã biológica mais nova, que precisava de cuidados especiais e foi adotada por outra família. O trio de brasileirinhos de Andrea sabe da adoção e, mesmo estudando em inglês e alemão, faz aulas de português para não perder as raízes. “É preciso respeitar essa história, ouvir, acolher”, diz Andrea. “O amor é diferente, porque cada filho é de um jeito, mas não posso negar que tenho uma profunda admiração pelo adotado, porque ele tem uma força incrível, resistiu a muita coisa e está inteiro, feliz e sorridente”, completa Maria Helena. Para quem acredita que ser pai ou mãe é mais do que acompanhar o crescimento da barriga, a adoção é a certeza de realizar os sonhos de quem adota e de quem é adotado.
Pensando em adotar?
Quem deseja adotar uma criança deve procurar a Vara da Infância e da Juventude (VIJ) da sua região. Nos municípios onde não há VIJs, os interessados devem procurar o Fórum da sua comarca para iniciar o processo de habilitação, que costuma demorar cerca de seis meses. Não é preciso ter advogado, apenas vontade e, talvez, um pouco de paciência. O candidato deve entregar uma série de documentos, como certidão de comprovantes de residência e renda, e o “nada consta” criminal. Depois, abre-se um processo e inicia-se um curso de preparação psicossocial e jurídico obrigatório. Após um estudo feito por uma equipe técnica multidisciplinar, observa-se se os pretendentes têm o perfil da família adotiva, sobretudo se são afetivos e se oferecem um ambiente acolhedor que garanta o equilíbrio e a segurança dos adotados. O promotor de justiça, então, aprova a entrada do candidato no cadastro local e nacional de adoção. A partir daí, o tempo de espera está indissociavelmente ligado ao perfil do candidato em relação à criança acolhida. Por fim, depois de encontrada a combinação perfeita, pais e filhos passam por um estágio de convivência, ambos os lados são ouvidos e é dada a liberação definitiva para viverem juntos. Um acompanhamento pós-adoção completa o ciclo. Nesse momento, a criança se torna um filho, com novo registro de nascimento e tudo.
“Observamos no dia a dia que as exigências de quem adota estão diminuindo e, assim, mais crianças estão tendo acesso a uma família” - Nicolau Lupianhes, juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça Por: Camila Carvas
Há mais de uma década, sete meninas de um orfanato paulista ganharam novas famílias. Com idades entre 2 e 6 anos, seis delas se mudaram para a Itália, a França e a Suécia. Uma voltou a morar com o pai no interior do Piauí. Todas receberam uma segunda chance e deixaram histórias emocionantes. Às vésperas de conhecer o casal francês que a adotaria, por exemplo, uma das garotas sonhou que sua mãe chegava para buscá-la de saia verde. E qual não foi a surpresa de quem viu uma senhora sorridente, gordinha e de saia verde entrar pela porta.
Andrea Fasciolo ainda fica comovida quando relembra sua história. Ela e o marido, ambos argentinos, vieram para o Brasil a trabalho e, depois de cinco anos tentando engravidar, o casal resolveu encarar seus próprios medos e se aproximar da ideia de adotar uma criança. E eles acabaram fazendo uma chamada adoção especial. Tardia, inter-racial e de irmãos. Três irmãos, um casal de gêmeos de 3 anos e um menino de 4. Andrea se emociona e se arrepia quando lembra da menininha perguntando, lá em 2007, durante o estágio de convivência, se ela seria sua mãe. Hoje, a garotinha reservada e tímida aguarda a chegada de mais um irmão. Andrea está grávida e ouve com carinho as recomendações da pequena que diz que ela precisa tomar leite e descansar. A família inteira, que mora na Suíça, espera o nascimento do bebê.
Casos como esses são interessantes porque desconstroem alguns preconceitos que ainda existem em relação à adoção. Apesar de ser antiga e já existir no Direito Romano – o general Júlio Cesar adotou Otávio Augusto e fez dele seu herdeiro sucessor – ainda hoje, a prática é cercada por mitos. “Um dos maiores é de que o verdadeiro afeto só surge com os laços sanguíneos”, diz Walter Gomes, supervisor da Seção de Colocação em Família Substituta da 1ª Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal. “Mas o afeto vem da convivência, o amor é o cimento da parentalidade, e isso não tem a ver com sangue”, completa. “Costumamos dizer que inclusive os pais biológicos devem adotar seus filhos naturais no sentido de se entregar completamente.” A adoção precisa ser percebida como uma demonstração de amor irrestrito e, por isso, hoje, o “pacto do silêncio” não é recomendado. É essa transparência que está ajudando a mudar a cara da adoção no país.
Adotar vem do latim adoptare e significa receber, aceitar, desejar, assumir. Quando o assunto é adoção de crianças e adolescentes, significa também uma entrega integral e a garantia ao direito da vida em família para muitos menores. “As famílias e as motivações mudaram muito nesses últimos 15 anos”, diz Mônica Natale, do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo (GAASP). “Antes só se adotavam bebês e hoje há muito mais adoções inter-raciais e tardias de crianças a partir de dois anos”, explica. E conforme essa nova cultura se forma, o tema aparece nas revistas e na TV, as celebridades adotam, a adoção vai saindo da marginalidade.
Parte dessa transformação veio com a nova lei de adoção de 2009. Antes, só casais podiam adotar. Atualmente, todo adulto maior de 18 anos, que seja pelo menos 16 anos mais velho que o adotando, e tenha essa vontade, pode. Casais héteros ou homoafetivos, homens e mulheres solteiros, com ou sem filhos biológicos, todos podem adotar. Por meio de inúmeras entrevistas, o juiz procura econtrar os melhores pais para uma criança e não o inverso. A obrigatoriedade do curso preparatório também faz diferença, porque tira dúvidas, desfaz mitos e preconceitos e traz testemunhos de famílias reais que sensibilizam e esclarecem os pretendentes, fazendo com que eles reflitam acerca de suas próprias pretensões. “Quanto mais a pessoa se abre ao acolhimento incondicional, menos restrições ela faz”, diz Walter.
Ao se deparar com a realidade do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), criado em 2008, os candidatos à adoção percebem que a grande maioria das crianças que podem ser adotadas não são meninas, brancas, bebês e sem irmãos. “Infelizmente, antes da criação do cadastro não existia uma fonte segura com a quantidade de pretendentes à adoção e crianças e adolescentes aptos”, diz Nicolau Lupianhes, juiz auxiliar da corregedoria Nacional de Justiça. “Porém, observamos no dia a dia que as exigências de quem adota estão diminuindo e, assim, mais crianças estão tendo acesso a uma família”, completa.
Em junho de 2012, o CNA mostrava 5.303 crianças e adolescentes ainda à espera de adoção e um número de pretendentes cinco vezes maior, totalizando 28.128 inscritos em todo o país. A diferença é grande, justamente, por causa do perfil exigido por quem pretende adotar. “Hoje, o principal fator de restrição é a idade das crianças”, afirma lupianhes. “Para se ter uma ideia, dos pretendentes cadastrados, quase 60% aceitam adotar somente crianças até dois anos; 75% aceitam somente até três anos e quase 90% aceitam só até quatro anos”. Mas das crianças cadastradas, apenas 158 têm até dois anos, 250 até três anos e 351 até quatro anos.
Esse descompasso faz com que, muitas vezes, a espera seja longa. Mas os mais flexíveis encurtam bastante o processo. Maria Helena da Silva fugiu dos “padrões” e, há cinco anos, no mesmo mês em que recebeu a habilitação para a adoção, atendeu o telefonema que dizia que haviam encontrado seu filho. Alessandro é negro e, na época, tinha quase 8 anos. Ela e o marido vinham de outros relacionamentos, já tinham dois filhos, de 19 e 4 anos, e compartilhavam a ideia de adotar. “Meu filho Gabriel era criado quase como filho único e não queríamos isso”, conta. Segundo Maria Helena, Gabriel e Alessandro são os verdadeiros protagonistas dessa história e responsáveis pelo sucesso da adoção. “Desde o início, aceitaram-se como irmãos e construíram um vínculo de amor tão forte que não pode ser comparado a uma questão de sangue”, diz.
Mas muita gente acredita que a adaptação das crianças mais velhas é difícil, porque elas já têm personalidade formada. As experiências de Maria Helena e Andrea mostram que essa questão é discutível. “É só pensarmos no quanto nós mesmos mudamos nos últimos 10 anos”, diz Maria Helena. “Adaptamos-nos facilmente”, explica. Claro que a mudança de realidade não é simples. Assim como não é fácil para uma mãe de primeira viagem lidar com as noites em claro e os cuidados com um bebê. Qualquer criança, biológica ou adotada, exige adaptações. “Foi pesado, porque eles tinham muita energia”, lembra Andrea. Mas o importante, em qualquer caso, é desejar. “As crianças te testam, no começam diziam ‘você não é minha mãe’”, conta Andrea. “Mas nós dizíamos ‘não, eu sou sua mãe sim e você tem que me obedecer’, isso só oferece segurança”, completa. “Eu tinha uma lista de medos, mas quase nenhum se concretizou”, conta.
Entre os candidatos a pais adotivos, nenhuma condição oferece prioridade. A ordem cronológica no Cadastro e os interesses das crianças e adolescentes é que são observados. Foi por isso que tanto Maria Helena quanto Andrea rapidamente encontraram seus filhos de coração. E, ao recebê-los, elas adotaram também um passado e possíveis feridas. Alessandro mantém contato direto com a irmã biológica mais nova, que precisava de cuidados especiais e foi adotada por outra família. O trio de brasileirinhos de Andrea sabe da adoção e, mesmo estudando em inglês e alemão, faz aulas de português para não perder as raízes. “É preciso respeitar essa história, ouvir, acolher”, diz Andrea. “O amor é diferente, porque cada filho é de um jeito, mas não posso negar que tenho uma profunda admiração pelo adotado, porque ele tem uma força incrível, resistiu a muita coisa e está inteiro, feliz e sorridente”, completa Maria Helena. Para quem acredita que ser pai ou mãe é mais do que acompanhar o crescimento da barriga, a adoção é a certeza de realizar os sonhos de quem adota e de quem é adotado.
Pensando em adotar?
Quem deseja adotar uma criança deve procurar a Vara da Infância e da Juventude (VIJ) da sua região. Nos municípios onde não há VIJs, os interessados devem procurar o Fórum da sua comarca para iniciar o processo de habilitação, que costuma demorar cerca de seis meses. Não é preciso ter advogado, apenas vontade e, talvez, um pouco de paciência. O candidato deve entregar uma série de documentos, como certidão de comprovantes de residência e renda, e o “nada consta” criminal. Depois, abre-se um processo e inicia-se um curso de preparação psicossocial e jurídico obrigatório. Após um estudo feito por uma equipe técnica multidisciplinar, observa-se se os pretendentes têm o perfil da família adotiva, sobretudo se são afetivos e se oferecem um ambiente acolhedor que garanta o equilíbrio e a segurança dos adotados. O promotor de justiça, então, aprova a entrada do candidato no cadastro local e nacional de adoção. A partir daí, o tempo de espera está indissociavelmente ligado ao perfil do candidato em relação à criança acolhida. Por fim, depois de encontrada a combinação perfeita, pais e filhos passam por um estágio de convivência, ambos os lados são ouvidos e é dada a liberação definitiva para viverem juntos. Um acompanhamento pós-adoção completa o ciclo. Nesse momento, a criança se torna um filho, com novo registro de nascimento e tudo.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Crianças abandonadas pelos pais vivem em orfanatos
Crianças abandonadas pelos pais vivem em orfanatos
A realidade acaba sendo a mesma para muitas crianças que são abandonadas pelos pais, a maioria acaba crescendo em orfanatos esperando pela adoção. São crianças que mesmo com as dificuldades e com o abandono conseguem se adaptar a nova vida.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Quase 5 mil crianças aguardam adoção no Brasil, mas perfil dos futuros pais é entraveQuase 5 mil crianças aguardam adoção no Brasil, mas perfil dos futuros pais é entrave
or Redação EcoD
O cadastro foi criado pelo Conselho em abril de 2008 para concentrar informações de todos os tribunais de justiça do país referentes ao número de pretendentes e crianças disponíveis para encontrar uma nova família, bem como acompanhar este tipo de procedimento judicial nas varas da infância e juventude espalhadas pelo Brasil. As informações visam auxiliar os juízes na condução dos procedimentos de adoção.
