"Ontem chorei, vi nos olhos de uma criança, um olhar sem amanhã."

* Mostrar a realidade

A minha intenção ao colocar estas postagens é de mostrar todos os problemas que envolvem as crianças abandonadas.
Tanto os problemas relacionados ao abandono, como também os traumas, as mentiras, os preconceitos. O que envolve os pais que abandonam, os pais que adotam e os filhos adotivos.
Quando se toma uma decisão de adotar é uma responsabilidade muito grande,pois se trata de um ser humano, e as marcas e recordações ficaram pra vida toda.

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

LEGADO À UMA CRIANÇA ( Arlindo Catharino)

Criancinha que tens fome,

Fale ali com aquele homem,

Enfrente aquela mansão.

Dize-lhe que hoje é natal.

E que ele não faria mal,

Se abrandasse o coração.



Pergunte se nada sobrou,

Dos reais que ele gastou,

Pra enfeitar o casarão.

Por certo ira te expulsar,

Vai mandar te coçar,

E não vais ganhar o pão.



Mais saiba minha criança,

Ainda existe esperança,

Pra toda criança pobre.

Jesus nasceu pobrezinho,

Em um cocho encolhidinho,

Não foi em um bairro nobre.





Mas foi ele o Rei dos Reis

Cresce o número de bebês abandonados em maternidades de MG

87 recém-nascidos foram deixados pelas mães em hospitais de BH nos últimos três anos


Mãe que deixa criança na rua pode pegar até três anos de prisão

Em vez de colocar os bebês em cestas ou em caixas de sapato e abandoná-las nas ruas, as mães que querem abrir mão da guarda dos filhos estão deixando as crianças nos hospitais para serem encaminhadas diretamente para adoção. Os juristas alegam que esse tipo de comportamento vem aumentando por não haver punição para a mãe que tomou esta decisão.

Dos 94 recém-nascidos abandonados pelas mães nos últimos três anos em Belo Horizonte, Minas Gerais, 87 ficaram na maternidade onde nasceram, quatro foram deixados nas ruas e três entregues ao Juizado da Infância e da Juventude.Somente neste ano, 20 bebês foram rejeitados pelas mães na capital mineira. Destes, 17 ficaram na maternidade e foram imediatamente encaminhados para a adoção. Duas crianças foram entregues ao juizado e apenas uma foi abandonada na rua.


Desempregada há dois anos com dois filhos, um de 8 e outro de 6 anos, a diarista J.G.F, 23 anos, - que pediu para não ter o nome divulgado - decidiu deixar a criança no mês passado na Maternidade Odete Valadares, no bairro Prado, zona oeste de Belo Horizonte.



- Pensei em deixar a minha criança na porta de uma família bem rica, mas a enfermeira me disse que era bem melhor entregar minha filha para adoção. Ela poderia ser atacada por um cão ou morrer de frio.


Na maternidade onde a filha da diarista nasceu, uma das maiores do Estado, dez crianças foram deixadas pelas mães somente neste ano. Assim que elas anunciaram aos médicos sobre a decisão, passaram por psicólogos, e em seguida foram encaminhadas ao juizado da Infância e da Juventude, onde assinaram um termo de desistência de seus filhos.


Segundo a promotora da Infância e da Juventude, Matilde Fazendeiro Patente, "a mãe que deixa o filho na maternidade e alega que não tem condições de criá-lo por dificuldades financeiras, não é punida; isso evita que os bebês sejam abandonados nas ruas, onde podem até morrer de fome ou por ataques de animais ou doenças.


A lei federal 12.010, de 4 de novembro de 2009, diz a promotora, não prevê punição para quem decide entregar a criança para adoção, mas ele alerta quenaõ é possível voltar atrás.


- Para ter o filho de volta, depois que a sentença for dada pelo juiz, é preciso abrir um novo processo, mas na maioria das vezes a Justiça não anula a adoção. O motivo é que a criança já está adaptada em outra família.


Matilde Fazendeiro lembra que a lei que começou a vigorar no ano passado não permite que a adoção seja dirigida. Ou seja, a mãe não pode entregar o filho para um amigo, vizinho ou parente. Segundo ela, o bebê precisa ser encaminhado para o Juizado da Infância e da Juventude e, de lá, para o primeiro casal ou pessoa inscrita no programa de adoção. A criança sai da maternidade e vai direto para o novo lar, onde é acompanhada por uma equipe do juizado. Após 60 dias, o interessado em ficar com o bebê precisa entrar com o processo na Justiça e requerer a guarda definitiva.



Mãe que deixa criança na rua pode pegar até 3 anos de prisão



A mãe que deixa a criança na rua pode pegar de seis meses a três anos de prisão, pena para o crime de abandono de capaz. A promotora Matilde Fazendeiro alerta que, se a criança sofrer lesão corporal, a pena pode ser de um ano a cinco anos, podendo chegar a 12 anos se a criança morrer em consequência de abandono. Pela lei atual, a mãe pode pegar de 1 a 2 anos se a criança for entregue para uma pessoa sem condições de cuidar do bebê.


No Centro de Referência da Gestante,criado em janeiro de 2009 e localizado em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, pelo menos 20% das detentas decidem entregar os filhos para adoção. Os bebês são encaminhados para a Casa Lar, onde aguardam a Justiça decidir para qual família será entregue.

sábado, 20 de novembro de 2010

Esperar em Deus

Li o comentário de uma mãe, que espera a adoção de uma criança, e diz que Deus vai preparar pra ela a adoção.
Sim, creio que Deus escreve certo por linhas tortas. Quando uma mulher não pode ter seus próprios filhos deve ter no coração a certeza que esse plano vem dos céus e que Deus tem muitos filhos pra ela, porque essas crianças precisam de pais e de um lar.
Posso afirmar que não existe amor maior quando desprovemos o preconceito e aceitamos um ser humano nos braços, e dizemos; -"Esse Deus me deu!!!!"

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

"Para o mundo que eu quero descer..."

Quando me deparo a noticias de crianças espancadas, abandonadas, rejeitadas, abusadas, assassinadas...
Tenho a impressão que peguei o trem  errado ou que desci na estação errada.
Não posso crer que existam pessoas com tanta maldade no coração.
Não posso crer que estas pessoas tenham o mesmo sol e o mesmo Deus que seres humanos.
E o pior acho que mesmo o inferno não será castigo suficiente para estas criaturas.


Solange Arruda.

Bebê abandonado em terreno é salvo de ataque de formigas

09 de novembro de 2010


  Joyce Carvalho

Direto de Cascavel

Um bebê recém-nascido foi encontrado em um terreno baldio nesta terça-feira em Cascavel (a 500 km de Curitiba), região oeste do Paraná, por um homem que passava em frente ao local. Ele ouviu o choro da criança e a encontrou sem roupas e desprotegida. O bebê estava sendo atacado por muitas formigas.

O homem chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que encaminhou o bebê para o Hospital Universitário de Cascavel. A criança passa bem. A Polícia Civil foi acionada e investiga o abandono.

Os policiais ainda tentam localizar a mãe do bebê. Não foi divulgada qual é a provável idade da criança ou a estimativa de quanto tempo ela ficou no terreno baldio.

Crack dobra número de bebês abandonados no RS

Crack dobra número de bebês abandonados no RS


Nos últimos cinco anos, a epidemia de crack no Rio Grande do Sul fez com que dobrasse o número de crianças menores de três anos nas instituições mantidas pela Fundação de Proteção Especial do Estado.

O quadro é desolador. Vitimadas pela pedra, as mães, incapazes de criar seus rebentos, se desfazem dos filhos. Sem interessados em recebê-los na família, os bebês acabam nos braços de profissionais como Tatiane.

Crianças sofrem com abstinência

Os números ajudam a dimensionar o problema. Do total de 809 crianças e adolescentes protegidos pela fundação, em 2005, 51 (6,91%) tinham menos de três anos. Hoje, os pequenos somam 97 (15,8%) dos 695 – em outras palavras, a fundação presencia o aumento do número de bebês ante a redução do total de abrigados.

Diante da tragédia que se anuncia desde a metade da década, técnicos se estarreceram com recém-nascidos em crise de abstinência.

“Quando eles chegam, apresentam tremedeiras repentinas, um sintoma que os nossos servidores desconheciam. Depois ficamos sabendo que são pequenas convulsões, provocadas por crises de abstinência que as mães tinham quando eles estavam no ventre”, descreve Marlene Sauer Wiechoreki, presidente da fundação.

Recentemente, 200 profissionais foram qualificados por psiquiatras para lidar com um público delicado, que precisa de cuidados especiais para superar traumas e agressões sofridas antes mesmo de nascer.

Tatiane Tonetto Pacheco, assistente social, destaca um detalhe que agrava a situação dos filhos do crack. Como as famílias são, quase sempre, desestruturadas, torna-se difícil localizar a mãe ou o pai da criança. Sem eles, o processo de destituição familiar, requisito indispensável para que alguém possa adotá-los, leva anos na Justiça.

Homem encontra bebê abandonado em restaurante no sul de Minas

19/09/2010 11h18


Homem encontra bebê abandonado em restaurante no sul de Minas
Segundo PM, recém nascido é uma menina e deve ter dois dias de vida.
Ela está internada em um hospital, mas passa bem.


Um comerciante encontrou, na noite deste sábado (18), um bebê abandonado em um restaurante de Piranguinho, região sul de Minas. Segundo a Polícia Militar da cidade, o recém nascido é uma menina, e a médica que a examinou disse que ela tem no máximo dois dias vida. A criança estava enrolada em um lençol e dentro de uma sacola.

O homem percebeu a presença do bebê quando preparava para abrir o estabelecimento. A menina foi encaminhada ao hospital em Itajubá, também no sul do estado. De acordo com o hospital, ela passa bem, mas ainda não há previsão de alta.

O Conselho Tutelar de Piranguinho acompanhou a ocorrência. Segundo a PM, os pais ainda não foram localizados, e a Polícia Civil vai investigar o caso. A polícia também informou, que quando sair do hospital, a criança deve ser levada para um abrigo na cidade de Brasópolis.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Não basta ligar para o número 100 (numero de telefone para denunciar violência)

 O jornal O Globo de 24 de agosto publicou matéria de meia página com direito à chamada na primeira página, sob o título " Denúncias que ficam no caminho".
A reportagem mostra a ineficácia no Brasil do sistema de denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, baseando-se no levantamento feito pela Associação Nacional de Centros de Defesa ( ANCED). Foram analisadas 118 denúncias de abuso sexual e de exploração sexual de crianças e adolescentes, recebidas pelo telefone 100 do governo federal, entre 2005 e 2009 em 15 estados brasileiros. Os resultados são desanimadores: apenas oito denúncias viraram ações penais, sendo que só três já foram julgadas. Esses resultados frustram a expectativa da família vítima e daqueles que vencendo resistências naturais, usaram seu tempo denunciando. Por outro lado, e isto é grave, a falta de resultados incentiva pedófilos, sociopatas e criminosos a continuar com suas atividades, uma vez que nada acontecerá com eles. De nada adianta o governo divulgar o número 100 para denúncias, gratuitas e anônimas para todo o país, de violência contra crianças e adolescentes se depois nada acontece. Não há um sistema integrado? O Estado é responsável e deveria explicar o que está ocorrendo.

