Atestado de óbito aponta que bebê encontrado em sacola plástica morreu de traumatismo
Polícia abriu inquérito para investigar o caso
O bebê encontrado morto dentro de uma sacola plástica na tarde de quarta-feira (17), na Vila Sampaio, em Jaú, nasceu com vida. É o que concluiu o atestado de óbito da médica que estava de plantão, quando a escriturária de 21 anos, mãe da criança, deu entrada no Pronto-Socorro da Santa Casa de Jaú.
A delegada titular da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), Isabel Cristina Maziero Martignago, responsável pelo inquérito que vai apurar a causa da morte do recém-nascido, ouviu nesta quinta três pessoas: a assistente social, a médica da Santa Casa e a mãe do bebê.
“A declaração de óbito atestou que houve traumatismo craniano encefálico, com deformidade de caixa craniana. Mas, por enquanto, não temos como concluir nada, é cedo ainda. É preciso esperar o laudo do médico legista”, explica.
A delegada informou que também será preciso ouvir outras testemunhas. O prazo para conclusão do inquérito é de trinta dias.
Mulher nega crime
Em seu depoimento, a mulher que deu à luz disse que desconhecia a gravidez e que colocou a criança no guarda-roupas porque teve medo da reação da família. “Ela negou que tenha matado o bebê. Segundo ela, ele nasceu morto”, acrescenta Isabel.
Conforme o laudo preliminar, a escriturária estava na 40ª semana de gestação (nono mês) e o feto era do sexo masculino.
A delegada titular da DDM informou que, se ficar provado que a criança nasceu com vida e foi morta logo após o parto, a mulher responderá pelo crime de infanticídio, com pena prevista de dois a seis anos de detenção. A reportagem do BOM DIA ligou várias vezes para irmã da escriturária, mas ela não atendeu as ligações.
Durante depoimento no plantão da Polícia Civil de Jaú, quando foi registrada a ocorrência, ela afirmou que sua irmã não tem problemas mentais, tão pouco é usuária de drogas.
Em março de 2011, no estado de Sergipe, uma mulher identificada como J.A.J., 28, também escondeu as filhas gêmeas no guarda-roupa. De acordo com depoimentos de familiares à polícia, a mulher morava com o filho de 10 anos de idade e aparentava ter problemas psicológicos. Ainda segundo depoimentos a mãe, que estava grávida de nove meses, se trancou no banheiro e entrou em trabalho de parto. Dentro do cômodo da casa, nasceram as duas meninas que, de imediato, foram colocadas dentro de um saco plástico e escondidas no guarda-roupa.
A acusada vai responder pelo crime de infanticídio. Ela aguarda o julgamento em liberdade.
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Crime de infanticídio
É o crime cometido logo após o nascimento da criança. A pena prevista é de dois a seis anos de reclusão. Mas a sentença pode ser abrandada, se ficar comprovado o estado puerperal (situação de abalo emocional) da mãe
Ocultação de cadáver
Configura-se em “Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele”. A pena varia de um a três anos de prisão
"Ontem chorei, vi nos olhos de uma criança, um olhar sem amanhã."
* Mostrar a realidade
A minha intenção ao colocar estas postagens é de mostrar todos os problemas que envolvem as crianças abandonadas.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.
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