O cadastro do CNJ também revelou o perfil exigido pelos pretendentes que, na opinião de especialistas, continua a ser o grande entrave para a adoção dessas crianças. Dos 27.264 pretendentes cadastrados para adotar, apenas 585 declararam aceitar somente crianças da raça negra. Afirmaram aceitar somente crianças brancas 10.173 dos adotantes, e somente crianças da raça parda, 1.537. Aqueles que se manifestaram indiferentes à raça somam 9.137.
Os pretendentes também deixaram claro o desinteresse em adotar crianças com irmãos. De acordo com o CNA, 22.702 inscritos manifestaram o desejo por apenas uma criança. O número de interessados em adotar até duas crianças cai para 4.461.
“Trata-se de preferência que temos que trabalhar para mostrar aos pretendentes que tal perfil não significa maior efetividade do vínculo que se irá estabelecer com a adoção. Já sentimos melhora, mas muito ainda deverá ser feito por todos que devem garantir os direitos das crianças e adolescentes”, opinou o juiz Lupianhes Neto.
Novas regras para adoção
Em agosto de 2009, o então presidente Luíz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que modificou as regras para a adoção no país. Na ocasião, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) lançou o Guia Comentado – Novas Regras para a Adoção.
O documento, que você baixar na Biblioteca do EcoD, detalha as alterações realizadas pelo Senado Federal no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), especificamente no que se refere ao direito à convivência familiar e à adoção. Além do texto legal, o guia também apresenta breves comentários aos dispositivos mais importantes.
Veja abaixo algumas questões relacionadas ao processo de adoção no Brasil, extraídas da cartilha Adoção Passo-a-Passo, feita pela AMB:
O que é adoção de crianças e adolescentes?
A adoção é um procedimento legal que transfere todos os direitos e deveres de pais biológicos para uma família substituta e dá a crianças e adolescentes todos os direitos e deveres de filho, quando forem esgotados todos os recursos para a manutenção da convivência com a família original. É regulamentada pelo Código Civil e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Quem pode ser adotado?
Crianças e adolescentes com até 18 anos à data do pedido de adoção, cujos pais forem falecidos ou desconhecidos, tiverem sido destituídos do poder familiar ou concordarem com a adoção de seu filho. Maiores de 18 anos também podem ser adotados. Nesse caso, a adoção segue outro processo e depende de sentença constitutiva.
Todas as crianças que vivem em abrigos podem ser adotadas?
Não, pois muitas têm vínculos jurídicos com a sua família de origem e, por isso, não estão disponíveis à adoção. Nesses casos, deve-se priorizar o retorno dessas crianças para o convívio com sua família.
Qual o caminho para se inscrever como pretendente a adoção?
Primeiramente, o interessado deve se dirigir ao Fórum de sua cidade ou região, com RG e comprovante de residência, para receber informações iniciais a respeito dos documentos necessários para dar continuidade ao processo. Após análise e aprovação dos documentos, entrevistas serão realizadas com a equipe técnica das varas da Infância e da Juventude.
Após ser considerado apto para adoção, quanto tempo leva até que o candidato encontre uma criança?
Varia muito. Primeiro, o candidato passa a integrar o cadastro de habilitados. Quando a Vara encontra uma criança que atenda às expectativas do adotante, acontece o encontro. A partir disso, ocorre o estágio de convivência. Quando a criança tem menos de um ano ou já tem vínculo afetivo com o adotante este estágio é dispensado. No caso de adoção internacional, este estágio deve ser cumprido em território nacional e é de até 30 dias. Depois disso, é lavrada a sentença judicial de adoção. E então a criança passa a ter uma certidão de nascimento com o nome escolhido e na qual os adotantes constam como pais.
A criança tem o direito de consentir ou discordar da adoção?
Quando o adotando tiver mais de 12 anos, a adoção dependerá de ele concordar com o processo. Mas, independentemente da idade, sempre que possível, deve-se considerar a opinião da criança.
É possível escolher a criança que se quer adotar?
O candidato deve ser o mais sincero possível ao explicitar suas expectativas e motivações em relação à criança que venha a adotar e quanto a suas restrições para que a Vara da Infância e Juventude ache um melhor arranjo possível, evitando desentrosamentos. Quem pretende adotar pode optar por aguardar até que apareça uma criança que melhor corresponda às suas expectativas.
A criança adotada perde o vínculo jurídico com os pais biológicos?
Sim, todos os vínculos jurídicos com os pais biológicos e parentes são anulados com a adoção, salvo os impedimentos matrimoniais (para evitar casamentos entre irmãos e entre pais e filhos consanguíneos).
Qualquer pessoa tem acesso aos dados de um processo de adoção?
Não. O processo de adoção tramita em segredo de Justiça. Apenas o adotado pode ter acesso às suas informações, assim mesmo, somente após autorização judicial. Pais biológicos destituídos do poder familiar não têm acesso a esse material.
A adoção depende do consentimento dos pais biológicos?
Em princípio, a adoção depende do consentimento dos pais ou dos representantes legais, mas o consentimento será dispensado se os pais da criança forem desconhecidos ou tiverem desaparecido, se tiverem sido destituídos do poder familiar ou se o adotando for órfão e não tenha sido reclamado por qualquer parente por mais de um ano.
A família biológica pode conseguir seu filho de volta depois da adoção?
Não. Depois de dada a sentença da adoção pelo juiz, ela é irreversível, e a família biológica perde todo e qualquer direito sobre a criança. Mas a família biológica poderá ter sua criança de volta se a sentença não tiver ainda sido dada e se, por ato judicial, provar que tem condições de cuidar de seu filho.
A adoção é para sempre?
Sim, a adoção é irrevogável, mas os pais adotivos estão sujeitos à perda do poder familiar pelas mesmas razões que os pais biológicos: por abandono, castigar imoderadamente o filho, praticar atos contrários à moral e aos bons costumes, descumprir determinações judiciais, etc. Pobreza e miséria não são motivos suficientes para a destituição do poder familiar.
O que é “adoção à brasileira”?
A expressão é usada para designar uma forma de procedimento que desconsidera os trâmites legais do processo de adoção, no qual uma criança é registrada como filha biológica sem que ela tenha sido concebida como tal. Nesse caso, a mãe biológica tem o direito de reaver a criança se não tiver permitido legalmente a adoção ou não tiver sido destituída do poder familiar.
O que é adoção pronta?
É a adoção em que a mãe biológica determina para quem deseja entregar o seu filho. Na maioria dos casos, a mãe procura a Vara da Infância e da Juventude acompanhada do pretendente à adoção para legalizar uma convivência que já esteja acontecendo de fato. É um tema bastante polêmico. Para alguns juízes, a adoção pronta é desaconselhável, pois é difícil avaliar se a escolha da mãe é voluntária ou foi induzida, se os pretendentes à adoção são adequados ou se é uma situação de tráfico de crianças. Mas para outros, o direito da mãe biológica de escolher para quem entregar seu filho deve ser considerado.
O que é “adoção tardia”?
A expressão é usada em referência à adoção de crianças maiores ou de adolescentes. Remete à ideia de uma adoção fora do tempo “adequado” e reforça o preconceito.
O que são grupos de reflexão?
Os profissionais da Vara às vezes percebem que a vontade de adoção deriva, por exemplo, de um desejo que o filho salve um casamento que está em crise ou de que o filho substitua a perda de outro. Embora não sejam necessariamente motivos impeditivos para se adotar, o psicólogo e a assistente social avaliam se é necessária uma maior reflexão sobre o desejo de adoção e encaminham os candidatos para esses grupos.
O candidato reprovado pode se inscrever novamente?
Os candidatos reprovados estão subdivididos em dois grupos: inaptos e inidôneos. Os inaptos são aqueles considerados insuficientemente preparados para a adoção. Estes poderão ser indicados para alguns serviços de acompanhamento e poderão ser reavaliados futuramente. Já os inidôneos são aqueles que cometeram faltas ou delitos graves e não podem se inscrever novamente.
Em que condições um parceiro pode adotar o filho do outro?
Casais que tenham uma união estável podem adotar filhos de seus parceiros quando as crianças não tem o reconhecimento paterno ou materno ou quando o pai ou mãe biológicos tiverem sido destituídos do poder familiar ou concordarem com a adoção em depoimento judicial.
A pessoa que encontra um bebê abandonado pode adotá-lo?
Um bebê encontrado em situação de abandono não está automaticamente disponível para adoção. Nesse caso, o procedimento adequado é procurar os órgãos competentes para localizar os pais e saber se o bebê foi de fato abandonado. Somente se os pais estiverem desaparecidos ou forem destituídos do poder familiar é que esse bebê poderá ser adotado. A pessoa que o encontrou não terá garantia da adoção, que dependerá da avaliação da Vara da Infância e da Juventude sobre os possíveis candidatos.
Brasileiros que moram no exterior podem adotar crianças brasileiras?
Sim. Deve-se, neste caso, seguir os procedimentos de uma adoção internacional.
Estrangeiros residentes no Brasil podem adotar crianças brasileiras?
Sim, desde que tenham visto de permanência. O procedimento é igual ao de uma adoção feita por brasileiro.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Adoção: frustração das crianças que são devolvidas aos abrigos
Davi foi devolvido cinco vezes antes de encontrar uma família definitiva
26/06/2012 às 11h11
O caminho da adoção: frustração das crianças que são devolvidas aos abrigos (Foto: Encontro / TV Globo)No 'Encontro' você viu o que leva uma pessoa a adotar uma criança. Dessa vez, o programa mostrou como é a situação dos filhos adotivos que são rejeitados e devolvidos aos abrigos.
A repórter Lília Teles se lembrou de uma reportagem que fez para o Globo Repórter, com o adolescente Davi Arias sobre adoção tardia. “Ele tinha sido devolvido cinco vezes. Nenhuma família teve condições financeiras de assumir a adoção definitiva. Eu lembro que ele chorava tanto durante a reportagem”, contou Lília.
No palco do programa, Fátima conversou com o adolescente e a mãe adotiva, Isabel Arias. Para Davi, ela representa o fim do período de incertezas que viveu. “A primeira coisa que eu pensava era no que eu tinha feito de errado. Eu me sentia rejeitado. Hoje, eu lido melhor com a rejeição”, disse Davi. A mãe adotiva conta que foi difícil o período de adaptação. Foi preciso muito amor para provar que ela não iria devolvê-lo.
Mas não foi só o Davi que passou por essa situação frustrante de rejeição, muitas crianças e adolescentes enfrentaram problemas semelhantes. Lília Teles visitou um abrigo em Nova Iguaçu, na baixada fluminense, e conversou com crianças que foram adotadas e depois devolvidas.