Sabe-se que um número telefônico nacional não existia no Brasil até que por forte pressão internacional o Ministério da Justiça do então governo Fernando Henrique, decidiu criar em 1997, em parceria com a ONG Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência ( ABRAPIA ), o primeiro Disque Denúncia em nível nacional. O objetivo era receber, registrar, encaminhar e acompanhar denúncias de todo o país de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. O número 0800990500 , com o apoio da EMBRATUR foi intensamente divulgado em todo o país. Muitas ONGS foram mobilizadas. Muitos treinamentos foram feitos. Nos estados e nos municípios faziam parte de um sistema integrado, ONGS, o Programa Sentinela do governo federal, conselhos tutelares, delegacias e Ministério Público.

Em abril de 2003 o governo decidiu assumir o Disque Denúncia. Surgiu então o tel. 100. Foi decidido não só atender denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes que era o objetivo inicial, específico como deve ser e é na maioria países, mas toda forma de violência contra crianças e adolescentes. Agigantou-se equivocadamente um programa que perdeu a sua especificidade e sua retaguarda de proteção à criança e ao adolescente. Ainda não há conselhos tutelares em todo o país como determina a lei e muitos , se não a maioria, trabalham sem recursos humanos e materiais. O Programa Sentinela deixou de crescer e caiu na obscuridade.

A reportagem de O Globo mostra que a maioria das denúncias ou desapareceram, ou foram arquivadas ou estavam paradas.

É desalentador. As denúncias feitas pela reportagem merecem explicações. A matéria merece ser aprofundada.
Mas nada disso pode desestimular a denúncia, primeiro passo para a proteção de crianças e adolescentes. Corrigidas a falhas o tel. 100 é uma arma indispensável para a defesa dos direitos de vítimas de abuso e exploração sexual e a punição dos agressores.

Lauro Monteiro

Editor

Pai agride bebê de dois meses

Pai agride bebê de dois meses


Por Élida Santos Barrozo


Segunda, 08 de Novembro de 2010 - 10h29 - Um vídeo gravado pelo celular da própria mãe da criança, mostra o marido dela agredindo o filho do casal, de dois meses, em Pouso Alegre, Sul de Minas Gerais. As imagens foram gravadas na última quinta-feira (4) e divulgadas neste sábado (6) pela polícia. O agressor está preso, mas por porte ilegal de armas, encontradas na casa dele.

A mãe já desconfiava que o companheiro estava agredindo o bebê. Ela teve a certeza depois que a pediatra da criança disse, durante uma consulta, que a criança estava com a clavícula quebrada. O bebê também já tinha aparecido com o braço roxo e não gostava de ficar no colo do pai. Ela então decidiu filmar, colocando o celular escondido no quarto, e entregou o material à polícia.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Revista em quadrinhos incentiva adoções em Pernambuco

 Revista em quadrinhos incentiva adoções em Pernambuco.
Tudo o que eles precisam é de um novo lar. Crianças abandonadas ou mesmo órfãs de pai e mãe sobrevivem à mercê das condições precárias de casas de amparo ou abrigos públicos. Conhecer a legislação e conscientizar a população para o hábito da adoção é um dos objetivos da revista “Adoção em Quadrinhos”, lançada hoje pela manhã no Fórum Tomás de Aquino, no bairro de São José, no centro do Recife.(13/10/2010)

A revista conta com textos e linguagem acessíveis para todas as idades e classes sociais. As histórias em quadrinhos discutem boa parte da legislação brasileira sobre adoção. Todo esse material foi idealizado pela juíza da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja) Ana Paula de Lira e conta com desenhos do ilustrador Lucas Veríssimo. A produção em quadrinhos teve uma tiragem inicial de 8 mil exemplares e será distribuída gratuitamente em hospitais públicos e particulares do estado, além de associações de moradores e escolas do estado.

Segundo a juíza da Ceja, a revista também integra as comemorações dos 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em Pernambuco. Para ela, com a implantação da nova legislação o perfil dos pais adotivos no Brasil mudou. “Antes da criação do cadastro nacional, os candidatos à adoção preferiam crianças com menos de dois anos de idade. Hoje, essa perspectiva é outra, pois, já é possível observar pais que adotam grupo de irmãos de uma mesma família”, frisa.

Mas, a importância desse material é esclarecer, ainda, a população para a adoção de crianças dentro da própria família. Segundo a psicóloga do Ceja Tereza Figueiredo, este é o ponto forte do Novo Estatuto. “Fazemos o máximo para que uma criança fique com um tio ou avó caso os pais não possam ficar. Mas, quando isso não é possível, cadastramos a criança no banco de dados e verificamos o perfil do candidato para adoção”, pontua.

Com a implantação da Nova Lei da Adoção, no ano de dois mil e nove, houve também a diminuição das adoções internacionais, na qual pessoas residentes no exterior adotavam crianças do Brasil na ausência de candidatos do próprio país. Segundo dados da Ceja, só no estado de Pernambuco, no ano de 1993, foram realizadas 61 adoções internacionais. Porém, atualmente com a nova lei em vigor, foram registrados em 2009 apenas 25 adoções de crianças para países estrangeiros.

Durante o lançamento da revista, outros pontos positivos da nova legislação foram lembrados. O desembargador Bartolomeu Bueno destacou a diminuição da burocracia no processo de adoção. “Ao adotar, a criança passa logo para a responsabilidade dos novos pais. Antes, havia uma espécie de estágio probatório, no qual a justiça monitorava esse processo. Também é bom mencionar que hoje a adoção é irrevogável, não podemos mais anular”, frisa.

Preconceito - Apesar de todos os avanços na esfera jurídica, a Nova Lei de Adoção ainda precisa ser atualizada para os novos anseios da sociedade brasileira, a exemplo de temas como a adoção de crianças por casais homossexuais. Segundo o desembargador Bartolomeu Bueno, só existe um registro em Pernambuco de adoção de uma criança por um casal do mesmo sexo.

“Desde que eu era juiz, até o ano de 2001, e quando eu percebia que era um casal homossexual, eu não permitia a adoção. Sempre vinha um laudo da assistente social falando das condições desse processo. Eu entendia e entendo que a criança precisa da referência masculina e feminina”, defende.

Porém, para ele, existem algumas brechas jurídicas que permitem a adoção de crianças por casais homossexuais. “Pelo Novo Estatuto, existe a possibilidade da adoção unilateral. Ou seja, uma pessoa só chega ao juizado e se inscreve no cadastro. Depois, com o processo aprovado, adota a criança normalmente e pode educa-la junto a seu parceiro ou parceira”, frisa.


Por Tércio Amaral, da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Menina de 9 anos estrupada e morta,corpo encontrado no centro da cidade dia 01/11/2010

03/11/2010 11h24


‘O que fiz foi maldade’, diz acusado de matar menina de 9 anos no Rio

Ele foi apresentado à imprensa na Divisão de Homicídios da capital.

Menina foi encontrada morta em lixeira no Centro da cidade.

"O que eu fiz foi uma maldade", desabafou o marceneiro Jonas Marcolino da Silva, 35 anos, durante apresentação à imprensa na manhã desta quarta-feira (3), na Divisão de Homicídios do Rio.

Ele é acusado de ter estuprado e matado a menina Camila Evangelista da Conceição, de 9 anos, encontrada morta na segunda-feira (1º), no Centro da cidade.

"Agora eu quero morrer. Usei drogas e bebi muito e quando eu bebo fico muito perturbado. Estava alterado e nervoso e não lembro de muita coisa", contou ele na delegacia.

Segundo a polícia, ele vai ser indiciado por estupro de vulnerável e homicídio duplamente qualificado por motivo fútil, cujas penas podem chegar a 45 anos de prisão, segundo o delegado Felipe Ettore, titular da Delegacia de Homicídios (DH) do Rio. Ele foi preso na manhã desta terça-feira (2) e, segundo o delegado, teria confessado o crime.

Agentes da DH e policiais militares do 5º BPM (Praça da Harmonia) chegaram ao acusado com a ajuda de moradores. O homem, que trabalha como marceneiro e morava em um quarto alugado no Morro da Providência, no Centro da cidade, voltou à residência nesta manhã e foi denunciado por moradores aos policiais que estavam fazendo diligências no local.

Imagens mostram caixa sendo jogada em lixeira

Através de uma imagem de um vídeo, gravada por câmeras de uma empresa situada próximo ao local onde o corpo da menina foi deixado, policiais da DH disseram que é possível ver quando um homem que puxava um carrinho de rolimã joga uma caixa de isopor numa lixeira.

O corpo de Camila foi encontrado na segunda-feira (1º) na Ladeira Madre de Deus, na Gamboa, um dos acessos ao Morro da Providência, Zona Portuária do Rio.

Ao ser preso, o marceneiro teria confessado o crime aos policiais, dizendo que aliciou a menina com R$ 20 e a levou para seu quarto. Ele disse ainda que estuprou a criança e que a matou porque ela gritou.

Criança desapareceu no domingo

A menina era moradora do Morro da Providência, no Centro, área vizinha ao local onde o corpo foi encontrado. Segundo Thaideth Duarte, subcomandante da Unidade de Polícia Pacificadora da Providência, a menina estaria desaparecida desde a noite de domingo (31). Ela teria ido à uma festa com os pais na Rua Barão Félix, nas proximidades da comunidade da Providência, quando saiu para andar de bicicleta e sumiu. Apesar do desaparecimento, os pais não teriam feito qualquer comunicado à polícia.

A assessoria da UPP informou que a região onde a menina desapareceu não faz parte da área de atuação da unidade da Providência. Mesmo assim, nenhum órgão policial foi avisado sobre o desaparecimento, ainda segundo a assessoria.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

"Adoção é Legal" é a campanha promovida em parceria pelo TJAC e MPE

Campanha busca incentivar adoção de crianças e adolescentes no Acre .


Diante do desafio de proporcionar a todas as crianças e adolescentes o direito indiscutível de viver em família, a campanha "Adoção é Legal" vem sendo promovida desde março deste ano, a partir de uma parceria entre o Tribunal de Justiça do Acre e o Ministério Público Estadual, por meio da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Rio Branco e da Coordenadoria Estadual da Defesa da Infância e Juventude.

A campanha de divulgação e conscientização visa incentivar a adoção tardia, inter-racial, soropositiva etc., ao mesmo tempo que impulsionar a utilização do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), banco de dados que reúne informações sobre crianças aptas a serem adotadas em todo o Brasil.

Os juízes, promotores e especialistas envolvidos na campanha explicam que é necessário desestimular as chamadas "adoção à brasileira" e "adoção direta", para incentivar que os casais interessados em adotar busquem seguir os procedimentos legais.

Essas formas tradicionais de adoção acontecem quando a criança é entregue à família substituta de forma direta pelos pais biológicos ou pelas instituições de abrigo, sem qualquer intervenção da justiça na avaliação das condições destas famílias. Assim, a campanha busca mostrar que a via legal é a mais segura para crianças e famílias.

A Comarca de Rio Branco possui atualmente quatro menores, entre 4 e 15 anos, devidamente inscritos no CNA, aguardando oportunidade de serem acolhidos por uma família. Quando a criança está com seu nome disponível no sistema, ela não possui mais nenhum vínculo com a família genética, tornando dessa forma a ação segura e tranquila. O sígilo sobre o destino do adotado é assegurado.

