"Ontem chorei, vi nos olhos de uma criança, um olhar sem amanhã."

* Mostrar a realidade

A minha intenção ao colocar estas postagens é de mostrar todos os problemas que envolvem as crianças abandonadas.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Encontro sobre adoção reúne 400

Autoridade nacional na área de adoção, o promotor de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Sávio Renato Bittencourt Soares Silva defendeu ontem à tarde, em Santo André, para plateia de cerca de 400 pessoas, o encurtamento da burocracia e a redução do tempo da criança e do adolescente nos abrigos.

Com presença do prefeito e da vice-prefeita da cidade, Aidan Ravin (PTB) e Dinah Zekcer (PTB), o Grupo de Apoio à Adoção Laços de Ternura, projeto da Feasa (Federação das Entidades Assistenciais de Santo André), comemorou os dez anos de estrada com programação especial e autoridades da área no auditório do Centro Universitário Anhanguera.

Com o tema Adoção: uma escolha para a vida toda, o público, muitos casais jovens ou de mais idade, aprendeu, aplaudiu e se emocionou. E o promotor foi taxativo, com base no parágrafo único, do artigo 101, do Estatuto da Criança e do Adolescente: abrigo é medida provisória e excepcional, "Então, eles não podem passar a infância lá dentro", afirmou, ao fazer a mea culpa também enquanto representante do Ministério Público. Do outro lado, o Judiciário.

Por seguidas vezes, o público interrompeu a palestra do promotor para aplaudi-lo. E Sávio, também pai adotivo, pediu um "basta" para a não transparência dos abrigados. "Não são crianças e adolescentes que mataram ninguém. Por que não podem ter o rosto mostrado e o nome identificado? Tudo no sigilo, quando, na verdade, eles procuram por uma família substituta que lhes dê afeto e amor", apontou.

E lançou um desafio aos juízes, promotores, advogados, defensores públicos, conselheiros tutelares e demais militantes da área: laboratório de seis meses em um abrigo. O representante do MP disse que a proposta é vista por muitos como "ofensiva e desrespeitosa". Mas buscou rapidamente uma alternativa para os que não concordarem. "Abrigue o seu filho por um dia e uma noite." Mais uma vez, o autor do livro Manual do Pai Adotivo foi ovacionado.

Mãe por adoção, psicóloga e mestre em psicologia clínica no Recife, Suzana Sofia Moeller Shettini foi além ao apontar que "atitudes adotivas" têm de ser trabalhadas em qualquer situação. "Na camiseta, no boton, na imprensa..."

A presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção e advogada Maria Bárbara Toledo Andrade e Silva, que também veio especialmente do Rio para o encontro, abordou ainda a questão das crianças que fogem do perfil para adoção: mais velhas, com deficiências e negras.



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