26/06/2012 às 11h11
O caminho da adoção: frustração das crianças que são devolvidas aos abrigos (Foto: Encontro / TV Globo)No 'Encontro' você viu o que leva uma pessoa a adotar uma criança. Dessa vez, o programa mostrou como é a situação dos filhos adotivos que são rejeitados e devolvidos aos abrigos.
A repórter Lília Teles se lembrou de uma reportagem que fez para o Globo Repórter, com o adolescente Davi Arias sobre adoção tardia. “Ele tinha sido devolvido cinco vezes. Nenhuma família teve condições financeiras de assumir a adoção definitiva. Eu lembro que ele chorava tanto durante a reportagem”, contou Lília.
No palco do programa, Fátima conversou com o adolescente e a mãe adotiva, Isabel Arias. Para Davi, ela representa o fim do período de incertezas que viveu. “A primeira coisa que eu pensava era no que eu tinha feito de errado. Eu me sentia rejeitado. Hoje, eu lido melhor com a rejeição”, disse Davi. A mãe adotiva conta que foi difícil o período de adaptação. Foi preciso muito amor para provar que ela não iria devolvê-lo.
Mas não foi só o Davi que passou por essa situação frustrante de rejeição, muitas crianças e adolescentes enfrentaram problemas semelhantes. Lília Teles visitou um abrigo em Nova Iguaçu, na baixada fluminense, e conversou com crianças que foram adotadas e depois devolvidas.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Bebês do crack para adoção no Brasil
Cada vez mais dependentes da droga perdem a guarda de seus filhos logo após o parto.
Por Cristine Pires para Infosurhoy.com — 27/02/2012
O governo brasileiro está tomando providências para melhorar o pré-natal de mulheres dependentes de crack. (Paulo Whitaker/Reuters)
PORTO ALEGRE, Brasil – As cracolândias que se espalham pelo país são apenas o retrato a céu aberto da epidemia de crack que atinge o Brasil.
Nas maternidades brasileiras, nascem os dramas privados em consequência do vício. Cada vez mais usuárias de crack são separadas de seus bebês, logo após o parto.
São Paulo, a maior cidade brasileira, é uma mostra do que acontece em diferentes partes do país.
Na maternidade estadual Leonor Mendes de Barros, a maior de São Paulo, cresce a cada ano o número de dependentes químicas que perdem a guarda de seus filhos recém-nascidos.
Em 2007, foi apenas um caso, segundo a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo.
No ano seguinte, foram 15. Em 2009, 26 crianças foram separadas das mães.
Em 2010, a Vara da Infância e Juventude determinou que 43 bebês de dependentes de crack nascidos na maternidade Leonor Mendes de Barros fossem colocados para adoção – 65% mais casos que em 2009.
O levantamento de 2011 ainda não foi concluído, mas, apenas nos primeiros três meses do ano passado, foram registrados 14 casos de perda de tutela.
Em 2011, outros hospitais da cidade também registraram dezenas de ocorrências: 13 no Hospital Geral de Pedreira, 14 no Hospital Geral de São Mateus e 32 no Hospital Estadual de Sapopemba.
Para fazer frente ao problema, a maternidade Leonor Mendes de Barros avaliou o prontuário de gestantes avaliadas entre abril de 2009 e abril de 2010.
Das 33 usuárias de crack e cocaína atendidas, 64,5% tinham entre 15 e 25 anos, a maior parte com baixo nível de escolaridade (54,8% não concluíram o ensino fundamental) e sem uma profissão (61,3%).
A dificuldade de ficar sem a droga também leva muitas grávidas a abandonar o acompanhamento pré-natal. O levantamento mostra que quase a metade das pacientes (48,4%) não compareceram ao número total de consultas recomendadas.
Gestantes com dependência química: prioridade do governo
O governo federal determina que o atendimento a gestantes dependentes químicas seja prioritário.
“Temos que dar assistência à criança e à mãe”, afirma Helvécio Magalhães, secretário Nacional de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.
A Rede Cegonha, programa de atendimento à mãe e ao bebê lançado em junho de 2011 pela presidente Dilma Rousseff, também terá um papel importante na luta contra o crack.
Cláudio Meneghello Martins, chefe do Serviço de Psiquiatria do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, de Porto Alegre: “Das mães (usuárias de drogas) que chegam até nós, cerca de 90% não têm condições de cuidar de seus bebês”. (Cristine Pires para Infosurhoy.com)
“Estamos traçando estratégias para alcançar o conjunto das mulheres, com ênfase na questão das adolescentes”, informa Magalhães.
Assim, a educação sexual em salas de aula ganhará reforço no programa Saúde na Escola, completa Magalhães.
“Distribuímos camisinhas e pílulas para evitar gravidez indesejada e queremos atingir também as usuárias de drogas”, diz o secretário.
Entre as mulheres que já têm histórico de dependência e vivem nas ruas, as grávidas são a prioridade das equipes de saúde.
“Vamos atuar com os consultórios de rua, casas de acolhimento e também equipes de saúde de hospitais e postos para dar atendimento a essas gestantes”, afirma Magalhães.
A determinação do Ministério da Saúde é dar atenção constante às gestantes que usam drogas, estimulando que façam os exames recomendados no pré-natal.
E o atendimento na rede de saúde pública deve ser facilitado. As dependentes químicas serão atendidas assim que procurarem por serviços como o ultrassom, sem a necessidade de agendamento.
“Se elas não quiserem fazer as sete consultas recomendadas durante a gravidez, vamos dar um acompanhamento e orientações para o parto”, assegura. “Queremos mapear, identificar e proporcionar uma ligação dessas gestantes com a rede pública.”
Cuidados especiais para os recém-nascidos
Os profissionais de saúde também estão sendo treinados para dar o tratamento correto aos recém-nascidos.
“Muitas vezes, a criança nasce com problemas respiratórios e metabólicos e precisa de reposição de líquidos e de potássio”, exemplifica Magalhães.
O consumo de tabaco, álcool e outras drogas durante a gestação provoca danos no feto.
No caso do crack, a desintoxicação do recém-nascido é rápida, segundo o psiquiatra Carlos Salgado, especialista em dependência química.
“Já os danos de longo prazo devem ser monitorados e abordados especificamente em suas manifestações”, orienta Salgado. “O baixo peso ao nascer é um exemplo de curto prazo. Hiperatividade, desatenção e impulsividade costumam se evidenciar no início da vida escolar.”
As usuárias de drogas devem receber tratamento psiquiátrico, inicialmente em internação e depois em comunidades terapêuticas, para garantir abstinência de longo prazo, explica Salgado.
“Infelizmente, muitas dessas mães têm filhos de pais desconhecidos, frutos da irresponsabilidade durante o uso e obtenção da droga. É comum que optem por entregar o bebê à adoção”, diz Salgado, que preside a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead). “O risco se renova quando a criança fica aos cuidados da mãe usuária ou de familiares sem condições de assumir a responsabilidade.”
Estudo vai acompanhar desenvolvimento das crianças
Marli Lisboa (centro), enfermeira-chefe de Obstetrícia do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, de Porto Alegre, explica que, dependendo da quantidade de drogas que a mãe usou, o bebê pode sofrer síndrome de abstinência. (Cristine Pires para Infosurhoy.com)
Única casa de saúde no Brasil com leitos psiquiátricos específicos para gestantes usuárias de crack, o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, vai monitorar o desenvolvimento de bebês de usuárias de crack.
A meta é acompanhar o processo evolutivo das crianças, verificando as consequências do consumo de drogas pelas mães. Os primeiros resultados do estudo devem ser apresentados em três anos.
Mas já há conclusões preliminares. As equipes do hospital constataram que esses recém-nascidos apresentam mais irritabilidade.
“Eles são mais agitados e tem um choro mais difícil de consolar”, diz a pediatra e neonatologista Clarissa Gutierrez Carvalho.
“Isso acontece porque, dependendo da quantidade de drogas que a mãe usou, o bebê pode sofrer síndrome de abstinência”, completa Marli Lisboa, enfermeira-chefe de Obstetrícia do Presidente Vargas.
Outras possíveis consequências para o bebê de usuárias de drogas, como o risco de baixo peso e retardo de reflexos, ainda não foram comprovados.
“A boa notícia é que não há um impacto inicial tão significativo como era de se esperar”, afirma Cláudio Meneghello Martins, chefe do Serviço de Psiquiatria do Presidente Vargas. “Normalmente essas crianças apresentam bons níveis do que chamamos medidas de saúde, que são indicadores que medem peso e reflexos logo após o nascimento.”
Todo o esforço da equipe é fazer com que a gestante consiga abdicar do vício em prol da criança e tenha participação total no programa de desintoxicação do hospital, com o apoio dos familiares, completa Martins.
O Presidente Vargas recebe dependentes químicos que chegam a consumir 80 pedras de crack por dia.
Ao superar o período de abstinência e ficar livre dos efeitos da droga, a mãe está apta a amamentar seu bebê. Se seguir usando a pedra, a amamentação não é recomendada.
O estímulo ao aleitamento materno é uma estratégia dos médicos para incentivar a desintoxicação. Ao deixar de consumir drogas para poder alimentar o bebê, muitas mães acabam encontrando o incentivo necessário para prosseguir o tratamento e lutar contra o vício.
Mas a equipe do Presidente Vargas diz lamentar que grande parte das usuárias abandone o hospital durante o período do pré-natal. Muitas delas voltam tempos depois, novamente grávidas.
Para as dependentes químicas que conseguem concluir o tratamento até o parto, a permanência no hospital após o nascimento do bebê pode chegar a 10 dias. Outras mães ficam até 3 dias.
A estada prolongada é uma estratégia das equipes de saúde para estimular cuidados da mãe com o bebê e o fortalecimento do vínculo com os recém-nascidos.
As cinco vagas do Presidente Vargas para gestantes usuárias de crack estão sempre ocupadas. A demanda cresceu nos últimos 5 anos, com o aumento do número de mulheres usuárias, diz Martins.
“No entanto, das mães que chegam até nós, cerca de 90% não têm condições de cuidar do seu bebê”, relata Martins. “Então, nosso foco é também a criança e o suporte à família.”
Por Cristine Pires para Infosurhoy.com — 27/02/2012
O governo brasileiro está tomando providências para melhorar o pré-natal de mulheres dependentes de crack. (Paulo Whitaker/Reuters)
PORTO ALEGRE, Brasil – As cracolândias que se espalham pelo país são apenas o retrato a céu aberto da epidemia de crack que atinge o Brasil.
Nas maternidades brasileiras, nascem os dramas privados em consequência do vício. Cada vez mais usuárias de crack são separadas de seus bebês, logo após o parto.
São Paulo, a maior cidade brasileira, é uma mostra do que acontece em diferentes partes do país.
Na maternidade estadual Leonor Mendes de Barros, a maior de São Paulo, cresce a cada ano o número de dependentes químicas que perdem a guarda de seus filhos recém-nascidos.
Em 2007, foi apenas um caso, segundo a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo.
No ano seguinte, foram 15. Em 2009, 26 crianças foram separadas das mães.
Em 2010, a Vara da Infância e Juventude determinou que 43 bebês de dependentes de crack nascidos na maternidade Leonor Mendes de Barros fossem colocados para adoção – 65% mais casos que em 2009.
O levantamento de 2011 ainda não foi concluído, mas, apenas nos primeiros três meses do ano passado, foram registrados 14 casos de perda de tutela.