Na Capital também existe um núcleo de apoio para as famílias e crianças em processo de adoção. Psicólogos e assistentes sociais, membros do núcleo, ministram palestras de conscientização para os casais que pretendem adotar, assim com para as crianças que foram adotadas e que se encontram em crise no convívio da nova família. Todos que quiserem podem obter o acompanhamento dos especialistas do núcleo.

Para iniciar um processo de adoção, os interessados devem se dirigir à 1ª Vara da Infância e da Juventude de Rio Branco (Rua Alvorada, nº 764, Bairro Bosque) e efetuar sua inscrição no CNA. Após esse procedimento, devem participar de palestras de conscientização pelo período mínimo de 3 meses, ministradas por psicólogas e assistentes sociais, para assegurar a certeza da adoção.

Quem pode ser adotado?


Crianças e adolescentes com até 18 anos à data do pedido de adoção, cujos pais forem falecidos ou desconhecidos, tiverem sido destituídos do poder familiar ou concordarem com a adoção de seu filho.

O adotando deve ser pelo menos 16 anos mais novo que o adotante. Maiores de 18 anos também podem ser adotados. Nesse caso, de acordo com o novo Código Civil, a adoção depende da assistência do Poder Público e de sentença constitutiva.

Segundo as orientações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), só podem ser colocados à adoção aquelas crianças e adolescentes para quem todos os recursos dos programas de atenção e apoio familiar, no sentido de mantê-los no convívio com sua família de origem, se virem esgotados.

Que pessoas podem se candidatar a adotar uma criança ou adolescente?

De acordo com o ECA, homens e mulheres, não importa o seu estado civil, desde que sejam maiores de 18 anos de idade, sejam 16 anos mais velhos do que o adotado e ofereçam um ambiente familiar adequado. Não podem adotar os avós e irmãos do adotando. No caso de adoção por homossexuais a autorização fica a critério do juiz responsável pelo processo.

Documentação necessária para entrada com processo de adoção

- RG e comprovante de residência;

- Cópia autenticada da Certidão de Casamento ou Nascimento;

- Carteira de Identidade e CPF dos requerentes;

- Cópia do comprovante de renda mensal;

- Atestado de sanidade física e mental;

- Atestado de idoneidade moral assinado por duas testemunhas, com firma reconhecida;

- Atestado de antecedentes criminais.



Para mais informações, conheça a cartilha "Adoção passo a passo", editada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

* Adotar ou deixar marginalizado?(Opinião de terceiros)





Vou colocar uma questão no blog que pode contrariar a opinião de muitas pessoas; a adoção de crianças no Brasil. Não fiz nenhuma pesquisa na internet,simplesmente estou escrevendo sobre o que eu percebo nesses anos que vem se arrastando essa polemica situação.

Podem notar que a adoção no Brasil é muito burocrática e lenta, tudo em nome da escolha certa das pessoas que serão os educadores e "familia" dessas crianças, mas vários detalhes são deixados de lado, para mim propositalmente, que é ; a demora faz com que o comércio de compra e venda de crianças aumente proprcionalmente a demora, muitas crianças são deixadas de lado por não serem bonitinhas e fofinhas, alguns dirão que não é nada disso, é porque não setiram afeto pela criança, mas como explicar que essa criança se torne adulto dentro de um local de adoção? Para mim é a escolha que se faz, como se fossem um filhote de animal, nós sempre procuramos os esteticamente bonitos.Não se ve as pessoas adotando uma criança raquitica e sem beleza. Muitos preferem as recém-nascidas, pois essas já serão educadas de acordo com os conceitos da familia que vai adotar, não deixam de ter razão, mas se a adoção é uma opção do coração e setimento da familia, acredito que a idade,cor e educação dessa criança não teria importancia.

Outro ponto é que com a lentidão da justiça brasileira ajuda muito o tráfico de crianças. Há pouco tempo vi na Tv um caso de venda de adoção, intemediado por um escritório de advocacia no Sul do país, aproveitando-se do conhecimento dos entraves da justiça e dos canais dentro dessa mesma justiça que facilitavam a venda de crianças. Então porque não se faz esse tipo de comércio legalmente? Em vez de se pagar em dinheiro as pessoas que fazem adoção poderiam doar materiais para a instituição de adoção, para manter as crianças que talvez fiquem mais tempo. Assim essas crianças que não forem adotadas poderão sair de lá educadas,saudáveis e profissionalizadas, para enfrentar o mercado de trabalho e também poderem encarar as pessoas de cabeça erguida.Para mim essa seria uma solução de grande importancia social, porque todos que fazem a adoção normalmente não contribuem com as outras crianças que ficam para trás, seria também uma forma das crianças verem que não foram excluidas do meio social e sim escolhidas.Acredito também que os sequestros de crianças diminuiriam, que acontece na maioria para o tráfico de crianças para paises da Europa.





Também temos os exemplos negativos de governos e sociedades que criticam famosos que fazem adoções em paises pobres, como é o caso de Angelina Jolie e Brad Pitt, Madonna e outros que causaram menos polemica que esses citados. Isso acontece só porque os paises onde as crianças são adotadas são expostos a midia mundial, e ai entra a politica que nos dá náuseas, nunca o lado humano. Se essas crianças não tivessem sido adotadas por eles, como elas estariam agora. è inegável que isso trouxe mais fama e fortuna a eles, e dai, pelo menos algumas crianças que estavam na pobreza poderão ter uma vida mais digna e um futuro, e as outras que não puderam ser adotadas, como estão? Os governos e pessoas que criticaram estão cuidando dessas crianças e das outras que estão na mesma situação? Acredito que não. Em tempo, na recente tragédia do Haiti esses famosos contribuiram muito mais com dinheiro do que os governos das grandes potencias mundiais, apesar que uma parte desse dinheiro provavelmente foi desviada pelos oportunitas de plantão.


Agora em pesquisa na internet achei uns links interessantes como esse da Adoçao prefere criança branca, uma pela polemica do rascismo disfarçado no Brasil e outra pelos comentários de indignação de muitos leitores leigos como eu. Esse aqui que em parte mostra a burocracia da adoção, Cadastro de adoção reune seis vezes mais interessados do que crianças. Coloquei os links para os leitores terem uma visão diferente e realista do meu ponto de vista pessoal.














Sites com assuntos relacionados a adoção, para pais e filhos.

-Pais e filhos na internet

-Ajuda Brasil :: Saiba como adotar uma criança

-Adoção :: Habilitação dos pretendentes em Porto Alegre - RS

-Guia do bebê

-Born In Our Hearts

-Tire seu atestado de antecedentes on-line. São Paulo - SP

-Psicologia e Adoção

-Nascidos do coração

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ONG malasiana abre 'incubadora' para crianças abandonadas .

Sex, 10 de Setembro de 2010 18:09 G1 .Noraini Hashim, da Orphancare (Foto: BBC)
Organizações tentam combater problemas de bebês abandonados num país onde gravidez fora do casamento ainda é tabu.

Uma organização de caridade malasiana está abrindo uma "incubadora" para crianças abandonadas, para que as mães que não queiram os filhos possam deixar seus bebês de maneira anônima.

A creche da entidade Orphancare abriga apenas um bebê, ainda sem nome. Mas a organização espera resgatar cada vez mais crianças, num momento em que as autoridades do país tentam conter o alto número de bebês abandonados.

Quase 500 bebês abandonados foram encontrados na Malásia desde 2005.

Alguns foram deixados em templos muçulmanos, em frente a portas de casas e até mesmo em latas de lixo. Muitos são encontrados mortos.

Acredita-se que essas crianças são principalmente abandonadas por mães solteiras.

Ter um filho fora do casamento ainda é visto como algo profundamente vergonhoso no país de maioria muçulmana, onde a educação sexual ainda é baseada na pregação da abstinência.

Berço

Os escritórios da Orphancare estão localizados em um subúrbio tranquilo perto da capital, Kuala Lumpur.

Perto da entrada principal há uma pequena porta que abre para um pequeno berço.

Uma vez que um bebê é colocado no berço, um alarme é soado e o ar condicionado começa a funcionar.

Quando a porta fecha, o bebê fica preso com segurança do lado de dentro, e um funcionário retira a criança.

Desta forma, o bebê é mantido seguro, e a identidade da mãe se mantém em sigilo.

Os críticos dizem que o programa vai tornar fácil demais para as mães abandonarem seus bebês, encorajando o sexo fora do casamento.

Mas Noraini Hashim, da Orphancare, diz que o anonimato é a única maneira de garantir que os pais usem a entidade em vez de jogar seus bebês no lixo.

"Não queremos perseguir as mães ou o casal que traz o bebê", ela diz.

Ilegal

Na Malásia, é ilegal para os muçulmanos manter relações sexuais fora do casamento. O país tem um sistema duplo de Justiça, no qual a lei islâmica se aplica aos muçulmanos e a lei civil se aplica aos demais.

Mas o estigma de ter um filho fora do casamento é o que leva as mães solteiras a atos desesperados, afirma Noraini.

Ela diz que a pressão é maior para garotas jovens quando seus namorados as deixam e elas se sentem incapazes de se apoiar na família ou em amigos.

"Nesse estado de depressão, suponho que a única solução para elas é abandonar o bebê", diz Noraini.

O governo, preocupado com o número crescente de bebês abandonados, pediu à polícia que comece a investigar esses casos como tentativa de homicídio ou assassinato, crime sujeito à pena de morte.

Refúgio

Perto do centro de Kuala Lumpur, o refúgio Kewaja, para grávidas solteiras, é um dos únicos lugares aos quais essas mulheres podem recorrer, já que o aborto é proibido.

O refúgio é feito de uma série de casas térreas no fundo de uma estrada de terra, parcialmente coberta por bananeiras.

Todas as mulheres usam véus e camisetas em tamanho grande para esconder suas barrigas.

Elas ficam no refúgio até que seus bebês nasçam. Três delas concordaram em contar suas histórias sob condição de anonimato.

Uma delas, Su, é uma garota de 19 anos, que diz ter procurado o refúgio aos cinco meses de gravidez para não envergonhar a família em frente aos vizinhos.

Siti, de 18 anos, deu à luz uma menina no refúgio. Seu pai acha que ela está fora estudando. Ela não pode voltar para casa até que a mãe a autorize, e ela está esperando há mais de um mês.

Mila tem 28 anos e veio para o refúgio no último mês de gravidez. Diferentemente das outras duas, ela está noiva e tem um emprego estável, mas se sente incapaz de manter a criança porque ter sexo fora do casamento é proibido pelo Islã.

"Se o bebê soubesse que nasceu fora do casamento, ele carregaria essa vergonha pelo resto de sua vida", ela diz.

As três mulheres dizem que sabiam sobre contraceptivos, mas que tinham vergonha de comprá-los.

Yahya Mohamed Yusof, que dirige o refúgio com sua mulher, diz que entidades como a sua ou a creche da Orphancare para bebês abandonados ajudam a salvar vidas, mas não resolvem o problema das gravidezes indesejadas.

Yahya diz ver um aumento nos casos todos os meses. "Quando começamos, há 14 anos, tínhamos menos de dez garotas no refúgio. Mas agora temos ao menos 70 mulheres grávidas sob nossos cuidados", diz.