Em 2011, outros hospitais da cidade também registraram dezenas de ocorrências: 13 no Hospital Geral de Pedreira, 14 no Hospital Geral de São Mateus e 32 no Hospital Estadual de Sapopemba.
Para fazer frente ao problema, a maternidade Leonor Mendes de Barros avaliou o prontuário de gestantes avaliadas entre abril de 2009 e abril de 2010.
Das 33 usuárias de crack e cocaína atendidas, 64,5% tinham entre 15 e 25 anos, a maior parte com baixo nível de escolaridade (54,8% não concluíram o ensino fundamental) e sem uma profissão (61,3%).
A dificuldade de ficar sem a droga também leva muitas grávidas a abandonar o acompanhamento pré-natal. O levantamento mostra que quase a metade das pacientes (48,4%) não compareceram ao número total de consultas recomendadas.
Gestantes com dependência química: prioridade do governo
O governo federal determina que o atendimento a gestantes dependentes químicas seja prioritário.
“Temos que dar assistência à criança e à mãe”, afirma Helvécio Magalhães, secretário Nacional de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.
A Rede Cegonha, programa de atendimento à mãe e ao bebê lançado em junho de 2011 pela presidente Dilma Rousseff, também terá um papel importante na luta contra o crack.
Cláudio Meneghello Martins, chefe do Serviço de Psiquiatria do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, de Porto Alegre: “Das mães (usuárias de drogas) que chegam até nós, cerca de 90% não têm condições de cuidar de seus bebês”. (Cristine Pires para Infosurhoy.com)
“Estamos traçando estratégias para alcançar o conjunto das mulheres, com ênfase na questão das adolescentes”, informa Magalhães.
Assim, a educação sexual em salas de aula ganhará reforço no programa Saúde na Escola, completa Magalhães.
“Distribuímos camisinhas e pílulas para evitar gravidez indesejada e queremos atingir também as usuárias de drogas”, diz o secretário.
Entre as mulheres que já têm histórico de dependência e vivem nas ruas, as grávidas são a prioridade das equipes de saúde.
“Vamos atuar com os consultórios de rua, casas de acolhimento e também equipes de saúde de hospitais e postos para dar atendimento a essas gestantes”, afirma Magalhães.
A determinação do Ministério da Saúde é dar atenção constante às gestantes que usam drogas, estimulando que façam os exames recomendados no pré-natal.
E o atendimento na rede de saúde pública deve ser facilitado. As dependentes químicas serão atendidas assim que procurarem por serviços como o ultrassom, sem a necessidade de agendamento.
“Se elas não quiserem fazer as sete consultas recomendadas durante a gravidez, vamos dar um acompanhamento e orientações para o parto”, assegura. “Queremos mapear, identificar e proporcionar uma ligação dessas gestantes com a rede pública.”
Cuidados especiais para os recém-nascidos
Os profissionais de saúde também estão sendo treinados para dar o tratamento correto aos recém-nascidos.
“Muitas vezes, a criança nasce com problemas respiratórios e metabólicos e precisa de reposição de líquidos e de potássio”, exemplifica Magalhães.
O consumo de tabaco, álcool e outras drogas durante a gestação provoca danos no feto.
No caso do crack, a desintoxicação do recém-nascido é rápida, segundo o psiquiatra Carlos Salgado, especialista em dependência química.
“Já os danos de longo prazo devem ser monitorados e abordados especificamente em suas manifestações”, orienta Salgado. “O baixo peso ao nascer é um exemplo de curto prazo. Hiperatividade, desatenção e impulsividade costumam se evidenciar no início da vida escolar.”
As usuárias de drogas devem receber tratamento psiquiátrico, inicialmente em internação e depois em comunidades terapêuticas, para garantir abstinência de longo prazo, explica Salgado.
“Infelizmente, muitas dessas mães têm filhos de pais desconhecidos, frutos da irresponsabilidade durante o uso e obtenção da droga. É comum que optem por entregar o bebê à adoção”, diz Salgado, que preside a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead). “O risco se renova quando a criança fica aos cuidados da mãe usuária ou de familiares sem condições de assumir a responsabilidade.”
Estudo vai acompanhar desenvolvimento das crianças
Marli Lisboa (centro), enfermeira-chefe de Obstetrícia do Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, de Porto Alegre, explica que, dependendo da quantidade de drogas que a mãe usou, o bebê pode sofrer síndrome de abstinência. (Cristine Pires para Infosurhoy.com)
Única casa de saúde no Brasil com leitos psiquiátricos específicos para gestantes usuárias de crack, o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, vai monitorar o desenvolvimento de bebês de usuárias de crack.
A meta é acompanhar o processo evolutivo das crianças, verificando as consequências do consumo de drogas pelas mães. Os primeiros resultados do estudo devem ser apresentados em três anos.
Mas já há conclusões preliminares. As equipes do hospital constataram que esses recém-nascidos apresentam mais irritabilidade.
“Eles são mais agitados e tem um choro mais difícil de consolar”, diz a pediatra e neonatologista Clarissa Gutierrez Carvalho.
“Isso acontece porque, dependendo da quantidade de drogas que a mãe usou, o bebê pode sofrer síndrome de abstinência”, completa Marli Lisboa, enfermeira-chefe de Obstetrícia do Presidente Vargas.
Outras possíveis consequências para o bebê de usuárias de drogas, como o risco de baixo peso e retardo de reflexos, ainda não foram comprovados.
“A boa notícia é que não há um impacto inicial tão significativo como era de se esperar”, afirma Cláudio Meneghello Martins, chefe do Serviço de Psiquiatria do Presidente Vargas. “Normalmente essas crianças apresentam bons níveis do que chamamos medidas de saúde, que são indicadores que medem peso e reflexos logo após o nascimento.”
Todo o esforço da equipe é fazer com que a gestante consiga abdicar do vício em prol da criança e tenha participação total no programa de desintoxicação do hospital, com o apoio dos familiares, completa Martins.
O Presidente Vargas recebe dependentes químicos que chegam a consumir 80 pedras de crack por dia.
Ao superar o período de abstinência e ficar livre dos efeitos da droga, a mãe está apta a amamentar seu bebê. Se seguir usando a pedra, a amamentação não é recomendada.
O estímulo ao aleitamento materno é uma estratégia dos médicos para incentivar a desintoxicação. Ao deixar de consumir drogas para poder alimentar o bebê, muitas mães acabam encontrando o incentivo necessário para prosseguir o tratamento e lutar contra o vício.
Mas a equipe do Presidente Vargas diz lamentar que grande parte das usuárias abandone o hospital durante o período do pré-natal. Muitas delas voltam tempos depois, novamente grávidas.
Para as dependentes químicas que conseguem concluir o tratamento até o parto, a permanência no hospital após o nascimento do bebê pode chegar a 10 dias. Outras mães ficam até 3 dias.
A estada prolongada é uma estratégia das equipes de saúde para estimular cuidados da mãe com o bebê e o fortalecimento do vínculo com os recém-nascidos.
As cinco vagas do Presidente Vargas para gestantes usuárias de crack estão sempre ocupadas. A demanda cresceu nos últimos 5 anos, com o aumento do número de mulheres usuárias, diz Martins.
“No entanto, das mães que chegam até nós, cerca de 90% não têm condições de cuidar do seu bebê”, relata Martins. “Então, nosso foco é também a criança e o suporte à família.”
CRIANÇAS APTAS À ADOÇÃO NA 2ª VRIJI - RJ
CRIANÇAS APTAS À ADOÇÃO NA 2ª VRIJI - RJ
A listagem abaixo segue os moldes da consulta pública do CNA - Cadastro Nacional de Adoção, do CNJ.
Maiores detalhes sobre as crianças, inclusive sobre eventual desmembramento de grupos de irmãos, deverão ser conversados pessoalmente com as Comissárias Cláudia (claudiasm@tjrj.jus.br) e Débora.
Estas são crianças/adolescentes aptos à adoção que ainda não conseguiram uma família:
Crianças/adolescentes disponíveis para adoção
(atualizada em 22/06/2012)
SEXO IDADE COR OBSERVAÇÃO
1. Menino 11 anos Pardo/negro
2. Menino 10 anos Pardo/negro
3. Menina e menino 7 e 5 anos Pardos/negros Não é possível separar os irmãos.
Há casal interessado.
4. Menina e menino 9 e 8 anos Negros
5. Menina 12 anos Parda
6. Menino 11 anos Negro
7. Menina 7 anos Parda Apresenta epilepsia
8. Menino 10 anos Pardo Será iniciada aproximação.
9. 03 Meninos 6, 8 e 10 anos Pardos
10. Menino 10 anos Pardo
11. Menina 13 anos Parda 6º ano do ensino fundamental
12. Menino 4 anos Negro Encefalopatia grave (faz tratamento com neuropediatra, fisioterapeuta e fisiatra).
13. Menino 12 anos Negro
14. Meninos 9 e 6 anos Negros
15.Menina 10 anos Negra
16. Menino 12 anos Pardo
17. Menina 11 anos Parda
18. Menino e menina 10 e 7 anos Negros
19. Menina 13 anos Parda
20.
A listagem abaixo segue os moldes da consulta pública do CNA - Cadastro Nacional de Adoção, do CNJ.
Maiores detalhes sobre as crianças, inclusive sobre eventual desmembramento de grupos de irmãos, deverão ser conversados pessoalmente com as Comissárias Cláudia (claudiasm@tjrj.jus.br) e Débora.
Estas são crianças/adolescentes aptos à adoção que ainda não conseguiram uma família:
Crianças/adolescentes disponíveis para adoção
(atualizada em 22/06/2012)
SEXO IDADE COR OBSERVAÇÃO
1. Menino 11 anos Pardo/negro
2. Menino 10 anos Pardo/negro
3. Menina e menino 7 e 5 anos Pardos/negros Não é possível separar os irmãos.
Há casal interessado.
4. Menina e menino 9 e 8 anos Negros
5. Menina 12 anos Parda
6. Menino 11 anos Negro
7. Menina 7 anos Parda Apresenta epilepsia
8. Menino 10 anos Pardo Será iniciada aproximação.
9. 03 Meninos 6, 8 e 10 anos Pardos
10. Menino 10 anos Pardo
11. Menina 13 anos Parda 6º ano do ensino fundamental
12. Menino 4 anos Negro Encefalopatia grave (faz tratamento com neuropediatra, fisioterapeuta e fisiatra).
13. Menino 12 anos Negro
14. Meninos 9 e 6 anos Negros
15.Menina 10 anos Negra
16. Menino 12 anos Pardo
17. Menina 11 anos Parda
18. Menino e menina 10 e 7 anos Negros
19. Menina 13 anos Parda
20.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
“Eles têm atitudes normais de pais: educam, repreendem, dão amor, carinho, ajudam quando preciso me arrumar”
Filha de pai desconhecido e órfã de mãe, Ana Karolina Lannes vive feliz com o tio e seu companheiro
Ana Karolina Lannes/AgnewsA atriz Ana Karolina Lannes tem apenas 11 anos, mas já passou por momentos difíceis em sua vida pessoal, como a morte repentina da mãe e o medo que sentiu ao ir morar com o tio, o comissário de bordo Fábio Lopes, 35, por não conhecê-lo.
A atriz mirim presenciou a morte da mãe, Liane Lannes, vítima de um AVC, quando tinha apenas 4 anos.
“Eu estava assistindo TV na sala quando bateram no portão, saí para ver e era uma daquelas vendedoras de produtos de beleza. Ela perguntou pela minha mãe, então, fui chamá-la. Bati na porta do quarto várias vezes, mas ela não abriu. Avisei para a vendedora que ela estava dormindo. Nesse momento, ouvi um barulho muito grande. Entrei desesperada e fui direto para o quarto. Minha mãe estava caída no chão, entre a cama e a parede. Eu perguntava o que tinha acontecido, mas ela não respondia, não conseguia falar”, contou ela em entrevista à revista “Contigo!”.
Nesse momento, ela ligou para a emergência, porém os atendentes do socorro pensaram se tratar de trote. Desesperada, ela pediu ajuda para uma vizinha, porém Liane chegou praticamente morta ao hospital. À pequena Ana Karolina ficou o trauma e o sentimento de culpa pelo ocorrido.
“Eu me sentia culpada, muito culpada. E chorava muito por causa desse sentimento. Na minha cabeça, podia ter feito algo. Passei por um psicólogo até conseguir superar esse sentimento”, relatou.
Sem nunca ter conhecido o pai biológico e órfã de mãe, a atriz natural de Sapucaia do Sul, cidade próxima a Porto Alegre, foi morar em São Paulo com o irmão de Liane, Fábio Lopes, que mantém a guarda da criança há sete anos. No começo, Ana Karolina contou que não foi fácil, e que pediu a companhia da afilhada da sua avó até se acostumar. “Não o conhecia. Tive medo. A Veridiana, uma afilhada da minha avó (Tereza), que era como se fosse uma mãe para mim, veio morar comigo em São Paulo até eu me acostumar. Depois que começamos a criar uma relação afetiva e vi suas atitudes como pai, a adaptação foi fácil.”
''Seis meses antes de a minha irmã falecer, ela pediu que, caso algo acontecesse, era para eu cuidar da Ana. Lutei muito pela guarda. O juiz não queria me dar'', contou Fábio à publicação. Ele também foi o grande incentivador na carreira artística da menina.
Fábio a convenceu a entrar para uma agência de jovens talentos e ela começou a fazer testes. O resultado é o sucesso de sua personagem Ágata, que na novela “Avenida Brasil” (Rede Globo) é filha de Carminha e Tufão, vividos por Adriana Esteves e Murilo Benício. Por causa das gravações, Ana Karolina precisa se dividir entre a capital paulista e o Rio de Janeiro.
''Levanto às 6h e vou para a escola. Este ano a minha menor nota foi 9! Às 13h, o motorista da Globo me pega em casa e só volto às 22h. Deito por volta das 23h. À noite é o melhor momento para decorar os textos da novela”, contou ela sobre a sua rotina bastante atribulada para a sua idade.
Mas se no início até a justiça havia negado a guarda, hoje Ana Karolina é feliz sendo criada por dois pais, o seu tio Fábio e o seu companheiro, o dermatologista João Paulo Afonso, 30. “Eles têm atitudes normais de pais: educam, repreendem, dão amor, carinho, ajudam quando preciso me arrumar”, disse para a revista.
Ana Karolina Lannes/AgnewsA atriz Ana Karolina Lannes tem apenas 11 anos, mas já passou por momentos difíceis em sua vida pessoal, como a morte repentina da mãe e o medo que sentiu ao ir morar com o tio, o comissário de bordo Fábio Lopes, 35, por não conhecê-lo.
A atriz mirim presenciou a morte da mãe, Liane Lannes, vítima de um AVC, quando tinha apenas 4 anos.
“Eu estava assistindo TV na sala quando bateram no portão, saí para ver e era uma daquelas vendedoras de produtos de beleza. Ela perguntou pela minha mãe, então, fui chamá-la. Bati na porta do quarto várias vezes, mas ela não abriu. Avisei para a vendedora que ela estava dormindo. Nesse momento, ouvi um barulho muito grande. Entrei desesperada e fui direto para o quarto. Minha mãe estava caída no chão, entre a cama e a parede. Eu perguntava o que tinha acontecido, mas ela não respondia, não conseguia falar”, contou ela em entrevista à revista “Contigo!”.
Nesse momento, ela ligou para a emergência, porém os atendentes do socorro pensaram se tratar de trote. Desesperada, ela pediu ajuda para uma vizinha, porém Liane chegou praticamente morta ao hospital. À pequena Ana Karolina ficou o trauma e o sentimento de culpa pelo ocorrido.
“Eu me sentia culpada, muito culpada. E chorava muito por causa desse sentimento. Na minha cabeça, podia ter feito algo. Passei por um psicólogo até conseguir superar esse sentimento”, relatou.
Sem nunca ter conhecido o pai biológico e órfã de mãe, a atriz natural de Sapucaia do Sul, cidade próxima a Porto Alegre, foi morar em São Paulo com o irmão de Liane, Fábio Lopes, que mantém a guarda da criança há sete anos. No começo, Ana Karolina contou que não foi fácil, e que pediu a companhia da afilhada da sua avó até se acostumar. “Não o conhecia. Tive medo. A Veridiana, uma afilhada da minha avó (Tereza), que era como se fosse uma mãe para mim, veio morar comigo em São Paulo até eu me acostumar. Depois que começamos a criar uma relação afetiva e vi suas atitudes como pai, a adaptação foi fácil.”
''Seis meses antes de a minha irmã falecer, ela pediu que, caso algo acontecesse, era para eu cuidar da Ana. Lutei muito pela guarda. O juiz não queria me dar'', contou Fábio à publicação. Ele também foi o grande incentivador na carreira artística da menina.
Fábio a convenceu a entrar para uma agência de jovens talentos e ela começou a fazer testes. O resultado é o sucesso de sua personagem Ágata, que na novela “Avenida Brasil” (Rede Globo) é filha de Carminha e Tufão, vividos por Adriana Esteves e Murilo Benício. Por causa das gravações, Ana Karolina precisa se dividir entre a capital paulista e o Rio de Janeiro.
''Levanto às 6h e vou para a escola. Este ano a minha menor nota foi 9! Às 13h, o motorista da Globo me pega em casa e só volto às 22h. Deito por volta das 23h. À noite é o melhor momento para decorar os textos da novela”, contou ela sobre a sua rotina bastante atribulada para a sua idade.
Mas se no início até a justiça havia negado a guarda, hoje Ana Karolina é feliz sendo criada por dois pais, o seu tio Fábio e o seu companheiro, o dermatologista João Paulo Afonso, 30. “Eles têm atitudes normais de pais: educam, repreendem, dão amor, carinho, ajudam quando preciso me arrumar”, disse para a revista.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Pai pode ter provocado a morte da propria filha.
A menina de quatro meses foi encontrada morta dentro de casa. Os pais da vítima estão presos. A polícia agora investiga a morte misteriosa do bebê.Suspoewita que ela tenha sido sufocada.
Na casa moravam mais cinco crianças. Com a casa suja e com odor.
O pai já havia sido preso por abusar dos prórpios filhos.
Ambos(Pai e Mãe) usuários de drogas e bebidas alcoólicas.
Há casos que seria melhor estes filhos terem sido abandonados e adotados.
Na casa moravam mais cinco crianças. Com a casa suja e com odor.
O pai já havia sido preso por abusar dos prórpios filhos.
Ambos(Pai e Mãe) usuários de drogas e bebidas alcoólicas.
Há casos que seria melhor estes filhos terem sido abandonados e adotados.
Mãe é suspeita de abandonar os filhos em condições subumanas na zona sul de São Paulo
Crianças de 2 e 5 anos foram achadas sozinhas dentro de um cortiço de três andares
Um menino de dois anos e uma menina de cinco, abandonados pela mãe, foram encontrados sozinhos em um cômodo sujo, localizado na favela de Heliópolis, zona sul de São Paulo, dentro de um cortiço de três andares
Em um quarto sujo, uma mãe deixava seus filhos, um menino de dois e uma menina de cinco, sozinhos. Ambos foram encontrados pela polícia, na noite da segunda-feira (7), em um cômodo localizado na favela de Heliópolis, zona sul de São Paulo, dentro de um cortiço de três andares. A denúncia anônima recebida pela Polícia Militar informava que o abandono já durava dois dias. O Conselho Tutelar encaminhou as crianças para um abrigo.
Ao chegarem à casa, os policiais militares tiveram a ajuda de vizinhos para abrir a porta da morada de um quarto, cozinha e banheiro. As crianças dormiam em um colchão jogado no chão, segundo o soldado Reginaldo Ferreira, do 46º Batalhão.
— As crianças estavam com fome e sujas [...] Tivemos que dar banho nelas na casa de um vizinho, pois ali não havia condições.
Após aproximadamente uma hora da chegada da PM, a mãe apareceu. A mulher, de 26 anos, alegou que havia saído para trabalhar em um "bico", e que precisava do dinheiro para comprar comida para as crianças. Sobre a insalubridade da moradia, disse que estava deprimida por não ter quem a ajudasse e por isso não teria ânimo para limpar a casa. O pai, segundo ela, está preso.
A mãe será encaminhada para uma assistente social e para recuperar a guarda das crianças terá que comprovar que possui condições de cuidar delas. Enquanto isso elas ficarão em um abrigo.
O caso foi registrado como abandono de incapaz no 16º Distrito Policial.
Um menino de dois anos e uma menina de cinco, abandonados pela mãe, foram encontrados sozinhos em um cômodo sujo, localizado na favela de Heliópolis, zona sul de São Paulo, dentro de um cortiço de três andares
Em um quarto sujo, uma mãe deixava seus filhos, um menino de dois e uma menina de cinco, sozinhos. Ambos foram encontrados pela polícia, na noite da segunda-feira (7), em um cômodo localizado na favela de Heliópolis, zona sul de São Paulo, dentro de um cortiço de três andares. A denúncia anônima recebida pela Polícia Militar informava que o abandono já durava dois dias. O Conselho Tutelar encaminhou as crianças para um abrigo.
Ao chegarem à casa, os policiais militares tiveram a ajuda de vizinhos para abrir a porta da morada de um quarto, cozinha e banheiro. As crianças dormiam em um colchão jogado no chão, segundo o soldado Reginaldo Ferreira, do 46º Batalhão.
— As crianças estavam com fome e sujas [...] Tivemos que dar banho nelas na casa de um vizinho, pois ali não havia condições.
Após aproximadamente uma hora da chegada da PM, a mãe apareceu. A mulher, de 26 anos, alegou que havia saído para trabalhar em um "bico", e que precisava do dinheiro para comprar comida para as crianças. Sobre a insalubridade da moradia, disse que estava deprimida por não ter quem a ajudasse e por isso não teria ânimo para limpar a casa. O pai, segundo ela, está preso.
A mãe será encaminhada para uma assistente social e para recuperar a guarda das crianças terá que comprovar que possui condições de cuidar delas. Enquanto isso elas ficarão em um abrigo.
O caso foi registrado como abandono de incapaz no 16º Distrito Policial.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
ANGAAD-Assossiação nacional dos grupos de apoio a adoção.
Esperamos que a chama da fé, esperança e do amor continue a iluminar a todos nós, divulgadores da NOVA CULTURA DA ADOÇÃO, para que cada criança tenha uma família de verdade!
Maria Barbara Toledo Andrade e Silva
Presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção - ANGAAD
O que é a ANGAAD ?
A ANGAAD é a representante nacional dos Grupos de Apoio à Adoção, é um espaço para que o movimento de apoio à adoção venha a concretizar o anseio de todos os GAADS de assegurar o direito das crianças e adolescentes à convivência familiar e a difusão da nova cultura de adoção. Pode ser considerado um local de comunicação sobre a adoção, onde todos os envolvidos com a causa podem estar colaborando a traçar novos rumos para a situação de crianças e adolescentes abandonados em nosso país e um canal de fortalecimento do movimento da adoção. Um dos seus objetivos principais é lutar para que cada criança e adolescente brasileiro tenham uma família que a ame e a respeite. Para isso existem diversos GAADS que fazem um maravilhoso trabalho desmistificando os diversos preconceitos ainda existentes sobre a adoção e, cada vez mais, estão conseguindo concretizar as adoções necessárias no Brasil.