Para manter suas gestações em segredo, a maioria das mulheres no refúgio Kewaja dará seus bebês para adoção. Na Malásia, mulheres solteiras ainda têm poucas alternativas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

* A realidade dos Orfanatos

13 May 2010 - 08:30:00

Uma pesquisa nacional aponta que o que menos tem em orfanatos, são órfãos 95% dos que vivem em abrigos coletivos, tem família

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O carinho e a atenção dos adultos do orfanato amenizam, mas não eliminam o sofrimento das crianças. Longe das famílias originais, elas aguardam, muitas vezes anos, por uma adoção que nem sempre vem. Quando chegam ao abrigo, trazem histórias de violência, humilhação e traumas.

O nome já diz tudo. Orfanato deveria ser lugar para órfãos, crianças que não tem pai, mãe, nem outro familiar. Mas um estudo do instituto de pesquisas econômicas aplicadas, o IPEA, indica que 95% das crianças abrigadas em instituições do Brasil tem família. 80% delas, inclusive, recebe regularmente visitas dos pais no abrigo. Mas por que, então, elas não estão onde deveriam: em casa?

A pesquisa aponta que uma em cada quatro crianças são deixadas em entidades porque os pais não tem condições financeiras para criá-las. quase 19% foram abandonadas pelos responsáveis. A violência doméstica é responsável por mais de 11% dos abrigamentos. Pais viciados em drogas e álcool também representam 11% dos motivos. Só 5,2% não tem pai, mãe, ou algum parente interessado em assumir a guarda.

O estatuto da criança e do adolescente defende que o melhor modelo é o que várias cidades, inclusive Rio Preto, já adotaram. Ao invés de manter abrigos coletivos, os municípios ajudam financeiramente famílias cadastradas para que elas recebam as crianças.

Em um abrigo de Fernandópolis, as responsáveis acreditam que, quando uma criança entra pela porta, toda a rede de proteção social, dela e da família, já falhou antes.

Suzete Isaías, presidente da entidade fala que o abrigo é a última alternativa, mas que muita coisa pode ser feita antes, e evitar que a criança vá para lá.



RICARDO MELLO, TV Record Rio Preto

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Uma criança recém-nascida foi encontrada abandonada dentro de uma casa vazia em Pindamonhangaba, a 145 km de São Paulo. O bebê foi localizado escondido embaixo de uma pia por vizinhos do imóvel.

A casa fica o bairro Vale das Acácias. O imóvel já estava alugado, mas ninguém morava no local. “A minha filha ouviu o choro e falou que tinha uma criança chorando. Aí o vizinho pulou o muro, eu pedi para chamar a policia, porque a gente não sabia do que se tratava”, contou a empregada doméstica Andréia Galvão.

A criança estava debaixo da pia, atrás de uma tábua. Dois sacos plásticos foram usados para escondê-la. Vizinhos se uniram para cuidar da menina, que foi chamada de Vitória.

“Eu peguei no colo e saí correndo para dar banho, esquentar. Ela estava com muito frio, tremendo, toda roxinha”, contou a empregada doméstica Marlene Rodrigues.

Os primeiros atendimentos foram feitos no pronto-socorro de Moreira César, onde a criança foi diagnosticada com hipotermia. A mãe da menina não foi encontrada.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

***Barriga de Aluguel :- Avó de 59 anos dá à luz a própria neta em Ribeirão Preto-SP

 
A aposentada Eunice Martins, de 59 anos, de Franca, deu à luz nesta terça-feira a sua própria neta na Maternidade Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto (SP). Ela "alugou a barriga" para a filha Tatiana Cristina Andrade, de 32 anos, que teve que retirar o útero após uma cirurgia. Alice nasceu nesta terça após pesando 2,285 quilos e medindo 45 centímetros. Ficará internada em observação por 48 horas. A família mora atualmente na Itália e a expectativa é a de voltar ao país daqui um mês.



"Estou muito emocionada", disse a esteticista Tatiana, poucos minutos antes do parto da filha, que ela acompanhou. "É maravilhoso, só uma mãe faz isso. Minha mãe me deu a vida duas vezes, quando eu nasci e agora com a minha filha", continuou ela, após enxugar algumas lágrimas, ao lado do marido, o corretor de seguros Guido Damiano, de 41 anos.



Tatiana aproveitou a oportunidade para incentivar mulheres a não desistirem do sonho da maternidade, mas que sejam prudentes, pois nem sempre dá certo. "Nada na vida é impossível, não pode desistir", enfatizou. Para gerar a própria neta, Eunice fez exames durante um ano e, após a aprovação médica para a gravidez, foram feitas três tentativas. Não houve fecundação na primeira vez. Na segunda, ela engravidou de gêmeos, mas a gestação não chegou ao fim. E, na última, Alice nasceu.



Damiano, apesar da emoção, preferiu não assistir ao parto. "É a primeira neta dela e ela fala que é avó, não tem o apego de mãe", comentou Tatiana. "Minha filha não mexia, foi só eu chegar e ela começou a mexer", destacou a esteticista. O casal acompanhou a gestação pela internet e há um mês chegou ao Brasil para acompanhar o parto. A cidade italiana onde moram não foi divulgada.



O ginecologista e obstetra Fernando Marcos Gomes, que fez o parto, disse que a decisão da cesariana foi da própria Eunice, que não se sentiu segura em ajudar no trabalho de parto natural. "Foi uma decisão dela e respeitamos", explicou ele. Como Eunice, que teve três filhos, sentia várias dores nos membros inferiores, o parto foi antecipado em pelo menos duas semanas - a gestação normal dura entre 38 e 42 semanas. A gravidez é considerada de alto risco, principalmente por causa da idade.



Como já havia passado pela menopausa, Eunice passou por estimulação hormonal para que seu corpo ficasse apto a receber o embrião da neta. Tatiana, a mãe biológica, também recebeu estímulos de hormônios para, se possível, amamentar a própria filha.

V Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano/ I Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano.

Congresso a se realizar entre dias 28 e 30 de setembro de 2010 (Brasilia-Brasil)

Tema Central


“O Compromisso dos Bancos de Leite Humano com os


Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”


O anúncio do V Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano / I Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano / Fórum de Cooperação Internacional em Bancos de Leite Humano não é motivo apenas de uma enorme satisfação. Orgulho talvez seja a palavra mais adequada para descrever o sentimento de todos os que participaram e participam desse processo de construção coletiva que é a Rede de Bancos de Leite Humano. Gerada na Fundação Oswaldo Cruz, rapidamente assumiu proporções nacionais e se faz presente em todos os estados brasileiros, atuando no Sistema Único de Saúde como uma estratégia de qualificação da atenção neonatal em termos de segurança alimentar e nutricional.



No cenário internacional foi o I Fórum Latinoamericano de BLH, realizado em Brasília no ano de 2005, que demarcou o inicio de uma grande caminhada para a implantação da Rede Latinoamericana de BLHs. Em 2007, a Cúpula de Chefes de Governo e de Estado dos Paises da Iberoamerica reconhecendo os resultados da RedeBLH, instituiu o Programa Iberoamericano de Bancos de Leite Humano, como um programa de cooperação orientado para o intercâmbio no campo do aleitamento materno e BLH, como componentes estratégicos para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, com ênfase na redução da mortalidade infantil. A RedeBLH mais uma vez rompeu fronteiras, chegou a África em 2008 e neste novo e desafiador continente já atua em dois países.



Neste contexto, cumpre reconhecer que a Rede Bancos de Leite Humano é simbólica, do que os profissionais de saúde são capazes de fazer na construção de novos paradigmas, de desconstruir mitos, de evidenciar - com muita seriedade – os engodos mercadológicos, e enfim, de reconhecer e construir novos caminhos a favor do direito que toda criança tem ao desabrochar neste mundo: o direito ao leite materno como salvaguarda da vida.



João Aprígio Guerra de Almeida

Coordenador RedeBLH-BR e do Programa IBERBLH

** Noticia boa!!!!( Banco de Leite materno)

A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano foi criada em 1998, por iniciativa conjunta do Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz. Sua missão é promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, coletar e distribuir leite humano com qualidade certificada e contribuir para a diminuição da mortalidade infantil.



Para Mães e Pais COMO TRANSPORTAR e DOAR LEITE MATERNO ? - I -


Do seio da ama-de-leite moderna até a boca de um bebê necessitado, o alimento perfeito salva vidas e percorre o comovente caminho da solidariedade(Até mesmo para crianças adotadas)



A publicitária e artesã Giovana Koshiyama, 30 anos, é um mulherão. Tem seios fartos, ossos largos. Comunicativa, distribui sorrisos por onde passa. A dona de casa Verônica Cavenagui Campos, 19 anos, tem o estilo oposto. É miúda, delicada e econômica nas palavras. Por força da solidariedade e de um capricho do destino, os filhos dessas duas mulheres, de modos tão diferentes, acabaram unidos pelos laços da fraternidade: Marcos Vinícius e Robson se tornaram irmãos de leite.



Giovana deu à luz Marcos Vinícius em novembro do ano passado, em São Paulo. O parto foi uma cesariana, na 40a semana de gestação. Com muito leite, o desconforto a obrigava a esvaziar os seios depois de amamentar. Eu jogava o leite pelo ralo e me sentia muito mal, lembra a artesã, que já pensara sobre a doação durante a gravidez. Eu dizia a mim mesma que, se pudesse, eu doaria, conta.Quando o filho fez 1 mês, ela decidiu não desperdiçar nem uma gota a mais do alimento tão importante.



Prematuro

Robson, filho de Verônica, nasceu no dia 9 de maio, prematuramente. Ela estava na 32a semana de gestação e teve pré-eclâmpsia. O frágil menino, de 1,5 quilo, sobreviveu graças ao fornecimento do banco de leite da Maternidade Estadual Leonor Mendes de Barros, em São Paulo. Com certeza, o garoto estaria sendo nutrido também se recebesse o alimento artificial. Mas só o leite humano protege, com seus anticorpos, e reduz o risco de alergia alimentar, que seria muito delicado para um prematuro, diz Joana Kuzuhara, supervisora-geral do banco de leite da maternidade, um dos 46 bancos do estado, que receberam no ano passado 28 mil litros, capazes de aleitar 27 mil prematuros. De fato, uma recente pesquisa americana com bebês prematuros mostra que 39% dos que sofreram infecções tinham recebido menos leite humano que os demais.



O Brasil tem a maior rede de bancos de leite humano do mundo, diz Sonia Salviano, coordenadora da Política Nacional de Aleitamento Materno, do Ministério da Saúde. A proibição da distribuição de leite humano não-tratado, em 1985, acabou com a prática da ama-de-leite, mas não com a doação. O sistema de coleta, iniciado em 1943, soma 171 bancos instalados em hospitais públicos (mais 15 devem ser abertos este ano). Em 2003, eles armazenaram cerca de 70 mil litros de leite de 66 mil doadoras, que alimentaram 101 mil crianças. Praticamente todas as mães sadias que amamentam podem doar. Do terceiro ao quinto dia do pós-parto, o peito ingurgita ou empedra, como se costuma dizer. Essa é a hora de iniciar a doação, explica Sonia. Nessa altura, as mulheres devem esvaziar as mamas, sob pena de ficarem com os seios doloridos ou sofrerem até inflamações.


Caminho do leite



Para se tornar uma moderna ama-de-leite, Giovana procurou um serviço de informação. Indicaram-lhe o Hospital e Maternidade Estadual Leonor Mendes de Barros, na Zona Leste de São Paulo, onde mora. Constatado que preenchia todos os requisitos como doadora (veja boxe), fez-se a análise do grau de acidez do leite, que determina ou não seu aproveitamento. A artesã aguardou o resultado do exame com ansiedade e ficou feliz com a aprovação. No início o marido, o administrador de empresas Marcos, estranhou, mas acabou compreendendo seu empenho e passou a apoiá-la.



Diariamente, pela manhã, depois de amamentar o filho, Giovana massageia a mama por 15 minutos e retira, sem bomba, cerca de 30 mililitros de leite do seio. O leite é depositado num vidro esterilizado e guardado na geladeira. A rotina se repete à noitinha, depois de um dia de trabalho dividido entre os cuidados com Marcos Vinícius e a confecção de enxovais de bebê, no apartamento de dois quartos na Vila Carrão - bairro paulistano de classe média. O filho, já satisfeito, costuma dormir quando a mãe faz a ordenha. Se está acordado, falo para ele esperar quietinho, que a mamãe está cuidando dos irmãozinhos de leite, diz.


A enfermeira Josefina chega para a coleta Ela costuma entrar na casa e conversar uns minutos com Giovana
Guarda o pote em uma geladeira portátil, que precisa ser mantida à temperatura máxima de 10ºC Coloca a geladeira dentro do carro e prossegue o itinerário, que geralmente inclui mais duas ou três visitas

Chega ao hospital que abriga o banco de leite
Entrega os potes coletados às enfermeiras do banco, que imediatamente os guardam em um grande freezer horizontal


Processamento

Uma vez por semana, a enfermeira Josefina Matiata visita Giovana. Cuida para que o meio litro de leite que a artesã extrai semanalmente seja transportado em condições adequadas até o banco. Como a refeição do prematuro é minúscula - nos primeiros dias, a porção fica em torno de 1 mililitro -, a doação de uma única mulher alimenta vários bebês. Isso justifica a coleta, a partir de uma quantidade mínima de 100 mililitros. Na maioria das localidades, os bombeiros são voluntários na condução do veículo que faz o recolhimento nas casas. No caso do Leonor Mendes de Barros, o carro foi cedido pela Ford.



No banco, o líquido doado passa por vários exames, incluindo uma análise de contaminação. Em seguida, investiga-se o teor de gordura. Depois, o leite é pasteurizado e congelado em freezer até seis meses. A doação de cada mulher é guardada separadamente e classificada segundo suas características. Separam-se colostro e leites de diferentes teores de gordura. Cada qual tem o seu cliente. Quanto maior o teor de gordura, menor a quantidade de anticorpos, explica Joana. As necessidades dos bebês variam: os que acabaram de nascer recebem o colostro; os que precisam ganhar peso tomam leite mais gorduroso; os que lutam contra infecções ingerem o alimento mais rico em defesas.


Pasteurização: o leite é aquecido a 65ºC e depois resfriado a 0ºC em banho-maria, para eliminar os microorganismos

Depois da pasteurização, uma amostra do leite é misturada a um líquido verde para checar a presença de microorganismos e a dosagem de acidez

terça-feira, 28 de setembro de 2010

* Amor e ódio é o que rege uma relação?

A relação entre os seres humanos é bizarra;
Brigas por posse de um filho, brigas para pensões;
Manter filhos afastados de pais e mães, mentiras, traições...
Onde o ser humano pode parar?
Qual é o seu caminho?
Amar apenas não basta, precisamos possuir?
E este pequeno ser fragil, espera de nos apenas proteção, carinho e amor.
Se este amor que a gerou não foi tão forte,
que ao menos o amor por este ser seja forte o bastante para poder proteger,
cuidar, amar, sustentar, conduzir... Sem dor!!!!

* Laudo aponta que causa da morte da menina Joanna foi meningite viral

RIO - A menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, de 5 anos, morreu, no mês passado, de meningite causada pelo vírus da herpes. Esta foi a conclusão que peritos do Instituto Médico Legal chegaram sobre o caso da criança, que passou quase um mês em coma, internada em uma clínica em Botafogo, após sofrer convulsões e ter sido atendida por um falso médico no hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca. Ao dar entrada na UTI, Joanna tinha hematomas nas pernas e sinais de queimaduras nas nádegas - o que levou a polícia a investigar maus-tratos.


Parentes fazem manifestação em Copacabana


O laudo que aponta meningite como a causa da morte não esclarece nada sobre as marcas que Joanna apresentava. O IML ainda depende de exames complementares, que estão sendo realizados, para dar o resultado final da análise da queimadura. A mãe da menina, a médica Cristiane Cardoso Marcenal Ferraz, acusa o pai de Joanna, o técnico judiciário André Rodrigues Martins, de maus tratos. O casal disputava na Justiça a guarda da filha desde seu nascimento.


Falso médico levantou suspeitas sobre madrasta

Em julho, quando estava na casa do pai - a menina foi afastada da mãe por 90 dias por decisão de Cláudia Viera, juíza da 1 Vara de Família de Nova Iguaçu -, Joanna apresentou, segundo André, convulsões. Ela foi levada pelo pai a dois hospitais, entre eles o Rio Mar. Lá, foi atendida pelo falso médico Alex Sandro da Silva Cunha, um estudante de Medicina que liberou Joanna embora ela estivesse desacordada. Em seu primeiro e único depoimento à polícia, Alex, que agora está foragido, levantou suspeitas contra a madrasta da criança, Vanessa Maia.

Segundo ele, Joanna pediu no hospital para ir ao banheiro, mas Vanessa teria dito que ela não precisaria tirar a calça, pois estava de fralda. Naquele dia, a criança já tinha a queimadura nas nádegas, produzida 40 dias antes, conforme foi constatado pela perícia.

Apesar de todas as dúvidas que cercam o caso, o que matou Joanna, segundo o laudo, foi a meningite provocada pelo vírus da herpes. Segundo o infectologista Edimilson Migowski, professor de infectologia pediátrica da UFRJ, o contágio com o vírus pode acontecer pelas vias aéreas ou pelo contato com pessoas ou objetos contaminados. Mais conhecido por provocar lesão labial, o vírus da herpes, num organismo com imunidade baixa, pode afetar o sistema nervoso central, evoluindo para uma encefalite.

De acordo com o especialista, na maioria dos casos, com o tratamento adequado, a pessoa é curada, mas há históricos de sequelas, como paralisia.

"A regra, no caso de meningite viral por herpes, é ter uma infecção localizada, febre e mal estar, mas isso depende do sistema imunológico da criança. Em tese, no caso da Joanna, ela poderia estar com a imunidade baixa por estar sofrendo algum tipo de estresse. A questão familiar pode influenciar, isso é um fato. O próprio estresse pode causar a imunodeficiência transitória. Se isso coincidir com a infecção por vírus, o caso pode se agravar. A meningite viral por herpes pode causar convulsões e rigidez na nuca" explicou Migowski.

Ele disse que quando a criança faz um quadro de meningite não é possível saber se ela foi causada por vírus ou bactéria. Para descobrir e escolher o tratamento adequado, é necessário fazer uma punção lombar.

"Nem todo o hospital tem recursos para identificar o vírus, mas é possível que a criança dê pistas de que apresenta sintomas da meningite por vírus, como ter aftas na boca e inflamação na gengiva. Ela pode pegar ao compartilhar chupeta, brinquedos ou ter contato com um adulto infectado" explicou o especialista.



Vera Araújo

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Menino de nove anos tem língua queimada

Rio e cidades .publicado em 14/09/2010 às 20h49:



...Um menino de nove anos teve a língua, as costas e as mãos queimadas com um ferro de passar roupa na noite da última segunda-feira (13), na localidade de Valparaíso, em Serra, no Espírito Santo.


O garoto acusa o pai pelas agressões. Ele disse que foi castigado após ter dado palmito para um vizinho.




- Meu pai passou ferro em mim porque eu tinha dado palmito para os outros




A criança está sob a guarda do pai desde a morte da mãe. O caso de tortura foi revelado depois de o Conselho Tutelar da Serra receber uma denúncia e ir até a casa do menor agredido.




- A denúncia era de espancamento contra essa criança supostamente pelo pai. Quando nós chegamos ao local constatamos que a criança havia sofrido tortura e maus tratos - disse a conselheira Márcia Moura.




O menino não tem documentos e disse que sofre agressões há dois meses. Segundo a criança, o pai também já teria o queimado com uma moeda em brasa. Ao ser intimado a comparecer na delegacia, o pai disse que não fez nada demais.




O acusado responderá pelo crime de tortura e maus tratos, podendo pegar de dois a oito anos de prisão. De acordo com a conselheira tutelar, esse tipo de caso acontece com frequência e a denúncia da população é importante.

Criança sofre agressão e é obrigada a usar droga dentro de escola

A orientação médica recomenda que a menina não frequente mais o colégio



A Delegacia da Infância e Juventude investiga uma denúncia de abuso sexual a uma menina de 10 anos em Sorocaba. O caso teria acontecido dentro de uma escola pública.




A mãe da vítima não quer se identificar. Ela conta que há um mês percebeu mudanças no comportamento da filha adotiva de 10 anos. A criança disse à família que foi agredida, ameaçada e forçada por uma jovem a usar drogas no banheiro da escola.




A menina passou por exames de corpo de delito e foi encaminhada para tratamento psiquiátrico. No atestado, a médica recomenda que a criança não frequente mais a escola. Segundo a dirigente regional de ensino de Sorocaba assim que tomou conhecimento do fato foi aberta uma investigação interna.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

* Pare e reflita (temos direito de bater?)

"Papai... dói"



Esta é uma história verdadeira e






Meu nome é Chris,

Estou com três anos,

Meus olhos estão inchados ..

Eu não posso ver.



Eu devo ser estúpida,

Eu devo ser má,

O que eu poderia ter feito para

Meu pai ficar tão bravo?



Eu gostaria de ser melhor,

Eu desejo não estar tão feia,

Então, talvez a minha mãe,

Será que ainda querem me abraçar.



Eu não posso fazer algo errado,

Eu não posso falar nada,

Ou então eu fico presa,

Durante todo o dia.



Quando estou acordada,

Eu estou sozinha,

A casa está escura,

Meus pais não estão em casa.



Quando minha mãe vier para casa,

Vou tentar ser agradável,

Então, talvez eu consiga,

Uma noite só com chicotadas.




Acabei de ouvir um carro,

Meu pai está de volta





Eu já ouvi êle amaldiçoando

Meu nome é chamado,

Eu me aperto,

Contra a parede.



Eu tento me esconder,

De seus olhos

Tenho tanto medo agora,

Eu estou começando a chorar.




Ele encontra-me a chorar,

Chama-me por um monte de palavras feias,

Ele diz que tudo é culpa minha,

Ele sofre muito no trabalho.





Ele bate e bate

E grita comigo ainda mais,

Eu finalmente me vejo livre,

E corro para a porta.