Para a ANGAAD, Grupo de Apoio à Adoção é toda sociedade civil sem fins lucrativos que desenvolva atividades voltadas ao Apoio à Adoção e na busca de soluções para as questões relativas ao abandono de crianças e adolescentes, desenvolvendo trabalhos e reflexões para garantia do direito à convivência familiar e comunitária.
O que é o GAAD ?
Os Grupos de Apoio à Adoção são formados, na maioria das vezes, por iniciativas de pais adotivos que trabalham voluntariamente para a divulgação da nova cultura da Adoção, prevenir o abandono, preparar adotantes e acompanhar pais adotivos, encaminhar crianças para a adoção e para a conscientização da sociedade sobre a adoção e principalmente sobre as adoções necessárias (crianças mais velhas, com necessidades especiais e inter-raciais).
Maria Barbara Toledo Andrade e Silva
Presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção - ANGAAD
O que é a ANGAAD ?
A ANGAAD é a representante nacional dos Grupos de Apoio à Adoção, é um espaço para que o movimento de apoio à adoção venha a concretizar o anseio de todos os GAADS de assegurar o direito das crianças e adolescentes à convivência familiar e a difusão da nova cultura de adoção. Pode ser considerado um local de comunicação sobre a adoção, onde todos os envolvidos com a causa podem estar colaborando a traçar novos rumos para a situação de crianças e adolescentes abandonados em nosso país e um canal de fortalecimento do movimento da adoção. Um dos seus objetivos principais é lutar para que cada criança e adolescente brasileiro tenham uma família que a ame e a respeite. Para isso existem diversos GAADS que fazem um maravilhoso trabalho desmistificando os diversos preconceitos ainda existentes sobre a adoção e, cada vez mais, estão conseguindo concretizar as adoções necessárias no Brasil.
Para a ANGAAD, Grupo de Apoio à Adoção é toda sociedade civil sem fins lucrativos que desenvolva atividades voltadas ao Apoio à Adoção e na busca de soluções para as questões relativas ao abandono de crianças e adolescentes, desenvolvendo trabalhos e reflexões para garantia do direito à convivência familiar e comunitária.
O que é o GAAD ?
Os Grupos de Apoio à Adoção são formados, na maioria das vezes, por iniciativas de pais adotivos que trabalham voluntariamente para a divulgação da nova cultura da Adoção, prevenir o abandono, preparar adotantes e acompanhar pais adotivos, encaminhar crianças para a adoção e para a conscientização da sociedade sobre a adoção e principalmente sobre as adoções necessárias (crianças mais velhas, com necessidades especiais e inter-raciais).
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Campanha Catarinense: Adoção - Laços de Amor13/03/2012
Campanha Catarinense: Adoção - Laços de Amor
Lançada em maio de 2011, a Campanha Catarinense “Adoção – Laços de Amor” é uma iniciativa realizada em Santa Catarina por uma parceria entre Assembleia Legislativa, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil e Tribunal de Justiça, via Corregedoria Geral e Justiça, a Campanha Adoção – Laços de Amor tem o objetivo de reduzir o número de crianças e adolescentes acolhidos em instituições do Estado. O Poder Judiciário e o Ministério Público estadual estão engajados para garantir maior agilidade nos processos, e a sensibilização social acontece através da divulgação de histórias reais, visando flexibilizar os planos de futuros pais e mães, ampliando seu olhar para crianças com mais idade e adolescentes.
Motivação da Campanha
Santa Catarina tem cerca de 1600 crianças em instituições de acolhimento, muitas já aptas para a adoção. A maioria, no entanto, tem acima de oito anos, o que contraria o desejo da quase totalidade daqueles que pretendem adotar. Entre os que planejam acolher em seus corações, vidas e lares um filho adotivo, aproximadamente 90% querem uma criança de até três anos. Este fato foi a grande motivação da Campanha Adoção – Laços de Amor, que acontece promovendo a sensibilização social através de histórias reais, mostrando como os laços de amor nascem entre os novos pais e filhos independente de idade, gênero ou qualquer outra condição.
Neste ano, segundo os organizadores da campanha, o foco será os aspectos técnicos do processo de adoção. O objetivo é solucionar dificuldades de estrutura para agilização dos processos, reduzindo a fila de espera. Em todo o Estado, estima-se que há em torno de 1.600 crianças e adolescentes em instituições de acolhimento, que aguardam para serem adotados.
Informações e contatos:
Endereço: Rua Jorge Luz Fontes, 310 - Cep: 88020-900 – Florianópolis –SC
Link: http://www.portaladocao.com.br/links/
contato@portaladocao.com.br
ceja@tjsc.jus.br
adocao@tjsc.jus.br
terça-feira, 10 de abril de 2012
SP: recém-nascida é abandonada enrolada em cobertor
SP: recém-nascida é abandonada enrolada em cobertor
06 de abril de 2012 • 15h15
Uma criança recém-nascida foi encontrada abandonada na manhã desta-sexta-feira, enrolada em um cobertor, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, a menina foi encontrada por moradores da região, que acionaram a PM. "Nós recebemos um chamado dizendo que havia uma criança abandonada na rua Doutor Augusto Viana, lá na Brasilândia, e chegando ao local encontramos a bebê ainda com sangue no corpo", disse o sargento Geraldo Duarte Júnior, que participou da ação.
De acordo com o policial, em pouco tempo o bebê foi encaminhado ao Hospital Vila Penteado, onde recebeu os primeiros socorros. "Ela estava um pouco molinha e se não fosse atendida em tão pouco tempo, com certeza teria morrido", disse.
A criança receberá o tratamento médico e deve ser entregue aos cuidados do Conselho Tutelar. O caso foi encaminhado ao 45º DP, na Brasilândia, que vai investigar a identidade da mãe que abandonou a recém-nascida.
Nascida de 36 semanas, ficara no hospital até completas 40 semanas. O nome que deram para o bebe é Fernanda Vitória.
06 de abril de 2012 • 15h15
Uma criança recém-nascida foi encontrada abandonada na manhã desta-sexta-feira, enrolada em um cobertor, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, a menina foi encontrada por moradores da região, que acionaram a PM. "Nós recebemos um chamado dizendo que havia uma criança abandonada na rua Doutor Augusto Viana, lá na Brasilândia, e chegando ao local encontramos a bebê ainda com sangue no corpo", disse o sargento Geraldo Duarte Júnior, que participou da ação.
De acordo com o policial, em pouco tempo o bebê foi encaminhado ao Hospital Vila Penteado, onde recebeu os primeiros socorros. "Ela estava um pouco molinha e se não fosse atendida em tão pouco tempo, com certeza teria morrido", disse.
A criança receberá o tratamento médico e deve ser entregue aos cuidados do Conselho Tutelar. O caso foi encaminhado ao 45º DP, na Brasilândia, que vai investigar a identidade da mãe que abandonou a recém-nascida.
Nascida de 36 semanas, ficara no hospital até completas 40 semanas. O nome que deram para o bebe é Fernanda Vitória.
quarta-feira, 21 de março de 2012
A Adoção de Crianças com Necessidades Especiais
"Muitos casais vêm a nós buscando mais informações a respeito da adoção, uma vez que não tiveram todas as suas dúvidas esclarecidas, por ocasião de seu cadastro no judiciário.
Ao falarem da criança pretendida, mesmo que estejam abertos para adoções tardias, demonstram, via de regra, um desconhecimento da realidade.
Por essa razão creio ser necessário reafirmar que as crianças abandonadas nas instituições ali estão porque sofreram privações, não foram atendidas em suas necessidades básicas, sofreram maus tratos, tiveram doenças infantis que não foram diagnosticadas em tempo hábil... Por isso, quase todas são crianças que têm características particulares.
No folheto "Transtornos mentais da Infância e da Adolescência", que aborda um trecho de autoria de Sylvia B. Nabinger, há uma abordagem muito realista e honesta: "Muitas das crianças abandonadas em instituições governamentais para a adoção têm problemas de saúde, malformações congênitas (lábio leporino, problemas ortopédicos, cardiopatias, seqüelas sifilíticas, genitália confusa etc.), retardos psicomotores, seqüelas de maus tratos (queimaduras, cicatrizes), problemas psicoafetivos (apatia, agressividade, hiperatividade, marasmo etc.), problemas psíquicos diversos (relacionados a má nutrição, infecções hospitalares etc.), cegueira e vírus HIV."
Diante dessa realidade os futuros pais adotantes precisam se conscientizar de que a maioria das crianças disponíveis tem "defeitos", mas necessitam de uma chance para reverter seu quadro, para ser curadas, para ser tratadas e voltar a viver dignamente. Tenho constatado que isso é possível. Num levantamento que fiz das crianças encaminhadas para a adoção através de Monte Refúgio nos últimos quatro anos, constatei o seguinte: foram adotadas onze crianças com necessidades especiais (crianças com subnutrição grave, com possibilidades de comprometimento neurológico, criança com Síndrome de Down, crianças com sérios distúrbios de aprendizagem por bloqueio emocional, criança com distúrbios da fala, crianças com saúde delicada, necessitando de intervenção médica e cirúrgica, criança com síndrome rara, necessitando de multi-terapias e criança soropositiva abrigada em outra instituição, mas adotada por casal indicado por nós) e todas tiveram parte de seu atendimento no tempo em que estiveram abrigadas e depois, após a adoção.
Em todos esses casos, as famílias têm alegria em compartilhar conosco as curas e os progressos animadores de todas as crianças, provando, uma vez mais, que elas precisavam apenas de uma nova alternativa para redirecionar suas vidas.
Acontece, porém, que crianças com necessidades especiais são triplamente abandonadas: primeiro por suas famílias biológicas; depois pelo Estado, que não tem programas adequados para a reabilitação delas; e por fim por muitos dos futuros pais adotantes, que, por falta de informação, têm medo de adotá-las.
"O filho biológico você ama porque é seu. O filho adotivo é seu porque você ama."
(Luiz Schettini Filho)
"Adotar é acreditar que a história é mais forte que a hereditariedade, que o amor é mais forte que o destino."
(Lídia Weber)
Consciência da síndrome de Down ajuda a parar Abortos de Crianças Especiais
“Uma criança com síndrome de Down será quase sempre uma força positiva na vida de seus pais e irmãos”.
Novas pesquisas sobre a síndrome de Down apresentam um quadro extremamente positivo da forma como a síndrome de Down pode afetar indivíduos e famílias. Estas descobertas precisam ser compartilhadas em como elas vão afetar as decisões tomadas para serem aceitros testes pré-natais depois de um diagnóstico pré-natal.
Outubro é mês nacional da consciência de Síndrome de Down. Apropriadamente, o American Journal of Medical Genetics publicou recentemente uma pesquisa inovadora que desafia a sabedoria convencional sobre o levantamento de uma criança com síndrome de Down (SD).
Respondendo a estes estudos, observou o bioeticista Art Caplan que previu, que no entanto, não vão “fazer um pouco de diferença para os pais que vão decidir sobre as gestações que terminam, uma vez que é descoberta no feto da Sidrome de Down,” a experiência real contradiz o pessimismo de Caplan.