Ele já fez o bloqueio,

E eu começo a gritar,

Ele me leva e me joga,

Contra a parede.















Eu caio no chão,

Com os meus ossos quase partidos,

E meu pai continua,

Com mais palavrões.




"Sinto muito!", Eu grito,

Mas agora é tarde demais,

Seu rosto fica retorcido,

Em uma forma inimaginável.



E mágôa e chuta,

Novamente e novamente

Por favor, Ó Deus, tem misericórdia!

O por favor, faça isso acabar!



E finalmente ele pára,

E se dirige para a porta,

Enquanto eu estava ali, imóvel,

Esparramada no chão.



Meu nome é Chris,

Estou com três anos,

Esta noite meu pai,

Me matou.









Você teria que ser,

Uma pessoa sem coração,

Não ser afetado,

Por este poema.





Pelo menos cinco crianças a cada dia ao redor do mundo morrem



por algum tipo de abuso!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Número de crianças abandonadas cresce diariamente

O índice de abandono de crianças está a aumentar diariamente em todo o país devido à instabilidade que se regista nas famílias mono parentais, afirmou o responsável do departamento de intercâmbio do INAC.



Pedro Costa, revelou que o facto deste tipo de ocorrências se registar maioritariamente nos lares onde existe unicamente a figura de mãe e filhos, leva a instituição a defender que estas crianças sejam adoptadas ou tutelada por famílias alargadas ou substitutas.



Pedro Costa explicou que existem dois tipos de crianças abandonadas: as que são deitadas no contentor de lixo, na lixeira, na vala de drenagem ou na rua e as cujas mães entregam para cuidados temporários, mas que acabam por as abandonar nos braços da pessoa a quem solicitaram ajuda.



E, por último, o tipo de abandono que ocorre nas maternidades. “A maioria dos casos de abandono que registamos é o moral: ocorre quando os pais negam a paternidade dos seus filhos ou os cuidados que devem prestar a eles. Atendendo a este facto temos estado a procurar um antídoto para o problema aconselhando os progenitores”, explicou com um ar de preocupação.



Sobre os requisitos necessários para ficar com a tutela de uma criança, em substituição dos parentes sanguíneos, o responsável do INAC explicou que as pessoas que queiram enveredar por este caminho têm que reunir condições económicas e sociais sólidas, de modo a garantir que as crianças tenham o acesso à educação, à saúde e a um crescimento físico e psíquico normal.



O processo de tutela tem sido mais solicitado por parentes dos progenitores dos menores, após o falecimento ou quando notam que os pais não cumprem os mínimos das condições para o crescimento saudável das crianças.



“Há uma diferença muito grande entre adopção e a tutela que vale apenas explicar aqui. Esta última é um vínculo de familiar, provisório, ao passo que a adopção e um processo desencadeado em tribunal e que já não tem retorno”, esclareceu. Questionado sobre as medidas a serem aplicadas aos pais que ao constatarem que os seus filhos foram adoptados por uma família com poder financeiro e exigem que sejam ressarcidos, Pedro Costa esclareceu que o Código de Família estabelece que a adopção é uma decisão exclusiva do Estado. E, para tal, é salvaguardado o direito de trabalhar com as instituições que tem à sua disposição para acautelar todas as situações que levem eventualmente à reinvindicação da criança pela família biológica.



A Lei reserva ainda um espaço para os pais desprovidos de condições morais, psicológicas, sociais e económicas para proporcionarem uma vida saudável e tranquila e que não podem conviver com elas, também tenham o direito de decidir se o seu descendente pode ou não ser adoptado. Na ausência dos pais biológicos, esta responsabilidade recai sobre os irmãos, os tios ou avós e, caso se registem dificuldades para a obtenção deste consentimento, a Lei estabelece prerrogativas aos juízes para poderem decidir o que será melhor para a criança. Quanto à adopção de menores por parte de cidadãos estrangeiros, este direito é reservado exclusivamente à Assembleia Nacional.



Paulo Sérgio

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"sindrome Da CrianÇa Espancada"

 Hoje, os médicos conhecem bem a síndrome da criança espancada. Usa-se hoje mais o termo "abuso físico" - uma das formas da violência doméstica. Os profissionais de saúde conhecem bem o quadro. São crianças geralmente menores de cinco anos, com sinais de mordeduras ou beliscões, com marcas de agressões com cintos, varas, sapatos, com sinais de queimaduras de cigarro ou objetos aquecidos. Equimoses, hematomas e lacerações costumam ser encontradas.



"Pena de morte seria pouco para esses animais que espancam crianças inocentes"


Vi fotos terriveis, mas não tive coragem de publica-las em meu blog.

É desumano!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

* A polemica "Lei das Palmadas"

“Lei das Palmadas” é uma bobagem


Quanto mais converso com as pessoas, mais me convenço de que esta história de que os pais precisam de uma “Lei das Palmadas” para saber como devem educar seus filhos não passa de uma grande bobagem.



Sem nem entrar no mérito do projeto de lei enviado pelo governo federal ao Congresso no começo de julho, cabe uma simples pergunta: se por acaso esta proposta for aprovada, como poderá ser cumprida na prática?



É mais um não-assunto que está gerando uma polêmica danada no momento em que a campanha presidencial deveria discutir os rumos e as propostas para o futuro do país. Virou manchete de jornal, capa de revista, tema de pesquisa, tudo isso para quê? Como pai e avô que se orgulha da educação das filhas e dos netos, acho até graça.



Alguém pode imaginar uma criança indo à delegacia de polícia mais próxima para denunciar os próprios pais por ter levado um tapa na bunda? E o delegado vai lá prender os pais? A Justiça vai processá-los e tirar-lhes o pátrio poder?



O texto da lei defende “o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante”. Até aí estamos todos de acordo, mas são duas situações bem diferentes, convenhamos.



“Tratamento cruel e degradante” contra qualquer pessoa é crime já previsto em lei desde sempre. Mas de que tipo de “castigo corporal” estamos falando?



A julgar pelos resultados da pesquisa Datafolha sobre a “Lei das Palmadas” divulgados nesta segunda-feira, 72% dos pais brasileiros deveriam estar na cadeia porque foi este o percentual de entrevistados que declararam já ter sofrido algum castigo físico na vida. Eu mesmo confesso que já dei e levei algumas (poucas) palmadas.



A mesma pesquisa mostra que os pais estão batendo menos nos filhos: se 72% já levaram uns cascudos, apenas 58% declararam que também já bateram nos filhos, ou seja, de uma geração para outra, a criançada está apanhando menos para andar na linha.



Nem por isso a violência diminuiu. Ao contrário, todas as estatísticas indicam que, de ano para ano, os brasileiros estão respeitando menos a vida alheia, ficando mais violentos, matando mais por qualquer motivo ou sem motivo nenhum.



Fico pensando de que cabeça desocupada pode ter saído esta idéia, que só serve para atiçar os adversários do governo federal, dando-lhes munição para acusá-lo de querer acabar com as liberdades individuais ao intrometer o Estado na relação entre pais e filhos. Tem cabimento?



O que estamos percebendo hoje é uma clara contradição entre o mais longo período na nossa história recente de respeito às liberdades públicas _ de expressão, de organização político-partidária, religiosa e social _, enquanto se engendram restrições às liberdades individuais, como se leis deste tipo pudessem nos fazer mais felizes e saudáveis.



É claro que todos nós somos contra qualquer violência praticada contra crianças, sejam nossos filhos ou não, mas para isso já existe o Código Penal, que pune severamente estes crimes. Daí a querer tirar dos pais o direito de saber o que é melhor para educar seus filhos vai uma longa distância.



Em todas as classes sociais, o que tem acontecido é uma crescente leniência dos pais ao estabelecer parâmetros sobre o que seus pimpolhos podem ou não fazer, quais os direitos e os deveres para se viver em sociedade, respeitando as leis já existentes.



A maior prova disso é o desrespeito aos professores, vítimas até de agressões dos alunos, que se sentem protegidos pelos pais para fazer o que bem entendem. É isso que acaba levando a assassinatos como o que vitimou o filho da atriz Cissa Guimarães, atropelado durante um racha num túnel interditado no Rio de Janeiro.



Cada um tem seu jeito de educar os filhos. Isso varia muito até dentro de uma mesma família. Pais e mães muitas vezes discordam sobre os corretivos que devem aplicar quando os filhos não os obedecem, não querem estudar ou comer, não cumprem horários, não saem da frente da televisão ou do videogme.



Dar um beliscão ou um tapa na bunda, colocar de castigo ou cortar a mesada? Não existe uma receita pronta que sirva para todos. Antes de mais nada, é preciso ter bom senso, dedicar mais tempo a conversar com os filhos e educá-los pelo exemplo, o que os pais que vivem nas grandes cidades têm feito cada vez menos, deixando tudo por conta das escolas.



Assim, muitas vezes, o último recurso, que é o castigo, acaba sendo o primeiro. E as crianças vão descontar suas frustrações e revoltas em cima dos professores, que nada podem fazer, criando-se um círculo vicioso que nenhuma lei vai cortar. Não sei qual a melhor solução, mas não é, certamente, punindo os pais com a “Lei das Palmadas” que vamos melhorar o nível educacional dos nossos jovens e construir uma sociedade menos violenta, mais fraterna.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

* O amor sem laço

O tempo passa e der repente nos damos conta que envelhecemos, que nossos bebes cresceram se fizeram homens e mulheres. Nossas mãos em despedida... O tempo passa... Queria tanto poder te-los em meus braços, coduzi-los em seus caminhos, mas já não sou mais farol, talvez apenas um porto onde ancorar para descarregar as mágoas da vida. O amor não tem laços. Apenas amamos, somos, queremos. O amor não tem laço é apenas amor, aqui  no agora te-los em meus braços, aconchegar teus sonhos, apenas abraça-los, mas não sou mais aconchego, talvez apenas lembranças de uma infancia que se foi. E agora, o que fazer sem seus braços?



Anonimo

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

* Até que ponto palmadas é crime?

Bater nos filhos é crime





“Portugal é um dos 23 países do mundo onde os castigos corporais a crianças estão proibidos por lei.

Poucos pais saberão que, por exemplo, dar uma palmada a um filho é considerado crime.”


Dar palmadas é crime, ignorancia e covardia!!!!


Um tapinha, um beliscão. Que mal podem fazer? Educar é dar limites. O limite então seria o da dor? Não é sensato nem inteligente associar palmadas e beliscões à educação dos filhos. O projeto de lei assinado pelo presidente Lula na quarta-feira pune qualquer castigo físico em crianças e adolescentes. Alguns pais e mães se revoltaram. São os que se descontrolam com seus filhos. Eles não querem o Estado legislando sobre como devem se comportar em casa. Só não percebem que o tapa fraquinho um dia será mais pesado, e o beliscão deixará uma marca roxa. Isso não é amor. É mau exemplo.




Não adiantou conversar nem gritar. A criança continua fazendo malcriação. O próximo passo é bater. Onde? No bumbum. Ela chora, grita. Mais palmadas, num lugar do corpo que provoque mais dor para ela aprender. Os vizinhos ouvem, quem passa na rua se escandaliza se a cena for pública. Talvez um beliscão faça a criança parar. Ninguém sabe a partir de que idade pais estão livres para dar palmadas, beliscões, apertar o bracinho, torcer o bracinho. Com 2 anos, a criança já sabe que está desobedecendo. Tem consciência disso. Então merece. É preciso planejar também com que idade se deve parar de dar tapas. Talvez quando seu filho tiver força para revidar.



Em que momento as palmadas viram surra? Pode ser o número. Mais de cinco palmadas seguidas, quem sabe, pode se chamar espancamento. Com a mão, é palmada, mas, se pega no rosto, já vira bofetada. Pode abrir o lábio, se pegar de mau jeito. “Ah, foi sem querer.” “Perdi a paciência.” “A criança, ou o adolescente, estava pedindo.” Pais que apelam para castigos físicos precisam reconhecer que são incapazes de educar. Não fazem a menor ideia de que provocar dor só pode ser um recurso inócuo ou nocivo. Não há nenhum efeito positivo na violência contra um filho, mesmo que ela seja leve.



“Dizer como eu devo educar meu filho está fora de cogitação. Mesmo que tiver essa lei, provavelmente eu não vou cumprir”, disse na televisão o consultor de informática João Lopes Antunes.



O tapa fraquinho um dia será um beliscão ou uma marca roxa.

Isso não é amor. É mau exemplo

O objetivo do projeto de lei é garantir o direito de uma criança ou jovem de ser educado sem uso de castigos corporais, definidos como “qualquer ação disciplinar ou punitiva que resulte em dor”. Caso seja aprovado pelo Senado, pais como João Lopes serão considerados infratores se as palmadas forem comprovadas. As penas são advertência, cursos de proteção à família e tratamento psicológico. O projeto criou polêmica. Segundo muitos pais, não leva em conta que cada caso é um caso. Pessoas de bem não querem machucar seus filhos. Mas machucam, física e emocionalmente.



Sou a favor do projeto de lei – mesmo sabendo que não há como descobrir o que pais e mães fazem entre quatro paredes. Os casos que vêm a público são os aterradores, como a procuradora que espancou a menininha adotada por se negar a comer tudo. Está presa. A proposta do governo tem um mérito: provoca a discussão nas famílias, nas escolas e na mídia sobre a palmada como recurso legítimo para mostrar o certo e o errado. Com o debate, pode-se quebrar uma cadeia de violência passada de pai para filho como “exemplo de amor”. Mais ainda, de mãe para filho. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Proteção à Infância e Adolescência, as mães são as maiores responsáveis pelas palmadas: 48,6%, em comparação a 25,2% dos pais. São elas que continuam a ficar mais tempo com os filhos.



Já dei palmadas ou “tapinhas” em meu filho mais velho, hoje com 28 anos. Eu me sentia péssima a cada vez que perdia a paciência. E até hoje me envergonho disso. Quando ele tinha 4 anos, eu o chamei e disse: “Não tente me provocar até a hora da palmada. Desista. Porque nunca mais vou encostar o dedo em você, a não ser para fazer carinho. A partir de agora, será conversa, bronca ou castigo, mas palmada não”. Essa decisão é libertadora. Não bata em seu filho nem de leve. Porque não adianta nada. Infligir propositalmente dor ou medo a uma criança que você ama é crime sim. E covardia.







Obs: Não me lembro de ter "apanhado" dos meus pais. Parece que "antigamente" o respeito imperava.
Acho que falta "Deus" na vida das familias. Eu porém já bati em meus filhos, as vezes ouve até confronto e por pouco uma luta. Mas é muito dificil dialogar com as crianças e jovens de hoje. Eles enfrentam e querem ter razão em tudo. E por amor queremos resolver dar os limites com as palmadas do " terror ".
Mas sei que dói qualquer tipo de palmadas, mas dói muito mais nas mãos de quem bate.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

* Projeto aconchego

lttp://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1306977-7823-PROJETO+AJUDA+A+ADOTAR+CRIANCAS+COM+MAIS+DE+ANOS,00.html




Domingo, 25/07/2010




Existem em Brasília 160 crianças à espera de adoção, mas poucas famílias se interessam por maiores de 2 anos. O Projeto Aconchego, com apoio do Criança Esperança, ajuda pais que adotam essas crianças.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Tia Mara do http://noticias.r7.com/videos/conheca-a-tia-mara

Conheça a “Tia Mara”, que cuida de crianças vítimas de maus tratos.

 Uma mulher que continuou o trabalho da mãe e vendeu uma casa e uma chácara para construir um abrigo que cuida de crianças maltratadas. Ao todo, 50 crianças recebem amor e educação de Maria Graça, que se dedica à solidariedade desde pequena.

terça-feira, 13 de julho de 2010

* Estatuto da criança e do adolescente, 20 anos.

Com o objetivo de comemorar os 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) vem desenvolvendo diversas ações, programas e projetos em prol da criança e adolescente. Desde o mês de junho, se aprovou um projeto para explicar o que significa o estatuto das atribuições do Conselho Tutelar, dos direitos e deveres dos pais e filhos através da parceria entre o Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude (NEDIJ), Polícia Militar, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Secretaria de Assistência Social, Conselho Tutelar, Secretaria de Educação, Núcleo de Educação, educadores e pais.




Em conjunto está sendo realizado um trabalho continuado com as crianças e adolescentes a fim de buscar soluções sendo que o projeto será implementado nas escolas municipais, estaduais e particulares. Além disso, esta data é uma forma de chamar a atenção da sociedade e dar a devida importância a lei que serviu como base na construção do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente além de ser um momento para refletir acerca das conquistas e dos limites que se impuseram na implementação da Doutrina da Proteção Integral.



A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Giliane Reuter, explica que "o ECA marca, a partir do artigo 227 da Constituição Federal, um novo tempo, pois se passa do código de menores para um estatuto que vê a criança como prioridade absoluta. Esta vai desde as questões locais até estaduais e nacionais e, por isso, devemos ver a criança como um ser em desenvolvimento e traçar políticas, programas e serviços voltados a esse público para que ela cresça e se desenvolva em um ambiente saudável".



Os 20 anos do ECA tem um significa muito grande para o Conselho da Criança e do Adolescente, pois como afirma a presidente Giliane, "nesse tempo muitas coisas já foram de encontro e avançamos bastante, mas ainda é necessário avançar porque o ECA é um marco legal e dá instrumento para a efetivação das ações. É o momento de chamar atenção da sociedade para que dê a devida importância a essa lei que serviu para a construção do sistema de garantia dos direitos da criança e do adolescente".



Estatuto da Criança e do Adolescente



Hoje (13), data em que se comemora o aniversário do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Ministério Público do Paraná, está realizando o seminário "Estatuto da Criança e do Adolescente: 20 anos de conquistas e desafios". A programação engloba debates e palestras sobre temas como a municipalização do atendimento de crianças, adolescentes e famílias, o papel do CMDCA no planejamento e na implementação das políticas públicas, a priorização da criança e do adolescente nos orçamentos dos municípios e o desafio do trabalho em 'rede' na proteção de jovens e crianças. Os interessados em acompanhar o evento podem acessar o site www.mp.pr.gov.br, pois terá transmissão ao vivo.

Estatuto da Criança e do Adolescente faz 20 anos...

13/7/2010



Estatuto da Criança e do Adolescente faz

20 anos, mas não tem o que comemorar



Lívia Francez


Nesta terça-feira (13) é celebrado o 20° aniversário da Lei n° 8.069/90, conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mas o Estado ainda registra graves transgressões em detrimento dos avanços que o estatuto deveria trazer para o bem-estar de crianças e adolescentes. Apesar de ser uma das leis mais avançadas no que tange à preservação de direitos, a estruturação não conseguiu ser efetivada no País.

As agressões acontecem principalmente no sistema socioeducativo, mas também podem ser constatadas nas áreas de saúde e educação. Para o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH), Bruno Alves de Souza, os avanços alcançados com a criação dos Conselhos que preservam a dignidade das crianças e adolescentes, por exemplo, são inferiores às violações, que continuam a aumentar.

Ele diz que o momento do aniversário de 20 anos do Estatuto é a hora de se fazer um balanço dos avanços alcançados e também de denunciar as agressões. Bruno defende a permanência do ECA em sua integralidade e o cumprimento dos artigos do estatuto, para que não haja retrocessos na luta pela preservação dos direitos das crianças e adolescentes. “É uma tarefa dos três poderes, do Ministério Público, da sociedade e dos meios de comunicação cobrar e preservar o cumprimento do estatuto e esclarecer sobre lei”.

Pata cobrar a preservação da integralidade do ECA, o CEDH vai promover, na próxima quinta-feira (15), uma caminhada das entidades defensoras dos direitos humanos da Assembleia Legislativa até o Tribunal de Justiça do Estado (TJES).

O presidente do CEDH acrescenta que existe uma cultura de desvalorização do ECA, sob a alegação de que ele protege os adolescentes em conflito com a lei e gera violência. Mas ele alerta que é preciso conhecer a essência do estatuto para comprovar que é um instrumento dos mais avançadas e não conseguiu ser estruturado pelo Estado. “As escolas não conseguem garantir a permanência das crianças. Nos postos de saúde o que se vê são crianças que passam horas em filas por falta de pediatras. Os níveis de exploração do trabalho e do sexo no Estado estão dentre os maiores do País”, completa Bruno Alves.

Ele também cita como exemplo o caso da Unidade de Internação Socioeducativa, que já foi alvo de inúmeras denúncias por parte de organismos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA). “É preciso fazer cumprir as diretrizes do ECA para que a dívida com a sociedade seja paga”.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Nova lei contra estupro e pedofilia se torna mais severa

A Lei 12.015, sancionada na última sexta-feira (7), altera as Leis 2.848 (Código Penal) e 8.072 (que trata dos crimes hediondos) e torna mais severas as penas para os crimes de pedofilia, estupro seguido de morte e assédio sexual contra menores, além de tipificar o crime de tráfico de pessoas. O autor de estupro contra maiores de 14 anos e menores de 18 anos será punido com penas que variam de oito a 12 anos de prisão.

Atualmente, a pena varia de seis a dez anos. A pena será aumentada em até 50% quando for praticado por alguém que deveria proteger e cuidar da criança. Essa mesma regra vale para o crime que gerar gravidez. Se a vítima contrair doença sexual, a pena sofrerá um acréscimo de um sexto metade do tempo de condenação.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Recem-nascido é encontrado em uma caixa...

publicado em 08/07/2010 às 06h23:

Bebê é abandonado em caixa de

papelão na zona sul de São Paulo



Menino tem cerca de três dias de nascido e ainda estava com o cordão umbilical

A polícia militar encontrou, na noite da quarta-feira (7), um recém-nascido abandonado em frente a uma residência da rua Silvio Padovani, no Jardim Clélia, divisa com Diadema, zona sul de São Paulo. A PM, que chegou até o local por meio de denúncia anônima, disse que o bebê estava dentro de uma caixa de papelão.


Os moradores da casa não sabiam do recém-nascido até a chegada da polícia. O menino, de aproximadamente três dias de nascimento, segundo a PM, ainda estava com o cordão umbilical. Ele foi encaminhado ao pronto-socorro de Diadema, onde permanece em observação, mas seu estado de saúde é bom. A PM disse que os moradores da casa têm interesse em adotar o bebê.

terça-feira, 6 de julho de 2010

* Mudanças e realidade após a nova Lei Nacional de Adoção.