A nova pesquisa relata os resultados de três pesquisas em que milhares de pais e irmãos e centenas de indivíduos com Síndrome de Down, foram questionados sobre o que é serem afetadas de uma forma ou de outra pelo Sindrome de Dow.
Noventa e nove por cento dos pais disseram que amaram seus filhos com Sindrome de Down e 97 por cento estavam orgulhosos deles, apenas 4 por cento lamentaram por seu filho.
Enquanto 4 por cento dos irmãos seria “comércio de seu irmão” com Síndrome de Down, 96 por cento indicaram que tinham afeição para com os seus irmãos com o SD, e 94 por cento dos irmãos mais velhos expressam sentimentos de orgulho.
Finalmente, apesar de 4 por cento dos indivíduos com Síndrome expressaram tristeza sobre suas vidas, 99 por cento disseram que estavam felizes com suas vidas e 97 por cento gostavam de como que eles são.
Caplan acredita que a maioria das mães ainda vai abortar, mesmo depois que esta investigação foi lançada, simplesmente, porque é um fato que, atualmente, a maioria das mães devem abortar depois de um diagnóstico pré-natal.
Este fato, porém, não apóia a conclusão insensível de Caplan, porque “a síndrome de Down é quase universalmente vista como algo a ser evitado.”
Os estudos mais recentes descobriram que existem mais bebês do que nunca que nasceram com Síndrome de Down nos Estados Unidos.
Além disso, existem centenas de famílias em lista de espera para adotar uma criança com Síndrome de Down.
Quanto ao alto percentual de mães que abortam, porque não suportam o fato de ter de enfrentar a Síndrome de Down.
Certamente, algumas estão, mas estudo após estudo descobriu que até metade de todas as mulheres que aceitaram teste pré-natal o fizeram sem tomar uma decisão informada, e que metade não esperava que tivessem que decidir se queriam abortar depois de um diagnóstico pré-natal.
Para seu crédito, Caplan reconhece que os testes de pré-natal podem resultar em decisões desinformadas e inesperadas, devido aos profissionais médicos e a sociedade em geral que muitas vezes não tem “nada de bom para dizer” sobre a Síndrome de Down.
De fato, um estudo descobriu que quase um quarto dos médicos incentivam o aborto, ou enfatizam os aspectos negativos sobre a Síndrome de Down, a fim de incentivá-lo.
Mesmo para aqueles comprometidos com aconselhamento não-diretivo, a maioria dos médicos e conselheiros genéticos têm dito que eles iriam abortar depois de um diagnóstico pré-natal para a Síndrome de Down, que sem dúvida afeta a forma como o diagnóstico é apresentado.
Outros estudos recentes também descobriram que um percentual significativo de adultos, jovens, e os médicos ainda têm uma visão ultrapassada sobre a Síndrome de Down e preferem que as crianças sejam separadas, em vez de incluídas, com a comunidade e salas de aula típica.
Portanto, aqueles que optam por abortar, muitas vezes têm uma visão imprecisa e desinformada, e excessivamente negativa de uma vida com a Síndrome de Down, que não é suportada pela pesquisa atual.
Caplan lamenta que este “clima para ter filhos com síndrome de Down feliz, embora possam ser felizes, não é bom.”
Mas as próprias palavras de Caplan contribuiem para a manutenção deste clima lamentável.
Caplan escreve como se abortando um feto, de alguma forma evitasse a síndrome de Down.
Um aborto vai impedir uma criança nascendo, mas não vai impedir a criança de ter a síndrome de Down que ocorre na concepção. Caplan termina sua coluna afirmando que “o aborto por razões médicas é uma decisão muito pessoal.
” Contudo, não há uma razão médica para abortar por causa de um diagnóstico pré-natal de síndrome de Down. Ela não representa um risco para a saúde da mãe ou da criança. (Caplan se refere ao coração e estômago, defeitos que algumas crianças com Síndrome de Down têm, mas estes agora podem quase sempre ser tratados cirurgicamente.)
No entanto, o clima de ignorância sobre, e contra o preconceito existe, razão pela qual esta nova pesquisa precisa ser compartilhada com a comunidade médica e com os futuros pais.
Caplan escreve como se abortando impedisse a síndrome de Down, ele está simplesmente errado supondo que a partilha dessa informação não faz a diferença. As informações mais influentes que uma gestante recebe é do seu médico e de recursos por escrito.
Os médicos devem estar bem informados sobre a síndrome de Down e fornecerem informações precisas com materiais escritos para seus pacientes.
Ignorância e preconceitos persistem, no entanto, mais de 80 por cento dos estudantes de medicina não são treinados para trabalhar com pessoas com deficiência intelectual, e quase 60 por cento dos médicos das escolas não acreditam que deveriam ser treinados.
Além disso, enquanto a maioria dos médicos já oferecem testes de pré-natal para todas as gestantes, menos de um terço fornecem-lhes materiais educativos.
Esta generalizada ignorância auto-imposta na administração dos testes de pré-natal para síndrome de Down é contrária à prática médica ética, porque nega aos futuros pais a informação que precisam para tomar decisões informadas.
Os mesmos estudos que identificaram a difusão de opiniões ultrapassadas também constataram que aqueles que conheciam alguém com síndrome de Down foram os que mais aceitaram, e que era verdade, bem como dos médicos que conheciam alguém com síndrome de Down, em comparação com aqueles médicos que não sabiam nada.
Apesar de sua taxa de natalidade crescente, crianças com síndrome de Down continuam a ser uma minoria incrivelmente pequena.
É precisamente por isso que fornecendo informações sobre estes novos estudos é tão importante, para a maioria dos futuros pais e seus médicos não têm outra forma para compreender a experiência positiva de conhecer uma pessoa com síndrome de Down.
O significado maior da nova pesquisa é que ela aborda as preocupações de mães que abortaram na sequência de um diagnóstico pré-natal.
Essas mães estavam preocupadas com a condição que seria uma carga excessiva sobre elas e seus outros filhos, e que a síndrome de Down poderia ser demasiado fardo para a criança e sua autonomia.
Os três novos estudos feitos diretamente contra estas preocupações e muito mais, como revelam uma verdade muitas vezes que não consideradas:
“Uma criança com síndrome de Down será quase sempre uma força positiva na vida de seus pais e irmãos”.
Os estudos descobriram que 79 por cento dos pais sentiam que a sua visão sobre a vida foi mais positiva por causa de sua criança com Síndrome de Down.
Para os irmãos, a resposta foi ainda maior, com 88 por cento sensação de que eles eram pessoas melhores por causa de seus irmãos com o Síndrome de Down.
A mais recente diretriz da prática chamada para compartilhamento de notícias positivas sobre a síndrome de Down, e o novo estudo fornece médicos com aquelas histórias positivas. Essas histórias realmente importam.
Kathryn Lynard Soper é a autora do livro ‘Presente 2′: Mães que Refletem sobre como as crianças com Síndrome de Down Enriquecem suas Vidas , que é um recurso aprovado pela Sociedade Nacional de diretrizes Conselheiros Genéticos.
A introdução à seqüência do livro, apresenta evidências convincentes de como compartilhar histórias positivas pode e vai fazer a diferença.
Soper escreve sobre como cooperar com uma oficina de pais novos na Convenção National Down Syndrome Congress.
Uma mulher segurando um bebê fez o seguinte comentário: “Esta é a graça. Eu só queria que você soubesse que se eu não tinha lido o seu livro, minha filha não teria nascido “.
Ao contrário da opinião de Caplan, a Síndrome de Down não é algo quase que universalmente procura ser evitada.
Além disso, o compartilhamento de informações precisas sobre ela, o mais recente dos quais é extremamente positiva, pode e vai mudar o ponto de vista dos futuros pais “depois de um diagnóstico pré-natal.
Este é no melhor interesse não só daqueles que são concebidas com síndrome de Down, mas também daqueles que são abençoados por conhecê-los.
LifeNews.com. Nota: Mark W. Leach, Esq., é um advogado em Louisville, Kentucky, onde ele está cursando um Master of Arts em Bioética.
Ele é o fundador e presidente da tomada de decisões informadas da Força-Tarefa para Afiliados da Síndrome de Down em Ação e foi um contribuinte para ‘Presentes 2′ .
As opiniões expressas são inteiramente sobre seu artigo.Este apareceu originalmente no discurso público e é reproduzido com permissão.
Novas pesquisas sobre a síndrome de Down apresentam um quadro extremamente positivo da forma como a síndrome de Down pode afetar indivíduos e famílias. Estas descobertas precisam ser compartilhadas em como elas vão afetar as decisões tomadas para serem aceitros testes pré-natais depois de um diagnóstico pré-natal.
Outubro é mês nacional da consciência de Síndrome de Down. Apropriadamente, o American Journal of Medical Genetics publicou recentemente uma pesquisa inovadora que desafia a sabedoria convencional sobre o levantamento de uma criança com síndrome de Down (SD).
Respondendo a estes estudos, observou o bioeticista Art Caplan que previu, que no entanto, não vão “fazer um pouco de diferença para os pais que vão decidir sobre as gestações que terminam, uma vez que é descoberta no feto da Sidrome de Down,” a experiência real contradiz o pessimismo de Caplan.
A nova pesquisa relata os resultados de três pesquisas em que milhares de pais e irmãos e centenas de indivíduos com Síndrome de Down, foram questionados sobre o que é serem afetadas de uma forma ou de outra pelo Sindrome de Dow.
Noventa e nove por cento dos pais disseram que amaram seus filhos com Sindrome de Down e 97 por cento estavam orgulhosos deles, apenas 4 por cento lamentaram por seu filho.
Enquanto 4 por cento dos irmãos seria “comércio de seu irmão” com Síndrome de Down, 96 por cento indicaram que tinham afeição para com os seus irmãos com o SD, e 94 por cento dos irmãos mais velhos expressam sentimentos de orgulho.
Finalmente, apesar de 4 por cento dos indivíduos com Síndrome expressaram tristeza sobre suas vidas, 99 por cento disseram que estavam felizes com suas vidas e 97 por cento gostavam de como que eles são.
Caplan acredita que a maioria das mães ainda vai abortar, mesmo depois que esta investigação foi lançada, simplesmente, porque é um fato que, atualmente, a maioria das mães devem abortar depois de um diagnóstico pré-natal.
Este fato, porém, não apóia a conclusão insensível de Caplan, porque “a síndrome de Down é quase universalmente vista como algo a ser evitado.”
Os estudos mais recentes descobriram que existem mais bebês do que nunca que nasceram com Síndrome de Down nos Estados Unidos.
Além disso, existem centenas de famílias em lista de espera para adotar uma criança com Síndrome de Down.
Quanto ao alto percentual de mães que abortam, porque não suportam o fato de ter de enfrentar a Síndrome de Down.
Certamente, algumas estão, mas estudo após estudo descobriu que até metade de todas as mulheres que aceitaram teste pré-natal o fizeram sem tomar uma decisão informada, e que metade não esperava que tivessem que decidir se queriam abortar depois de um diagnóstico pré-natal.
Para seu crédito, Caplan reconhece que os testes de pré-natal podem resultar em decisões desinformadas e inesperadas, devido aos profissionais médicos e a sociedade em geral que muitas vezes não tem “nada de bom para dizer” sobre a Síndrome de Down.
De fato, um estudo descobriu que quase um quarto dos médicos incentivam o aborto, ou enfatizam os aspectos negativos sobre a Síndrome de Down, a fim de incentivá-lo.