24/06/2010 Jornal Online UFPI Deixar um comentário Ir para os comentários


Socorro Solano, Coordenadora do Lar de Maria

Às vésperas de completar um ano de sanção, a nova Lei Nacional de Adoção, promulgada pelo Presidente Lula em 03 de agosto de 2010, surgiu como uma esperança para milhares de crianças dos abrigos e para aqueles que sonham em se tornarem pais. A coordenadora do Lar da Criança Maria João de Deus, Maria do Socorro Solano, esclarece aspectos relativos à lei, como o cadastro único de adoção, o maior controle dos abrigos e a questão da família extensa, e fala sobre a realidade dos abrigos e crianças aptas para adoção em Teresina e no país.

P: Quais os benefícios que a nova lei trouxe para o processo de adoção?

R: Primeiro, a questão do cadastro único que facilita o processo. Por exemplo, uma criança que está para adoção aqui no Piauí pode encontrar uma família apta na Bahia, em São Paulo, no Ceará, ou em qualquer outra região do país, e vice versa.

Outro ponto importante é que a criança não passa mais de dois anos em uma instituição de abrigo. A idade da pessoa que podia adotar, antes de 21 anos no mínimo, hoje, com a nova lei, reduz para 18 anos, desde que essa pessoa tenha, pelo menos, 16 anos a mais que o adotado.

A família tem agora o privilégio pela guarda da criança ou adolescente. É a chamada família extensa. Os parentes, mais próximos têm prioridade no processo de adoção. No caso do pai e da mãe não poderem mais ficar com a criança, acontecendo à destituição do poder familiar, a família extensa tem a preferência pela criança.

Os estrangeiros também podem adotar, mas apenas nos casos em que a criança não tem possibilidade alguma de ser adotada no próprio país.

P:Quais as etapas do processo de adoção?

R: A pessoa ou casal se cadastra (não precisa ser casado para adotar uma criança), visita o juizado da Infância e da Juventude e depois passa por algumas entrevistas com assistente social e psicólogo. Devem ser feitas visitas domiciliares e agora, com a nova lei, essa pessoa ou família que deseja adotar a criança, passa por uma formação para entender o processo e a dinâmica de ter uma criança nova na sua vida, para que não venha dar um passo e depois arrepender-se. É preciso estar emocionalmente preparado para essa tarefa de ser pai ou mãe.

P: Quais as principais dificuldades nesse processo?

R: Uma das maiores dificuldades é a própria estrutura do juizado no Brasil como um todo. Todo juizado precisa, e agora mais ainda, de uma equipe formada por psicólogos e assistentes sociais, com número suficiente de funcionários para melhor desempenho das atividades, como entrevistas, reuniões para os pais que querem se tornar habilitados. Então se não houver uma reestruturação por parte do juizado, esse trabalho não vai fluir.

Muitas vezes, o trabalho de visitar as famílias, de ver os processos de destituição familiar, se torna longo porque não se tem pessoas suficientes nos juizados para fazer todo esse trabalho. Não se pode destituir uma criança do convívio familiar de uma hora para outra. Precisa-se ter consciência e certeza de que aquela criança não pode mais voltar para o seio da família.

A equipe do juizado tem que estar pronta para fazer esse trabalho de acompanhamento e registro. Caso contrário, mesmo que os abrigos desempenhem corretamente sua função, não é possível que haja uma aceleração no processo de adoção.

P: Você acredita que houve um aumento no número de adoções, já que a nova lei traz a possibilidade de parentes próximos adotarem as crianças e adolescentes?

R: Pela realidade vivenciada aqui no abrigo, boa parte dessas crianças tem família extensa, que é o nome dado aos parentes próximos, mas raramente essas pessoas querem se envolver, já que elas foram retiradas do convívio familiar por problemas sérios, como drogas, negligência ou maus tratos. A família extensa não quer confusão com os pais dessas crianças. Prefere abrir mão de dar um conforto, um lar, um carinho dentro de uma estrutura familiar e as crianças permanecem nos abrigos.

P: Com relação à linha histórica de adoção de dez anos para cá, tem aumentado a procura por adoção?

R: Tem aumentado sim. O que não tem acontecido é ter um número suficiente de crianças para ser adotada. Os abrigos estão lotados e as pessoas às vezes pensam que todas as crianças que estão no abrigo são para adoção, quando na realidade não são. Muitas estão esperando a destituição do poder familiar ou estão em caráter provisório, ou seja, tem possibilidade de retorno.

Dos 80 que temos aqui hoje, somente sete estão habilitados para adoção e não tem perfil que a maioria dos brasileiros procura.

P: Qual é o perfil procurado?

R: No máximo três anos, mas a preferência é por bebês de até um ano. Homem, branco e saudável, ou seja, um filho perfeito. Passando dessa idade, as coisas complicam. A maioria dessas crianças, mesmo aquelas que estão em processo de destituição, já passou dessa idade.

O ano de 2003 foi um ano que bateu o recorde aqui no Lar de Maria, onze crianças foram adotadas. Em 2004, seis. Em 2005, dez. Em 2006 e 2007, oito. Em 2008 e 2009, sete, e nesse ano, até o momento, apenas quatro.

Mas isso não significa que outras crianças não tenham sido adotadas. Às vezes, a adoção acontece no próprio juizado.

P: E o perfil das pessoas que adotam?

R: A maioria são casais e há casos de ser apenas a mulher. Somente homem, ainda não encontramos, mas é bem variado. Alguns são de poder aquisitivo elevado, mas a maioria é classe média para baixa.

P: O perfil das crianças adotadas em âmbito nacional corresponde ao perfil de Teresina?

R: É o mesmo perfil. No Brasil como um todo, temos mais de 23 mil pessoas habilitadas para adoção. Só que 80% delas querem crianças de até três anos. A maioria das pessoas abrigadas, já passa dessa faixa. Uma boa parte, 41%, quer filhos brancos. E 64% das crianças nos abrigos são pardas ou negras.

Dizem que não tem crianças. Não tem porque realmente não existe essa generosidade, de realmente receber o filho da maneira que ele é.

Quando se tem um filho biológico, claro que se os pais forem brancos, você sabe que o filho vai ser branco. Mas você vai saber se é saudável? Não sabe como vai ser o temperamento dele. E, às vezes você quer escolher o filho perfeito. Mas não existe o filho perfeito. Tudo é na conquista, o trabalho de amor, de carinho, de diálogo, de convivência.

Há casos no Piauí de adoções fora desse perfil: morenas, pardas, com 10 anos de idade e que, hoje, são pessoas realizadas, tanto filho como a mãe.

Há três ou quatro casos de pessoas adotadas fora desse perfil e não houve problema nenhum. É um filho amado, querido, que está construindo uma relação assim como se constrói com um filho biológico.

P: Qual o destino dessas crianças que não se encaixam no perfil?

R: Passam de uma instituição pra outra. O dever do Estado é criar alternativas para que o jovem se habilite e, no futuro, quando sair do abrigo, atingindo os 18 anos, tenha para onde ir. A criação de republicas é um bom exemplo, para que os que não tem para onde ir, tenham um apoio até realmente se estruturarem e conseguir um trabalho.

É, também, obrigação dos abrigos ir atrás de parcerias para cursos profissionalizantes, trabalhos, primeiro emprego para esses jovens. A sociedade também é responsável por criar mecanismos para que esses jovens consigam exercer sua cidadania, para não cair depois no mundo da marginalidade.

Por Viviana Braga (vivianabraga@hotmail.com)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

* GEAD-JP incentiva adoção de crianças em abrigos

Luana Câmara

Série 20 anos do ECA



O Salmo 82:3 diz: deve-se fazer justiça ao órfão, procedendo retamente com o aflito e desamparado. No entanto, ainda é grande o número de crianças e adolescentes que aguardam, em abrigos, a oportunidade de ter uma família, de ter alguém que os proteja. Em João Pessoa, cerca de 300 vivem em 12 instituições, enquanto 62 casais que desejam ter um filho, estão em uma fila de espera para adotar um deles. Este cenário contraditório gera expectativa para os dois lados, mas, a existência de um padrão de criança perfeita para estes candidatos atrapalha esse processo.



Segundo a vice-presidente do Grupo de Estudos e Apoio à Adoção de João Pessoa (GEAD-JP), Lenilde Cordeiro, o órgão incentiva os futuros pais a não se aterem a padrões pré-definidos na hora da adoção. “Orientamos os que desejam adotar que não procurem um filho pela sua idade, cor ou sexo, mas que visitem abrigos e conheçam crianças que estejam disponíveis para adoção, pois passada a fase de adaptação, esse filho será tão ou mais amado quanto um filho da barriga”, disse.



Segundo a psicóloga Maria da Luz Carvalho, os pais-candidatos procuram resolver questões pessoais e acabam rejeitando as crianças maiores de dois anos, do sexo masculino e negros ou pardos. Na tentativa de manter um padrão familiar “perfeito”, acabam esquecendo-se do real intuito da adoção. “A rejeição sentida pelas crianças presentes em abrigo é relativa de cada uma. Ela cria uma expectativa de ter uma proteção, uma família. E a cada saída de um amiguinho, esse sentimento de rejeição é reforçado. Sendo ideal para quem cuida desse ambiente se esforçar para fazer um ambiente mais caloroso possível”, explicou.



Dificuldades do início superadas com amor



Lenilde Cordeiro, mãe de Leonardo, hoje com 11 anos, descreveu a sua decisão pela adoção como uma maneira possível de realizar o sonho de ser mãe. “Depois que eu e meu marido confirmamos que não poderíamos ter um filho biológico e que teríamos que nos submeter ao tratamento com bebês de proveta – o que levaria tempo, dinheiro e ingestão de hormônios – decidimos pela adoção”, falou.



Ela disse que as visitas a abrigos passaram a ser frequentes até que se encantou a primeira vista por um belo sorriso de um menino de dois anos de idade. “Entramos na instituição e conhecemos o setor de crianças até dois anos de idade, o sorriso e a carinha dele de sapeca nós chamou atenção. Não sabemos dizer o porquê de escolhermos ele, mas depois de descobrir que há um ano ele não recebia visita dos parentes, ele não saiu de nossos pensamentos. Fomos à Vara da Infância e Adolescência e começamos os tramites de adoção. Após três meses ele já estava conosco”.



Lenilde relembra emocionada das dúvidas e dificuldades de adaptação de Leonardo a sua casa. “A gente tinha muitas dúvidas quanto à alimentação, ele foi muito arredio no começo, se revoltava quando escutava um “não”, trocamos até de escola devido às frequentes reclamações para uma briquedoteca. Aos poucos fomos entendendo essa fase de adaptação, até ficarmos em paz”, disse.



Ajuda e aconselhamentos para os pais adotivos



As reuniões que acontecem na sala de treinamento do Anexo do Tribunal de Justiça, 4º andar, Centro, João Pessoa-PB, toda 1ª terça-feira de cada mês, às 19h contam com diálogos entre pais, psicólogos voluntários e pretendentes a adoção. “As reuniões, não funcionam como terapia, mas como troca de conselhos na quebra de mitos e experiências do cotidiano”, afirmou.