Mesmo para aqueles comprometidos com aconselhamento não-diretivo, a maioria dos médicos e conselheiros genéticos têm dito que eles iriam abortar depois de um diagnóstico pré-natal para a Síndrome de Down, que sem dúvida afeta a forma como o diagnóstico é apresentado.
Outros estudos recentes também descobriram que um percentual significativo de adultos, jovens, e os médicos ainda têm uma visão ultrapassada sobre a Síndrome de Down e preferem que as crianças sejam separadas, em vez de incluídas, com a comunidade e salas de aula típica.
Portanto, aqueles que optam por abortar, muitas vezes têm uma visão imprecisa e desinformada, e excessivamente negativa de uma vida com a Síndrome de Down, que não é suportada pela pesquisa atual.
Caplan lamenta que este “clima para ter filhos com síndrome de Down feliz, embora possam ser felizes, não é bom.”
Mas as próprias palavras de Caplan contribuiem para a manutenção deste clima lamentável.
Caplan escreve como se abortando um feto, de alguma forma evitasse a síndrome de Down.
Um aborto vai impedir uma criança nascendo, mas não vai impedir a criança de ter a síndrome de Down que ocorre na concepção. Caplan termina sua coluna afirmando que “o aborto por razões médicas é uma decisão muito pessoal.
” Contudo, não há uma razão médica para abortar por causa de um diagnóstico pré-natal de síndrome de Down. Ela não representa um risco para a saúde da mãe ou da criança. (Caplan se refere ao coração e estômago, defeitos que algumas crianças com Síndrome de Down têm, mas estes agora podem quase sempre ser tratados cirurgicamente.)
No entanto, o clima de ignorância sobre, e contra o preconceito existe, razão pela qual esta nova pesquisa precisa ser compartilhada com a comunidade médica e com os futuros pais.
Caplan escreve como se abortando impedisse a síndrome de Down, ele está simplesmente errado supondo que a partilha dessa informação não faz a diferença. As informações mais influentes que uma gestante recebe é do seu médico e de recursos por escrito.
Os médicos devem estar bem informados sobre a síndrome de Down e fornecerem informações precisas com materiais escritos para seus pacientes.
Ignorância e preconceitos persistem, no entanto, mais de 80 por cento dos estudantes de medicina não são treinados para trabalhar com pessoas com deficiência intelectual, e quase 60 por cento dos médicos das escolas não acreditam que deveriam ser treinados.
Além disso, enquanto a maioria dos médicos já oferecem testes de pré-natal para todas as gestantes, menos de um terço fornecem-lhes materiais educativos.
Esta generalizada ignorância auto-imposta na administração dos testes de pré-natal para síndrome de Down é contrária à prática médica ética, porque nega aos futuros pais a informação que precisam para tomar decisões informadas.
Os mesmos estudos que identificaram a difusão de opiniões ultrapassadas também constataram que aqueles que conheciam alguém com síndrome de Down foram os que mais aceitaram, e que era verdade, bem como dos médicos que conheciam alguém com síndrome de Down, em comparação com aqueles médicos que não sabiam nada.
Apesar de sua taxa de natalidade crescente, crianças com síndrome de Down continuam a ser uma minoria incrivelmente pequena.
É precisamente por isso que fornecendo informações sobre estes novos estudos é tão importante, para a maioria dos futuros pais e seus médicos não têm outra forma para compreender a experiência positiva de conhecer uma pessoa com síndrome de Down.
O significado maior da nova pesquisa é que ela aborda as preocupações de mães que abortaram na sequência de um diagnóstico pré-natal.
Essas mães estavam preocupadas com a condição que seria uma carga excessiva sobre elas e seus outros filhos, e que a síndrome de Down poderia ser demasiado fardo para a criança e sua autonomia.
Os três novos estudos feitos diretamente contra estas preocupações e muito mais, como revelam uma verdade muitas vezes que não consideradas:
“Uma criança com síndrome de Down será quase sempre uma força positiva na vida de seus pais e irmãos”.
Os estudos descobriram que 79 por cento dos pais sentiam que a sua visão sobre a vida foi mais positiva por causa de sua criança com Síndrome de Down.
Para os irmãos, a resposta foi ainda maior, com 88 por cento sensação de que eles eram pessoas melhores por causa de seus irmãos com o Síndrome de Down.
A mais recente diretriz da prática chamada para compartilhamento de notícias positivas sobre a síndrome de Down, e o novo estudo fornece médicos com aquelas histórias positivas. Essas histórias realmente importam.
Kathryn Lynard Soper é a autora do livro ‘Presente 2′: Mães que Refletem sobre como as crianças com Síndrome de Down Enriquecem suas Vidas , que é um recurso aprovado pela Sociedade Nacional de diretrizes Conselheiros Genéticos.
A introdução à seqüência do livro, apresenta evidências convincentes de como compartilhar histórias positivas pode e vai fazer a diferença.
Soper escreve sobre como cooperar com uma oficina de pais novos na Convenção National Down Syndrome Congress.
Uma mulher segurando um bebê fez o seguinte comentário: “Esta é a graça. Eu só queria que você soubesse que se eu não tinha lido o seu livro, minha filha não teria nascido “.
Ao contrário da opinião de Caplan, a Síndrome de Down não é algo quase que universalmente procura ser evitada.
Além disso, o compartilhamento de informações precisas sobre ela, o mais recente dos quais é extremamente positiva, pode e vai mudar o ponto de vista dos futuros pais “depois de um diagnóstico pré-natal.
Este é no melhor interesse não só daqueles que são concebidas com síndrome de Down, mas também daqueles que são abençoados por conhecê-los.
LifeNews.com. Nota: Mark W. Leach, Esq., é um advogado em Louisville, Kentucky, onde ele está cursando um Master of Arts em Bioética.
Ele é o fundador e presidente da tomada de decisões informadas da Força-Tarefa para Afiliados da Síndrome de Down em Ação e foi um contribuinte para ‘Presentes 2′ .
As opiniões expressas são inteiramente sobre seu artigo.Este apareceu originalmente no discurso público e é reproduzido com permissão.
sexta-feira, 2 de março de 2012
SP: bebê de 2 meses abandonado em supermercado passa bem
Uma menina de aproximadamente 2 meses de idade foi abandonada na noite de terça-feira em um supermercado na zona norte de São Paulo. Ela foi encontrada em um carrinho de compras por funcionários do local. O bebê foi levado para o Hospital Cachoeirinha, de acordo com a Futura Press, onde recebeu atendimento médico e está em boas condições de saúde.
Ela permanecerá em observação e quando sair do hospital deve ficar sob os cuidados do Conselho Tutelar.
Suspeita de abandonar bebê em supermercado é detidaA polícia civil prendeu nesta quinta-feira, 1, uma mulher suspeita de abandonar um bebê dentro de um carrinho de supermercado, na zona norte de São Paulo, na noite da terça-feira (28).
Vídeo mostra mulher deixando bebê em carrinho de supermercado
Boliviana está presa; criança deixou hospital na manhã desta quinta-feira
Imagens do supermercado mostram quando a mãe do bebê de dois meses abandonado no local na terça-feira (28) entrou com a criança no suporte do carrinho de compras. A adolescente de 15 anos foi detida pela Polícia Civil nesta quinta-feira (1º).
Pelo vídeo do circuito interno de segurança, é possível ver a garota vagar pelos corredores durante meia hora, até que abandona a filha. Como a criança tinha traços bolivianos, a polícia investigou na comunidade e descobriu que a mãe veio da Bolívia grávida.
A adolescente chegou ao Brasil em julho do ano passado. Ela veio morar nessa casa com a irmã e o cunhado para tomar conta de uma sobrinha. Ela foi morar na zona norte da capital, em uma região onde vivem muitos bolivianos.
De acordo com o advogado da família da adolescente, a irmã e o cunhado dela estão com a documentação correta.
Ainda nesta quinta-feira, a menina foi liberada do Hospital Geral da Vila Nova Cachoeirinha. Ela passou por exames e não foi constatado nenhum problema. Dois conselheiros tutelares acompanharam a liberação e a levaram para um abrigo.
Bebê abandonado é encontrado morto em lixeira
Bebê abandonado é encontrado morto em lixeiraMenino estava em uma sacola plástica amarrada e ainda tinha resíduos da placenta e do cordão umbilical
Um bebê do sexo masculino foi encontrado morto, jogado em uma lixeira no bairro Santa Antonieta, zona norte, na manhã desta segunda-feira. A criança, que ainda tinha resíduos de placenta e o cordão umbilical, estava dentro de uma sacola plástica branca amarrada.
A polícia acredita que o bebê tenha nascido de parto normal e com vida. A suspeita é de que ele tenha morrido asfixiado dentro da sacola - tanto que o corpo da criança estava roxo.
O industriário que encontrou o bebê na lixeira, Moacir Ferreira, 47 anos, conta que notou uma sacola estranha no local e foi abri-la, pensando se tratar de lixo domiciliar. Ao desfazer o nó da sacola, constatou que era um feto.
“Vi que tinha uma criança e chamei o Corpo de Bombeiros. Foi um susto muito grande, a gente nunca imagina que isso possa acontecer. Esse mundo está perdido, é demais uma coisa dessas”, lamenta.
Após a chegada do Corpo de Bombeiros, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e constatou o óbito da criança.
A polícia já tem suspeitas da criminosa e deve ouvir, dentro dos próximos dias, relatos de vizinhos e também do industriário que encontrou a criança dentro da sacola.
“Informações ainda estão chegando e creio que a suspeita vai ser localizada, até porque existem testemunhas que, por volta das 3h, ouviram discussões na rua”, explica o capitão da PM (Polícia Militar) responsável pelo caso, Celso Marrone Fonseca.
Segundo a polícia, alguns vizinhos também ouviram palmas por volta do mesmo horário, mas não chegaram a sair de casa para ver do que se tratava.
O caso será investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). Pessoas que tenham denúncias podem ligar para 197. A identidade é mantida sob sigilo.
Um bebê do sexo masculino foi encontrado morto, jogado em uma lixeira no bairro Santa Antonieta, zona norte, na manhã desta segunda-feira. A criança, que ainda tinha resíduos de placenta e o cordão umbilical, estava dentro de uma sacola plástica branca amarrada.
A polícia acredita que o bebê tenha nascido de parto normal e com vida. A suspeita é de que ele tenha morrido asfixiado dentro da sacola - tanto que o corpo da criança estava roxo.
O industriário que encontrou o bebê na lixeira, Moacir Ferreira, 47 anos, conta que notou uma sacola estranha no local e foi abri-la, pensando se tratar de lixo domiciliar. Ao desfazer o nó da sacola, constatou que era um feto.
“Vi que tinha uma criança e chamei o Corpo de Bombeiros. Foi um susto muito grande, a gente nunca imagina que isso possa acontecer. Esse mundo está perdido, é demais uma coisa dessas”, lamenta.
Após a chegada do Corpo de Bombeiros, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e constatou o óbito da criança.
A polícia já tem suspeitas da criminosa e deve ouvir, dentro dos próximos dias, relatos de vizinhos e também do industriário que encontrou a criança dentro da sacola.
“Informações ainda estão chegando e creio que a suspeita vai ser localizada, até porque existem testemunhas que, por volta das 3h, ouviram discussões na rua”, explica o capitão da PM (Polícia Militar) responsável pelo caso, Celso Marrone Fonseca.
Segundo a polícia, alguns vizinhos também ouviram palmas por volta do mesmo horário, mas não chegaram a sair de casa para ver do que se tratava.
O caso será investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). Pessoas que tenham denúncias podem ligar para 197. A identidade é mantida sob sigilo.
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